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quinta-feira, 7 de março de 2013

Viagem e visita ao concelho de Proença-a-Nova

Brasão de Proença-a-Nova

Localização :

         Proença-a-Nova ocupa uma área de 395,3 Km2, sendo o concelho composto por seis freguesias e pela vila de Proença-a-Nova, o concelho está integrado na chamada "zona do pinhal", na região de transição entre as Beiras e o Alentejo, rodeado pela Serra de Alvelos e os concelhos de Vila Velha de Ródão, Castelo Branco, Oleiros, Sertã, Vila de Rei e Mação. As principais linhas de água deste concelho são os rios Zêzere e Ocreza. 




História

      De grande antiguidade, chamaram-lhe Cortiçada, nos seus primeiros anos, nome que só no século XVI foi definitivamente abandonado em favor do atual, a justificação daquele não se afigura difícil, devendo relacionar-se com a abundante produção de cortiça ou elevado número de colmeias (também chamados cortiços) que, em tempos, foram de grande importância na região. O topónimo Proença, por seu lado, suscita maiores dúvidas. O sábio filólogo Leite de Vasconcelos opina que se relaciona com a «religião em geral», de proveniência francesa e outros autores aproveitaram a ideia para o filiar em Provença sem, no entanto, deixarem de observar que nada mais permite essa aproximação; é que nem há notícia de que os habitantes do velho país das Gálias tenham vindo fixar-se na Lusitânia, nem é de comparar regiões de características tão distintas. Do longo período que medeia a presumível fundação da vila e a data do seu primeiro foral não há quaisquer notícias. Mas é fácil imaginar o que terá sido a vida dos seus poucos habitantes: a pastorícia era a ocupação preponderante, tanto nos períodos de paz como naqueles em que as surtidas de povos rivais os obrigava a permanecer nos montes, fora do caminho dos contendores; a agricultura fazia-se nas terras baixas, férteis e de fácil irrigação; a caça, então muitíssimo abundante e variada, proporcionaria outro dos mais importantes meios de sustento. Frugais e reservados terão vivido isolados, em número restrito, não admirando que a povoação pouco tenha evoluído até ser doada aos Monges da ordem do Hospital. Estes, colaborando com os primeiros reis no esforço de repovoamento e estabilização das populações nos locais mais ricos e de maior importância estratégica, adotaram diversas medidas, desde a criação de defesa de novas terras até à concessão de forais portadores de regalias de vária ordem, àquelas que os justificassem. E foi assim que, em 1244, o prior de Hospital, frei Rodrigo Egídio, deu a Proença-a-Nova o primeiro foral. A aceitação deste foral, concedido a Proença-a-Nova, não é pacífica. Proposta por Franklim e desenvolvida pelo Padre Manuel Alves Catarino na sua valiosa monografia «Concelho de Proença-a-Nova», tem opositores em Pinho Leal e A. Costa que, por seu lado defendem a doação de foral feita por D. Afonso III em 1242, D. Manuel I reformou todos os forais, cabendo o «Foral Novo» a Proença-a-Nova em 1512. Proença-a-Nova foi uma vigararia do Priorado do Crato, juntamente com as vigararias de Crato, Amieira do Tejo, Sertã e Belver. Em 1789, o Priorado do Crato foi integrado na Casa do Infantado, criada por D. João IV, perdeu autonomia e os seus bens passaram definitivamente para os novos senhores em 1833, quando da extinção do Priorado. Mas foi por pouco tempo, pois logo em 1834 o Infantado foi extinto. O concelho Proença-a-Nova passou, então, para o Distrito de Santarém e, em Novembro do ano seguinte para o de Castelo Branco, onde se manteve. Até 1554, o concelho era constituído por uma só freguesia. Nesta data foi desmembrado e nasceu a de São Pedro do Esteval. Algum tempo mais tarde foi a vez de Peral ser elevada a idêntica categoria, também à custa de Proença. Em meados do século XIX a área do concelho conheceu sucessivas alterações, motivadas pelos diversos ensaios de reorganização administrativa que o governo promoveu. Assim, em 1837 foram-lhe anexadas as freguesias de Cardigos e Sobreira Formosa, cujos concelhos acabavam de ser extintos. No mesmo anos ou no ano seguinte, foram-lhe retiradas. Em 1838 foi a vez de Cimadas e Montinho das Cimadas deixarem de pertencer a Proença-a-Nova e passarem ao concelho de Vila de Rei; mas, também desta vez a ideia não foi avante: o povo das duas povoações reclamou contra tal mudança alegando a distância a que ficava da nova sede e as dificuldades em atravessar as ribeiras que ficavam no caminho, sendo atendidos. Em 1855 o concelho de Sobreira Formosa foi extinto, outra vez, e de novo integrado no de Proença-a-Nova. Em fins de 1867 uma administração revolucionária, proposta por Fontes Pereira de Melo, extinguiu grande número de concelhos anexando-os a outros. Proença-a-Nova recebeu Belver, Mação, Envendos, Carvoeiro, Amêndoa, Vila de Rei, Fundada, São João do Peso, Cardigos, Isna. Mas essa reforma foi de tal modo recebida que o governo teve de demitir-se e, um mês depois, um Decreto dos novos governantes restabelecia a anterior divisão. Finalmente, em 1896 foi-lhe tirada a freguesia de São Pedro do Esteval e anexada a de São João do Peso. Em 1898, mais uma vez a divisão foi alterada, saindo São João do Peso e regressando São Pedro do Esteval, mantendo-se invariável desde então (embora alguns, mais bairristas, tenham feito esforços desesperados para conseguir a anexação de Cardigos, muito justa, ao que dizem).

Bandeira de Proença-a-Nova

Heráldica

Brasão: de prata com um sobreiro de verde frutado de ouro e arrancado de verde e de negro. Em chefe de vermelho uma cruz de malta de prata. Coroa mural de quatro torres de prata. Fita branca com letras pretas.

Bandeira: esquartelada de amarelo e de verde. Cordões e borlas de ouro e verde. Lança e haste douradas.

Cultura e Turismo

    Os recursos naturais e a riqueza histórica e patrimonial, são as principais atrações turísticas de Proença-a-Nova. Trata-se dum concelho com fortes potencialidades para o desenvolvimento do turismo rural, percursos na natureza, prática de desportos aventura, pesca ou outras atividades ao ar livre. No concelho existem ainda várias praias fluviais entre as quais se destacam: a praia fluvial de Fróia, a do Malhadal e a de Aldeia Ruiva. Ao nível de recursos e infra-estruturas desportivas, o concelho de Proença dispõe de um complexo desportivo bem equipado, dispondo de um pavilhão gimnodesportivo; a piscina municipal; um circuito de ginástica, dois campos de ténis com bate-bolas.
No concelho existem várias colectividades que procuram, através do seu trabalho, promover e divulgar os valores culturais e tradicionais da região. É o caso do Grupo Coral de Proença-a-Nova, fundado em 1977 e que tem como principais objectivos a divulgação da música coral, nomeadamente a do concelho e da Região Beira. Outras colectividades de igual destaque são o Grupo de Danças e Cantares de Sobreira Formosa, o Grupo de Danças e Cantares do Centro Social Cultural e Recreativo da Freguesia de Montes da Senhora e o Grupo de Danças e Cantares das Corgas.

                                                                                                     Praia fluvial da Fróia 
Hotel da Amoras

Praia fluvial do Malhadal

Gastronomia

          Da gastronomia tradicional do concelho de Proença-a-Nova fazem parte os enchidos de porco e o maranho; sendo que na doçaria se destacam as cavacas de Proença, a tigelada e as broas de mel.