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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Viagem e visita ao concelho da Covilhã

Brasão de Covilhã


Localização : 

         Integrada no distrito de Castelo Branco, região da Beira Interior, o concelho da Covilhã tem uma área de 556.4 km2, abrangendo administrativamente 31 freguesias; as vilas de Boidobra, Ferro, Paúl, Teixoso, Tortosendo, Unhais da Serra e Vila do Carvalho; e a cidade da Covilhã, constituída por quatro freguesias urbanas: S. Martinho, S. Pedro, Santa Maria e Conceição. Grande parte do concelho é dominado pela Serra da Estrela e pela Cova da Beira sendo atravessado pelo rio Zêzere. A Cova da Beira está localizada no eixo Guarda-Covilhã-Castelo Branco, fazendo fronteira com Espanha. O seu topónimo primitivo terá sido "Cova Plana", estando o seu significado preso às características morfológicas da região: "cova", por se encontrar entre as Serras da Estrela, da Gata, da Malcata e da Gardunha; e "plana", pois constitui uma "planície" entre as montanhas. Na vertente da Serra da Estrela, a uma altitude de 690 metros, localizam-se as termas de Unhais da Serra, consideradas uma importante estância hidrológica nacional. As águas das duas nascentes, a Fonte dos Banhos e a Fonte do Cortiço, são especialmente aconselhadas para o tratamento de reumatismos e doenças do aparelho cardíaco. Os solos do concelho, são na sua maioria compostos por xisto e granito, sendo que a sua área florestal é constituída essencialmente por carvalho negral e castanheiro.


História : 

           O povoamento do território que corresponde ao atual concelho da Covilhã é bastante remoto, considerando os vários vestígios encontrados na sua área, nomeadamente os de castros lusitanos que confirmam a ocupação humana posterior à romanização. Segundo alguns autores, a povoação primitiva de Covilhã terá sido fundada pelo general romano Silius, com o nome de "Silia Hermia", por volta do ano 41 a.C., desconhecendo-se no entanto a sua evolução a partir dessa altura, sendo que já no século VII, adotava já o topónimo "Covilliana". Várias opiniões explicam a mudança de nome: segundo alguns autores, este deriva de "Cova-lhana", que significaria "vale cercado de serranias"; uma outra explicação é que o topónimo teria origem em "cubiliana villa", por em tempos remotos ter existido neste local uma albergaria, "cubile"; finalmente uma terceira hipótese faz remontar a origem do nome à junção das palavras "cava", que significa "perdida" e "Juliana", sendo uma referência ao lendário episódio da desonra de Júlia, filha de D. Julião que, ofendida por Rodrigo, rei dos visigodos, teria motivado a causa da traição de seu pai à causa cristã, provocando a invasão árabe da península. Saqueada e destruída várias vezes pelos mouros, a cidade encontrava-se em ruínas quando em 1186, D. Sancho I a reedificou e lhe concedeu foral, com amplos privilégios. Os limites do alfoz (concelho), definidos pelo foral, incluíam Castelo Branco e iam até ao Tejo, Portas de Ródão. Com a finalidade de fixar a sua povoação, novos privilégios foram concedidos por D. Fernando e mais tarde confirmados por D. Afonso V que, em 1453, a declarou uma das mais importantes povoações da Beira. Mais tarde, D. Manuel doou Covilhã a seu filho D. Luís, embora pouco tempo antes a declarasse regalenga. Em 1570, D. Sebastião, elevou-a a vila notável e 300 anos depois, no reinado de D. Luís, como prémio do seu desenvolvimento, ascendeu à categoria de cidade (20 de Outubro de 1870). O concelho da Covilhã ganhou autonomia administrativa por Decreto de 14 de Março de 1891.

Bandeira de Covilhã


Cultura e Turismo :

       Covilhã é a sede da Região de Turismo da Serra da Estrela, pelo que esta serra domina grande parte das atividades turísticas da região. Segundo a tradição, esta serra deve o seu nome um pastor que passava as noites a contemplar uma estrela que brilhava tanto, que iluminava o cimo de uma serra próxima. E assim, impressionado com a sua luminosidade baptizou a serra de "Serra da Estrela". Esta é a maior serra portuguesa, situando-se aqui o ponto mais elevado de Portugal continental, e constitui o Parque Natural da Serra da Estrela, criado em Julho de 1976, abrangendo os concelhos de Covilhã, Celorico da Beira, Gouveia, Guarda, Manteigas e Seia. As atrações mais importantes da Serra da Estrela são as Penhas da Saúde, uma estância de turismo e de férias, e as pistas de esqui que oferecem todas as condições para os praticantes de desportos de Inverno. No que diz respeito a espaços ajardinados, destaca-se, no concelho o jardim público da Covilhã, construído em 1908, nos antigos terrenos do extinto convento de S.Francisco. O município da Covilhã tem à disposição três bibliotecas: a Biblioteca Municipal da Covilhã, inaugurada a 20 de Outubro de 2000; a Biblioteca Heitor Pinto, fundada por José Maria Veiga da Silva Campos Melo transferida a 25 de Abril de 2001 para a Biblioteca Municipal e a Biblioteca central da Universidade da Beira Interior, inaugurada a 9 de Novembro de 2001.



Gastronomia : 

          Dos pratos típicos do concelho da Covilhã destacam-se: os buchos, as trutas grelhadas, o cabrito assado, o javali assado, a farinha de milho, o arroz com míscaros e de carqueja, as feijocas à serrana, a feijoada da Beira, o caldo de castanha, as xerovias, as ervilhas tortas, os espargos selvagens, as azedas e os enchidos (morcela, farinheira, chouriça de carne, chouriça de bofes). Na doçaria, as principais especialidades são: o doce de jarmelo, o bolo de requeijão, o requeijão com doce de abóbora, as cavacas de Pinhel, os esquecidos e o bolo de azeite.O concelho da Covilhã tem tradições muito antigas na produção de vinhos, existindo fundamentalmente três tipos de vinho: o vinho regional das beiras, o vinho de mesa e o Vinho de Qualidade Produzido em Região Demarcada.