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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Viagem e visita ao Parque Natural do Litoral Norte


Localização

         O Parque Natural do Litoral Norte é uma área protegida de Portugal, substituindo a Área de Paisagem Protegida do Litoral de Esposende (APPLE). O Parque Natural do Litoral Norte estende-se ao longo de 16 km de costa, entre a foz do rio Neiva e a zona sul da Apúlia, em área administrativa do concelho de Esposende, entre a foz do rio Neiva e a Apúlia. É constituído por praias fluviais e marítimas, com recifes, dunas, pinhal, carvalhal e zonas agrícolas, para além de inúmeras ribeiras que desaguam directamente no mar. Os principais cursos de agua são o rio Neiva e o rio Cávado, este com um estuário de enormes dimensões.



História

         Parque Natural Litoral Norte desde 2005, foi outrora Área de Paisagem Protegida do Litoral de Esposende (APPLE), criada a 17 de novembro de 1987, segundo o Decreto-Lei 357/87, e ocupando uma área de 476 hectares. A orla marítima compreendida entre a foz do Neiva e a povoação da Apúlia - o litoral de Esposende - é constituída por um cordão de praias e dunas, de grande instabilidade e risco de erosão, ao qual se associam rochedos costeiros, os estuários dos rios Cávado e Neiva, manchas de pinhal, paisagens rurais e vários aglomerados populacionais.
Estas areias do litoral minhoto foram colonizadas graças ao sargaço e ao pilado extraídos das águas do mar e empregues como adubo. Cavando a terra ou recolhendo algas e crustáceos, os camponeses e pescadores do litoral trouxeram à cultura areais dantes estéreis e despovoados, onde progressivamente se foram erguendo as casas e fazendo os lugares. São Bartolomeu do Mar, a sul da foz do Neiva, Marinhas, Esposende e a costa de Fão, a Gramadoira, Sedovem e finalmente a Apúlia são outros tantos locais em que, até um passado quase presente, se praticava a apanha de algas marinhas. Associados a toda esta atividade marinha estavam os campos em "maceiras" ou "gamela", escavados alguns metros até ao nível da toalha freática, de modo a criarem-se as condições microclimáticas que possibilitassem, com a incorporação de adubo marinho, uma policultura intensiva. Hoje em dia, a costa do sargaço e do pilado deixou de o ser; o litoral de Esposende está voltado para um turismo que tira partido da presença do mar, das areias das praias, das dunas, das matas e das serranias próximas.




Biodiversidade :

             Tudo começa nas dunas que constituem uma faixa contínua e estão particularmente desenvolvidas nas zonas de Fão e da Apúlia, povoadas por espécies vegetais comuns a outras zonas costeiras do litoral português.
Assim, na zona pré-dunar surgem a eruca-marítima e o cardo marítimo, a duna, o estorno, o cordeiro-da-praia e a soldanela. Na depressão subsequente à duna primária surgem algumas espécies precursoras do mato, como o saganho-mouro. Entretanto, a introdução do chorão e da acácia elimina ou faz perigar a vegetação natural. Na proximidade das dunas, na sua retaguarda, surgem os povoamentos de pinheiro-bravo, semeados a fim de fixarem as areias.
O cordão litoral representa, para além de um valor ecológico, abrigo para um determinado número de espécies animais e vegetais que dele dependem e um elemento de proteção, quer em relação às águas do mar, quer, resguardando-os do vento, dos diversos ecossistemas interiores, nomeadamente os campos cultivados. Neste contexto, a vegetação dunar desempenha um papel fundamental, na medida em que representa o melhor estabilizador das areias litorais, daí decorrendo boa parte da importância da sua conservação. Estabelecendo a ligação entre os sistemas dunares a norte e a sul do rio Cávado, estende-se o estuário deste rio, que, juntamente com o do Neiva, de menores dimensões, desempenha um papel importante na manutenção do equilíbrio ecológico da área. Os sapais contribuem de forma importante para tal fim, devido à diversidade de funções que desempenham. No Cávado e no Neiva encontram abrigo variadas espécies animais, pertencentes quer à fauna ictiológica - lampreia, salmão, truta marisca, sável e enguia - quer à avifauna - pato-real e andorinha-do-mar. Devido, por um lado, às ondas e correntes e aos ventos e, por outro, à exploração de areia nas praias, nos estuários e nos canais, à construção de defesas nas praias e à construção de estruturas no cordão litoral, tem-se verificado que este último se tem vindo a reduzir. A arriba de Ofir e os esporões construídos junto à foz do Cávado, em Pedrinhas e na Apúlia, representam outros tantos obstáculos artificiais cujas consequências são já visíveis.




Passeios e Lazer :

O mar, as praias e as dunas

            A energia da água do mar em movimento transmite uma dinâmica própria à paisagem, o cheiro a iodo, o ondular das ondas, a diversidade de azuis, provocam nos adultos frequentemente sensações de nostalgia, leveza, liberdade, e nas crianças de adrenalina e felicidade. As praias estendem-se da foz do rio Neiva ao sul da Apúlia, ao longo de 16,5 Km. São, em geral, pouco largas, arenosas, onde surgem em alguns pontos afloramentos rochosos (Mar, Fão e Cedovém). Na extensão de areias, quase sempre finas, encontra-se com frequência seixos provenientes de depósitos acumulados na pré-praia (Foz do Neiva, entre a praia de Belinho e a do Comboio, entre Pedrinhas e Cedovém). De igual interesse paisagístico destaca-se o sistema dunar, lugar cheio de vida onde remanescem diversas espécies de fauna e flora - atrai pela quietude, o bucolismo de uma paisagem ondulante.

A restinga do Cávado

        De interesse relevante destaca-se a Restinga, fora do comum devido à sua localização entre o mar e as águas do estuário do rio Cávado, frente à cidade de Esposende. Esta área, equipada com passadiços e miradouro é muito tranquila, tendo paisagens únicas, onde se misturam o azul das águas e o dourado das dunas salpicadas de vegetação autóctone, manchas de pinheiros e todo o estuário do Cávado.

As masseiras

        A paisagem agrícola que limita na maioria o sistema dunar, associada a sistemas culturais de regadio e sequeiro intensivo, resulta numa paisagem de campos agricultados, em parcelas de várias cores e morfologia irregular, devido à significativa fragmentação da propriedade. Das áreas agrícolas com espaços naturais importantes destacam-se as masseiras, de elevada representatividade e singularidade. Representam um dos mais antigos e laboriosos processos de agricultura costeira do nosso país. Estas são campos agrícolas localizados logo após a duna cinzenta, sendo o campo de areias escavado até, aproximadamente, 1 m do lençol freático, para as plantas poderem ter melhor acesso à água. Depois da plantação, o campo é fertilizado com o sargaço (algas marinhas, essencialmente rodófitas - i.e. algas vermelhas) e o pilado (pequeno caranguejo). 

PNLN - Masseira
Masseira

Miradouros

       A beleza e a amenidade são, de forma geral, os elementos que de imediato caracterizam a paisagem do Parque, observada através de pontos panorâmicos como do Monte de S. Lourenço, o da Sra. da Guia ou o de Sanfins.

PNLN - miradouro
Miradouro

Onde ficar :

Casa da Azenha Branca
Rua das Fontainhas - Guilheta

4740-013 Antas

Esta azenha está implantada na margem esquerda do Rio Neiva, a cerca de 2 quilómetros da foz, envolta de vegetação luxuriante, de verdes campos de milho e erva, de mata onde abunda o pinheiro o carvalho e o eucalipto e junto ao rio o amieiro e o sobreiro, é um sítio aprazível onde tudo é e cresce naturalmente.
Por toda esta zona existem várias quintas que foram de muito interesse agrícola, sobretudo nos séculos passados e até ao final do último século. Estamos a falar concretamente da deslumbrante Casa e quinta de Belinho, construída no século XIII, onde viveu e morreu o poeta António Correia d' Oliveira e a Casa do Morgado da Portela, construída na mesma época. Aqui e além encontram-se nascentes de água, uma delas abastece esta casa, outras correm para o rio saltitando de poça em poça ou de lameiro em lameiro até lá chegar. No verão são usadas para a rega dos campos. A rua que serve a azenha, tem o nome de Fontainhas.

Informações e reservas :
http://azenhabranca.com.sapo.pt/
azenhabranca@portugalmail.pt
919 843 434



Clube Pinhal da Foz
Aldeamento Pinhal da Foz
Rua João Ferreira da Silva

4740-270 Esposende

O Clube Pinhal da Foz, é uma unidade Hoteleira recente, com as características de um Aparthotel de 3 estrelas, situado em Esposende – Minho – Costa Verde e que dispõe de 14 Apartamentos Turísticos do tipo T1 duplex, todos eles mobilados, equipados e com a capacidade até 4 pessoas, podendo estes serem alugados por períodos de um ou mais dias.

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253 961 098 / 937 085 629