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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Quinta da Colmeia - S. Pedro do Sul


Localização : 

             Bem perto de Guimarães, com data anterior à fundação de Portugal, pertencente a D. Teresa, mãe do primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, a Quinta da Comenda abre as suas portas, acolhendo com simpatia. Cuidadosamente recuperada, oferece produtos de agricultura biológica, nomeadamente o célebre vinho biológico de Lafões, que goza de enorme prestigio na região, sendo exportado para vários países. Em dez anos de investimento da família, a quinta tomou-se numa unidade-modelo e, hoje, a propriedade tem 38 hectares de culturas biológicas. A Quinta da Comenda proporciona um ambiente acolhedor e confortável. Os tanques, as sombras, as fontes e os jardins convidam à meditação, um lugar mágico e inesquecível.



Tipo: Quintas e Herdades
Proprietário: Maria Laura L. A. J. Cardoso da Rocha
Contactos: Email Comenda@solaresdeportugal.pt
Alojamento: 1 alojamento(s) Apt. x2 - 80 EUR/noite
1 alojamento(s) Duplo - 80 EUR/noite
4 alojamento(s) Twin - 80 EUR/noite

EQUIPAMENTO E CARACTERÍSTICAS

  Adega  Caça  Capela
  Estacionamento  Fala-se espanhol  Fala-se francês
  Fala-se inglês  Jardins  Passeios a Pé
  Pesca  Piscina  Provas de vinho
  Refeições mediante solicitação  Sala de jogo  Sala para conferências
  Termas


Como Chegar : 

                   Do Porto: Tome a A1 em direção a Lisboa, saia na indicação - Albergaria-a-Velha/Viseu para a A25. Siga pela A25 até à indicação Vouzela/São Pedro do Sul, vire à esquerda até chegar a Vouzela, seguidamente tome a estrada nacional - EN16 até S. Pedro do Sul. Chegando a S. Pedro do Sul continue na EN16 em direção a Viseu. Encontrará a Quinta da Comenda cerca de 3 km depois situada do lado direito da estrada.

Coordenadas GPS 
N 40 ° 44 '42.7 "
W 08 ° 02 '23.2 "



Mais um pouco sobre esta Casa : 

             A Quinta da Comenda tem uma aura especial, por nos encontrarmos num lugar de uma riqueza extraordinária sob o ponto de vista histórico. Em 1143, Dona Tareja, mãe de D. Afonso Henriques, doou a Comenda ao seu irmão D. Raimundo. Anos mais tarde, depois da batalha de S. Mamede contra a mãe, D. Afonso Henriques teria permanecido uma temporada nesta quinta, mais tarde administrada pela Ordem de Malta. Depois da extinção das Ordens Religiosas em 1834 e com a República, acentuaram-se as dificuldades para uma exploração adequada das terras, o que deu origem a uma progressiva degradação do património construído. Este ciclo só terminou com a compra da quinta em 1984 pelos atuais proprietários, José e Laura Cardoso da Rocha, que encontraram a Quinta da Comenda num estado de degradação quase completo. Foi preciso restaurar a parte arquitectónica da casa mantendo a traça original e primitiva, e, recorrendo a livros antigos e às informações das pessoas da região, chegaram ambos à conclusão que desde sempre se tinha cultivado ali um vinho extraordinário, o vinho de Lafões. Procuraram então reconverter a parte agrícola, utilizando um principio mais moderno, e tomaram-se pioneiros na agricultura biológica, até ali desconhecida na região. Em dez anos de muito trabalho e de um forte investimento de toda a família, a quinta tomou-se numa unidade-modelo deste tipo de agricultura e, hoje, a propriedade tem 38 hectares de culturas biológicas. A Quinta da Comenda tem um ambiente extremamente acolhedor. Os tanques, as sombras, as fontes e os jardins convidam à reflexão e à contemplação, fazendo desta casa um lugar realmente especial, para descansar e sonhar. 



A história desta Casa : 

                A Casa da Quinta da Comenda, era a Casa Mãe da Comenda de Ansemil, que possuía vários Coutos, espalhados pelas Beiras, nomeadamente em Tarouca, Figueira da Foz, Coimbra, Águeda etc... e em S. Pedro do Sul, o Couto da Coja, incluía o que hoje constituí as povoações de Outeiro da Comenda, Lourosa da Comenda, Bodiosa, Mães e Vila Maior, onde, nesta última. se situava a tulha da Comenda que recebia os tributos de todos aqueles Coutos. Antes da fundação da nossa nacionalidade (1143) , Dona Teresa, Mãe do 1º Rei de Portugal, D. Afonso Henriques, doou a Comenda a seu irmão D. Raimundo que por sua vez, a doou à Ordem de Malta que se tinha acabado de instalar neste canto da Europa, sendo D. Henrique, filho natural de D. Afonso Henriques o seu 1º Grão-Mestre, cujos cavaleiros tanto ajudaram D. Afonso Henriques na reconquista contra os mouros. O 1º Rei de Portugal, teria permanecido na Casa da Comenda com o seu tio D. Raimundo, quando teve de tratar nas Caldas Romanas de Alafões (Lafões, Termas de S. Pedro do Sul), onde se encontra a sua banheira granítica, devido à fractura da perna, que sofrera da Batalha de S. Mamede contra a sua Mãe. A Ordem de Malta, guerreira e hospitalária, situada na Quinta da Comenda, tratava e albergava cavaleiros que se deslocavam a caminho de Jerusalém, via Ilha de Malta, pela estrada romana que passava pela Quinta da Comenda, atravessando o rio Trouxe pela ponte romana aqui existente, em direção a Lérida, para sofregarem os lugares sagrados. Desde estas remotas datas até à época do Marquês de Pombal pertenceu sempre a Quinta da Comenda à Ordem de Malta até que em 1755 por decreto de expulsão das ordens religiosas, o Marquês de Pombal a ofereceu ao Porteiro-Mor do reino e passou a pertencer a descendentes da coroa até 1958, data em que passou a ser pertença de particulares.




Viagem e visita ao concelho de Mesão Frio

Brasão de Mesão Frio

Localização : 

                concelho de Mesão Frio está integrado no distrito de Vila Real, na província de Trás-os-Montes e Alto Douro, ficando sobranceiro aos rio Douro. Para além deste, o principal elemento hidrográfico do concelho, Mesão Frio é banhado pelos afluentes Teixeira e Soromenha. O concelho é limitado a Norte e a Nascente por Peso da Régua; a Sul pelos concelhos de Resende e Lamego (confinados pelo rio Douro); e a Poente, pelo concelho de Baião. Abrange uma área de 26.8 Km2 distribuída por sete freguesias, duas das quais constituem a vila sede de concelho: Mesão Frio (S. Nicolau) e Mesão Frio (Santa Cristina).  Geologicamente, o concelho de Mesão Frio está integrado numa zona onde predominam os solos compostos por xisto que se estende até ao rio Tua, apesar de se poder também assinalar uma pequena área granítica na parte Sudoeste da freguesia de Barqueiros. A área florestal é composta essencialmente por pinheiro-bravo e carvalho-roble. A cota mais alta do concelho fica no monte de S. Silvestre, em Vila Jusã, a 531 metros de altitude, e a mais baixa localiza-se a Sudoeste, no lugar de Porto de Rei, 50 metros a cima do nível do rio Douro.


História : 

               O primitivo povoamento ter-se-ia dado então em torno da referida albergaria que foi privilegiada com o estatuto de "benfeitoria" ou "beetria" (corruptela de "benfeitoria"), vindo a ser "vila". Em Fevereiro de 1152, D. Afonso Henriques autorga o primeiro foral a Mesão Frio, testemunhado pela Rainha D. Mafalda. Ao que se julga, a Rainha tinha um carinho especial pela vila, até porque, a tradição a ela atribui a fundação da igreja da invocação de S. Nicolau, classificado como Monumento Nacional, e a edificação de uma ponte, junto ao rio Teixeira, no sítio que ainda hoje se chama "Ponte Henriques", da qual atualmente não restam vestígios, sendo provável que fosse destruída e arrastada para o rio Douro, pelas águas que no Inverno ali correm em grande quantidade, rápidas e impetuosas. De facto, parece ser crível que D. Mafalda tinha por esta região um cuidado especial, pois ainda segundo a tradição, a primeira Rainha de Portugal tentou construir uma ponte sobre o rio Douro, perto da freguesia de Barqueiros, num lugar atualmente chamado de Bernardo; porém, a sua morte prematura terá interrompido aquela tarefa, permanecendo até hoje naquele local, as ruínas dos pilares que serviriam de apoio à ponte, sob as águas do rio que sepultaram para sempre esse pedaço de história. O primitivo foral viria a ser confirmado por D. Afonso II a 15 de Outubro de 1217. Posteriormente, em 1513, D. Manuel I concede-lhe Foral Novo; no reinado deste monarca, o concelho de Mesão Frio contava com as povoações de Cidadelhe e Vila Marim, bem como com uma parcela de Vila Jusã, anteriormente designada como "Meigõ frio de jusão". As povoações de Barqueiros, Oliveira e Vila Jusã só mais tarde seriam aglutinadas a Mesão Frio. Efetivamente, Barqueiros, até então concelho, e os povos de Oliveira e Vila Jusã, pertencentes ao concelho de Penaguião, foram anexadas ao concelho de Mesão Frio através do Decreto de 6 de Novembro de 1836. O mesmo decreto anexou a Mesão Frio, os antigos concelhos de Teixeira e as freguesias de FrendeLoivos da Ribeira e Teixeiró (do atual concelho de Baião). No entanto, estas últimas povoações, acabariam por transitar de novo para o concelho de origem pela carta de Lei de 27 de Setembro de 1837.  Em 1808, dá-se a segunda Invasão à Península Ibérica pelas tropas de Napoleão Bonaparte, comandadas pelo Marechal Soult. Em Junho do mesmo ano, as tropas Napoleónicas comandadas pelo General Loison, passaram por Mesão Frio onde destruíram  queimaram e fizeram as habituais pilhagens por muitas das freguesias do concelho; o que o General não contava era com guerrilheiros locais a atrapalhar a sua passagem na travessia da ponte de Carrapatelo, na freguesia de Mesão Frio (Santa Cristina) e que une Mesão Frio ao concelho de Baião. A 11 de Maio de 1809, os franceses foram vencidos quando tentavam passar pela rua que hoje é apropriadamente denominada Rua da Vitória, na freguesia de Mesão Frio (S. Nicolau).

Bandeira de Mesão Frio

Cultura e Turismo : 

                O concelho de Mesão Frio faz parte dos municípios abrangidos pela proteção da UNESCO da região do Alto Douro Vinhateiro, onde a riqueza das vinhas e a beleza das paisagens é uma constante. A paisagem pode ser apreciada nos vários miradouros do concelho, dos quais se destacam o Miradouro do Imaginário, com vista sobre o rio Douro e as Caldas de Moledo. O rio Douro, domina a paisagem do concelho e foi durante séculos a principal via de ligação com o litoral do país. O concelho está também inserido na Região de Turismo da Serra do Marão, com sede em Vila RealAs principais atividades culturais do concelho de Mesão Frio são levadas a cabo pelas várias associações recreativas e culturais, entre as quais tunas, orquestras e bandas musicais de cariz acentuadamente popular. O Museu de Arte Sacra de Mesão Frio constitui a principal unidade museológica do concelho.


Gastronomia : 

              A gastronomia tradicional do concelho de Mesão Frio encontra a sua maior representatividade na marrã, prato típico feito à base de febras de porco; no arroz de forno; nas falachas e no doce de Donsemil, para além do famoso vinho da região.