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sexta-feira, 26 de abril de 2013

Viagem e visita ao concelho de Sobral de Monte Agraço

Brasão de Sobral de Monte Agraço

Localização

        Integrado no distrito de Lisboa, o concelho de Sobral de Monte Agraço abrange uma área de 52 km2, distribuída por três freguesias: Sobral de Monte Agraço, Sapataria e Santo Quintino, sendo limitado a Sudoeste, pelo concelho de Mafra; a Sudeste, pelo concelho de Arruda dos Vinhos; a Noroeste, pelo concelho de Torres Vedras; e a Nordeste, pelo concelho de Alenquer.
Sobral de Monte Agraço é um concelho com um relevo acentuado e irregular, apresentando vales apertados onde correm cursos de água, de regime torrencial.



História :

         O primitivo povoamento da região, terá começado a partir do Monte Agraço, a 4 quilómetros da sede de concelho. Data de 1186 a primeira referência escrita relativa ao concelho, tratando-se de uma doação de D. Sancho I do reguengo do "Soveral" à Sé de Évora. Mais tarde, encontra-se novas referências à povoação nas Inquirições de D. Afonso III, relativas à igreja de Santa Maria de "Monteagraço", então pertença da igreja de Lisboa e à de S. Salvador do "Monte Agracio", esta no termo de Torres Vedras. A 20 de Outubro de 1519, D. Manuel deu foral a Monte Agraço, não é mencionado Sobral como sede de concelho, mas já deveria ser um importante centro populacional.
Em 1527, o Cadastro menciona Monte Agraço com o título de vila, sendo o seu donatário o Conde de Sortelha, mas já então o lugar mais importante da vila era Sobral, pois na vila propriamente dita (no Monte Agraço) não vivia ninguém, tinha somente uma igreja (a de Santa Maria), uns paços velhos e um pelourinho. O termo era constituído pelas aldeias de Vila Galega, Sobral, Barqueira, Cavela, Gozundeira, Bispeira e Cardosa. É de crer que a sede já então fosse no Sobral que no século XVIII aumenta de importância, especialmente depois de ser dado o seu senhorio, a 15 de Abril de 1771, a Joaquim Inácio da Cruz Sobral, tesoureiro do Real Erário; no mesmo ano da doação começou a construção do edifício da Câmara e Cadeia. A 3 de Novembro de 1809, dá-se início à construção do sistema de fortificações designado por Linhas de Torres Vedras, estando o Sobral inserido na primeira dessas linhas de defesa da capital.
Em 1821, o concelho de Sobral de Monte Agraço incluía apenas a freguesia da sede; em 1826, não há referências ao concelho, aparecendo isolada, a freguesia de S. Salvador. Se o concelho foi então extinto, essa extinção pouco tempo durou, sendo que em 1832 já aparece novamente como concelho que, em 1836 passou a incluir a freguesia de Santo Quintino, retirada do termo de Lisboa. Em 24 de Outubro de 1855, o concelho foi extinto e incorporado no de Arruda dos Vinhos. Torna a aparecer em 1880, para voltar a ser extinto com a reforma de 26 de Setembro de 1895 que anexou as suas freguesias ao concelho de Torres Vedras. Foi novamente restaurado a 13 de Janeiro de 1898, abrangendo já a freguesia de Sapataria.

Bandeira de Sobral de Monte Agraço

Heráldica

Brasão: de prata, sobreiro a verde assente num monte da mesma cor guarnecido a negro. Bordadura a negro carregada de 11 torres de prata, abertas e iluminadas de vermelho. Coroa mural de 4 torres de prata. Listel branco com a legenda a negro «Sobral de Monte Agraço».

Bandeira: esquartelada de branco e verde, com cordão e borlas de prata e verde. Haste e lança de ouro.

Selo: circular, tendo ao centro as peças das armas, sem indicação dos esmaltes. Em volta, dentro de círculos concêntricos, os dizeres: «Câmara Municipal de Sobral de Monte Agraço».


Cultura e Turismo

           O concelho de Sobral de Monte Agraço está integrado na Região de Turismo do Oeste "Terra de vinhedos e de mar", uma área particular da Região da Costa de Prata. Trata-se de um concelho interior, com acessos fáceis à costa e à área da Grande Lisboa e que dispõe de vários locais de interesse turístico, tendo a oferecer belas paisagens e um acervo patrimonial interessante, de destacar os vários moinhos de vento existentes no concelho, testemunhos da importância económica e social da atividade moageira na região, na primeira metade do séc. XX. De destacar ainda ao nível patrimonial: a Capela Medieval de Sobral de Monte Agraço, cuja construção remonta a finais do século XIII; a Igreja de Santo Quintino, obra do século XVI; e a Praça de Touros. A construção primitiva da Praça de Touros de sobral de Monte Agraço data de 1921, sendo que em 1970, encontrando-se já em avançado estado de degradação, foi doada pela Sociedade Tauromáquica à Santa Casa da Misericórdia que procedeu à demolição do edifício e construiu uma nova praça, com capacidade para 2.936 lugares.
O concelho dispõe ainda de várias infra-estruturas culturais, sendo de mencionar: o Núcleo Museológico do Vinho, instalado numa antiga adega, tem como principal objectivo dar testemunho daquela que foi, outrora, uma das principais atividades económicas do concelho - o cultivo da vinha e a produção de vinho; a Galeria Municipal, integrada no edifício dos paços do concelho; e o Auditório Municipal, instalado no edifício da Câmara Municipal.



Gastronomia

            A gastronomia concelhia é bastante diversificada, destacando-se, no entanto, os queijos de cabra e ovelha.
                                                                                                         Queijo fresco 
Queijinho frescoFritada
Fritada