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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Viagem e visita ao concelho de Vila Real

 Localização :

                 Vila Real é capital de distrito e município com 377,08 km2, subdividido em 30 freguesias. O município é limitado a norte pelos concelhos de Ribeira de Pena e de Vila Pouca de Aguiar, a leste por Sabrosa, a sul pelo Peso da Régua, a sudoeste por Santa Marta de Penaguião, a oeste por Amarante e a noroeste por Mondim de Basto. Crescida num planalto situado na confluência dos rios Corgo e Cabril, a cidade está enquadrada numa bela paisagem natural, tendo como pano de fundo as serras do Alvão e mais distante, do Marão.




História :

              Nas margens do Rio Corgo, um dos afluentes do Douro, a cidade de Vila Real ergue-se a cerca de 450 metros de altitude, numa região que revela indícios de ter sido habitada desde o Paleolítico, Vestígios de povoamentos posteriores, como o Santuário Rupestre de Panóias, denunciam com segurança a presença dos romanos na região, mas os tempos que se seguiram, durante as invasões bárbaras e sobretudo muçulmanas, impuseram um despovoamento gradual que só terminou com a aproximação do século XII, com a outorga em 1096 do foral de Constantim de Panóias, pelo Conde D. Henrique. Em 1289, por foral de D. Dinis é fundada a pobra de Vila Real de Panóias, que viria a transformar-se na cidade de hoje. Nos séculos XVII e XVIII Vila Real consolida o epìteto de Corte de Trás-os-Montes, que havia ganho com a presença dos nobres que aqui se fixaram por influência da Casa dos Marqueses de Vila Real, presença ainda hoje visível nas inúmeras pedras-de-armas que atestam os títulos de nobreza dos seus proprietários. Como povoação mais importante em Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real adquiriu o estatuto de capital de província e já neste século, na década de 20, viu reconhecido o seu peso económico, demográfico e administrativo com dois atos de grande relevo: a criação da Diocese em 20 de abril de 1922 e a elevação a cidade em 20 de julho de 1925. Atualmente  Vila Real vive uma fase de crescente desenvolvimento, a nível industrial, comercial e dos serviços, com relevo para a saúde, o ensino, o turismo, etc, apresentando-se como local de eleição para o investimento externo.





Gastronomia :

                   Vila Real tem como especialidades as sopas, a vitela e o cabrito assados com arroz de forno, as tripas aos molhos, os covilhetes, a carne maronesa, o joelho da porca, a bola de carne e diversos enchidos. O vila-realense teve sempre o gosto da boa mesa, adotando as suas especialidades de outros locais, como os pratos de bacalhau, o cozido à portuguesa, os milhos, etc. No campo da pastelaria, o destaque vai para os pastéis de toucinho ou cristas de galo e os pastéis de Santa Clara conventuais, as tigeladas de laranja, os pitos de Santa Luzia, os cavacórios e bexigas e os santórios, destaque também para uma especialidade de confeitaria : as ganchas.

As Cristas; como são vulgarmente conhecidas, são oriundos do Convento de Santa Clara, se chamam na realidade pastéis de toucinho do céu, cristas de galo foi uma denominação da linguagem popular que se implementou há alguns anos.

Pitos de Santa Luzia; Foi Maria Ermelinda Correia, mais tarde irmã Imaculada de Jesus, quem lhes deu forma e paladar feitos de doce de abóbora, os pitos foram consagrados a Santa Luzia, padroeira das coisas da vista, da qual Maria Ermelinda Correia e ainda hoje é lembrada com uma festa a 13 de dezembro, na capela de Vila Nova de Folhadela.

Ganchas de S. Brás; A 3 de fevereiro de cada ano, faz-se uma festa em honra de São Brás na capela de S. Dinis. em Vila Real em que fazem ou cumprem promessas dão a volta ao cemitério. às arrecuas " sem abrir a boca ou dizer palavra para não entrar enguiço".Esta tradição está ligada a Santa Luzia quando a 13 de dezembro, as raparigas compram pitos para oferecer aos rapazes estes retribuem o presente a 3 de fevereiro, dando ganchas às raparigas, simbolizando talvez " um gancho para apanhar raparigas com vontade de namorar".