Localização :
Integrado no distrito de Portalegre, o concelho de Monforte ocupa uma área de 419.6 km2, distribuída por quatro freguesias, faz fronteira com os concelhos de Crato e Portalegre, a Sul; Arronches e Elvas, a Este; e com Fronteira e Alter do Chão, a Oeste.
A vila sede de concelho situa-se numa eminência junto à margem da Ribeira Grande, sendo que como principais elevações do concelho destacam-se os montes da Amendoeirinha (328 m), o monte Sete (320 m) e o de Vaiamonte (393 m). Como recursos hídricos, destacam-se a ribeira da Carrinha, a ribeira da Matança, a ribeira dos Freixos, a ribeira da Coutada e a ribeira de Algalé.
História :
O topónimo principal do concelho advém da sua localização, numa eminência do terreno, tendo sido chamado "Monti Forti" ou "Monte Forte". O povoamento do território que corresponde ao atual concelho de Monforte é bastante remoto, tendo sido encontrados vários vestígios arqueológicos que atestam a sua antiguidade. A localidade terá sido habitada pelos romanos que aí teriam edificado um povoado fortificado. De facto, estudos efetuados na villa de Torre de Palma (local onde foram descobertos dois complexos balneários, celeiros, lagares e a planta de uma Basílica Paleo-Cristã), levaram à conclusão de que a região foi ocupada desde o séc. I até à época visigótica. Do período Visigótico, restam-nos apenas as fundações de uma importante Basílica Paleocristã, situada nas proximidades da supracitada "Villa" Romana. Posteriormente, Monforte foi ocupada pelos mouros, tendo sido conquistada por D. Afonso Henriques, em 1139. Durante os inícios da monarquia, Monforte sofreu com as guerras com os mouros e depois com os castelhanos tendo ficado bastante arruinada. D. Afonso III reedificou a povoação e em 1257 concedeu-lhe foral. Em 1281 a vila foi oferecida por D. Dinis a sua filha D. Isabel como dote de casamento, sendo que o mesmo monarca foi responsável pela edificação de uma importante fortificação militar, concluída em 1309. Em 1357, D. Pedro I, entregou o castelo a Aures Afonso, um vassalo seu, e no ano seguinte, o mesmo monarca, confirmou amplos privilégios aos homens de Monforte.
Heráldica :
Brasão: de negro, com castelo coberto de prata, aberto e iluminado de vermelho, rematado por cruzes de ouro com bandeiras brancas carregadas pela Cruz Vermelha de S. Jorge. O castelo assenta num monte de penhascos de verde realçados de negro. Bordadura de ouro com um ramo de oliveira e um ramo de azinheira de verde, frutados e sustidos do mesmo, atados em ponta de vermelho. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com os dizeres: «Vila de Monforte» de negro.
Bandeira: esquartelada de branco e de verde. Cordões e borlas de prata e de verde. Haste e lança douradas.
Selo: circular, tendo ao centro as peças das armas, sem indicação dos esmaltes. Em volta, dentro de círculos concêntricos, os dizeres: «Câmara Municipal de Monforte».
Cultura e Turismo :
O concelho de Monforte reúne uma oferta turística bastante vasta devida à riqueza e diversidade do seu património arquitetónico cultural, natural e gastronómico. Por todo o concelho pode-se praticar a caça e a pesca, com uma grande diversidade de espécies cinegéticas (coelhos, lebres, perdizes, patos, tordos, pombos) e uma grande variedade de espécies de peixes (achigã, carpas, bordalo, barbo).
Ao nível de infra-estruturas desportivas, o concelho de Monforte dispõe de vários complexos desportivos, entre os quais, um pavilhão gimnodesportivo, dois courts de ténis, piscinas municipais e vários campos de futebol e polidesportivos. Em Monforte existe ainda uma sala de espetáculos que pertence à Sociedade Filarmónica Monfortense "Os Encarnados", uma galeria que é propriedade da Câmara Municipal. Na Igreja Madalena há uma exposição permanente onde estão expostos alguns dos objetos encontrados na estação arqueológica de Torre de Palma.
Gastronomia :
A sopa de grão, a carpa assada, o sarrabulho e as migas de batata constituem os principais pratos da gastronomia concelhia.
Coelho Frito
Arroz doce do Convento do Bom Jesus
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