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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Viagem e visita ao concelho de Mondim de Basto

Localização : 

                Mondim de Basto é um município com 171,87 km2 de área subdividido por 8 freguesias. O município é limitado a nordeste pelo concelho de Ribeira de Pena, a sueste por Vila Real, a sudoeste por Amarante, a oeste por Celorico de Basto e a noroeste por Cabeceiras de Basto. Vila e sede de concelho, Mondim de Basto repousa numa chã fértil na margem esquerda do rio Tâmega e no sopé da grandiosa pirâmide verde do Monte Farinha, coroado pela Ermida da Senhora da Graça. 




História :


             Há quem diga que já os gregos e os assírios andaram por Mondim, mas nada o pode garantir, mais certos são os tempos castrejos, em que estes montes em volta de Mondim eram férteis em população. É nas eminências castrejas que tem de se procurar as origens do povoamento desta terra. No século II antes de Cristo, as legiões romanas sob o comando do cônsul Décio Júnio Bruto invadiram e conquistaram todas estas terras, sabe-se que houve heroica resistência por parte das tribos montanhesas. No alto da Senhora da Graça poderá ter existido a célebre cidade de Cinínia, onde pontificava a belicosa tribo dos Tamecanos. Todos eles tiveram de se conformar com a imposição romana de virem a povoar as partes baixas, começava um período que se estendia por quatro séculos, era o tempo da romanização. Por volta dos meados do século XVII vamos encontrar D. António Luís de Meneses, 1.º marquês de Marialva como donatário desta vila de Mondim, foi agraciado com o titulo por D. João VI, depois de ter sido um dos primeiros a aclamá-lo em 1 de dezembro de 1640. Seguidamente prestou revelantes serviços ao País durante a guerras da Restauração. Pelos inícios do século XVIII, a Câmara de Mondim juntamente com as de Atei, Cerva e Ermelo apresentaram uma de criação de um Juiz de Fora nestes quatro concelhos, esta criação era possível, segundo a exposição daquelas câmaras ao Marquês de Marialva, porque o território era rico e tinha população suficiente para sustentar o magistrado, foi escolhida a vila de Mondim para albergar a sede, por ser a melhor e a maior povoação. Em 1758, na sua memória original, o pároco da freguesia  de S. Cristóvão diz ter o título de vigário com uma renda anual de 350 mil réis. Mondim de Basto tem uma notável galeria de ilustres figuras: Frei António de S. Bernardo Queirós; Frei José de S. Bernardo Mondim Borges de Azevedo Mourão; Abade José Joaquim da Costa Leite;  António da Costa Cardoso e mais, muitos mais de quem se poderia falar, como por exemplo o Dr. António Borges de Castro, uma referência obrigatória no historial  da cultura mondinense deste século.  


Gastronomia :

                O visitante poderá apreciar a gastronomia típica desta região transmontana e entre as entradas podemos recomendar a broa de milho com presunto ou salpicão e azeitonas, a salada de bacalhau cru desfiado com cebola e bem regada com azeite e as pataniscas de bacalhau. Entre as sopas poderá optar pelo caldo verde ou pela sopa do lavrador, depois nos pratos de peixe pode apreciar o bacalhau assado na brasa com batatas a murro, o bacalhau assado no forno com migas de broa e a sardinha assada. Na carne pode deliciar-se com as couves cozidas com feijão e fumeiro, o cabrito assado com arroz de forno, o lombo de vitela assado, bife grelhado, o arroz de cabidela, os mìlharos com carne de porco ou a especialidade do cozido à Ermelo. Por fim na doçaria destaca-se o leite creme queimado, o pão de ló seco e húmido, as cavacas, as galhofas e os rosquilhos.




Monte Farinha :

                O Monte Farinha é uma montanha do distrito de Vila Real, com uma altitude de 947 metros e no seu topo é conhecido como Alto da Senhora da Graça, localiza-se o Santuário de Nossa Senhora da Graça e a vila de Mondim de Basto situa-se no seu sopé.

Santuário de Nossa Senhora da Graça :

                   Este templo situa-se no alto do Monte Farinha, sobranceiro a Mondim de Basto, inserido numa paisagem de grande beleza e rodeado pelas montanhas da serra do Alvão, é um local de referência a nível da história, da arqueologia, da religião e mesmo do desporto. A devoção a Nossa Senhora da Graça atrai ao santuário milhares de peregrinos todos os anos, principalmente nas suas três festas; a Ascensão, no último domingo de maio, a secular romaria de Santiago, que se perde na memória dos tempos, a 25 de julho e a grande peregrinação anual do 1.º de setembro, presidida pelo Bispo de Vila Real.