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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Viagem e visita ao concelho de Boticas

Localização :

          Boticas é sede de município com 322,41 km 2, subdividido por 16 freguesias e é limitado a oeste e noroeste por Montalegre, a leste por Chaves, a sueste por Vila Pouca de Aguiar, a sul por Ribeira de Pena e a sudoeste por Cabeceiras de Basto. O concelho de Boticas está situado na parte noroeste de Portugal, província de Trás-os-Montes, distrito de Vila Real, criado no âmbito da reforma administrativa de 1836, o atual concelho de Boticas corresponde a uma parte da antiga terra do Barroso á qual deu o nome, pois é na sua área geográfica que existe a serra do Barroso e as povoações de Alturas do Barroso e Covas de Barroso, divisão administrativa e territorial que até então incomparava também o atual concelho de Montalegre e o extinto concelho de Ruivães, este hoje parte do concelho de Vieira do Minho. 


História :

     De raíz toponímica, este concelho teve a sua origem  nas Terras de Barroso, em Trás-os-Montes, o  primeiro que o usou e que provinha da antiga linhagem dos Guedeões, retirou-o de uma torre no lugar de " Sipiões ", naquela região da qual foi Senhor. Foi D. Egas Gomes Barroso, filho de D. Gomes Mendes Guedeão e de sua mulher D. Chamôa Mendes de Sousa, ambos tratados no Nobilário do Conde D. Pedro, filho de D. Dinis, onde se vê ainda ser neto de D. Gueda, o Velho. D. Egas rico homem dos reis D. Sancho II e D. Afonso III, tendo ido em 1247, durante o reinado deste último soberano, ao cerco de Sevilha, em auxílio do rei D. Fernando, o Santo, de Castela. Dos dois filhos de D. Egas vêm duas dinastias linhagens: a dos Bastos, descendentes de seu filho segundo, D. Gomes Viegas Bastos e os Barroso, provenientes do casamento do primogénito Gonçalo Viegas Barroso com D. Maria Fernandes de Lima. Destes ficou vasta geração, a qual manteve o uso do apelido, muitas vezes até por linha feminina. Fixando-se na região de Braga e Barcelos vieram a ser Senhores e administradores de bons Vínculos e Morgados, como os das Quintas da Falperra, do Eixidio, de Oleiros ou de S. Jorge, que tinha Capela em S. Francisco, no Porto. As armas usadas por esta família são: de vermelho, cinco leões de púrpura, armados e linguados de ouro, cada um carregado de três ou de duas faixas também de ouro. A Vila de Boticas, então já lugar central é desde a criação do concelho a sede do Município. As armas e a bandeira do concelho, são de acordo com o parecer da Associação dos Arqueólogos Portugueses, de prata, com uma abelha de negro realçada a ouro, acompanhada de quatro espigas de trigo verde, cruzadas em ponta e atadas de vermelho. Coroa mural de quatro torres, bandeira azul.



Gastronomia:

            A gastronomia de Boticas tem fama de exibir produtos que são excelentes. Assim, além da boa vitela da raça barrosã, do cabrito, do porco e seus derivados, têm as melhores trutas do mundo que recheadas com presunto, constituem um manjar especial. Acresce o Vinho dos Mortos assim chamado porque só é engarrafado depois de permanecer enterrado um ou dois anos, ganhando assim qualidade. Como digestivo especial, destila-se a aguardente de mel, feita com base na fermentação dos favos de mel depois de espremidos. Há que destacar ainda os pratos típicos como a sopa de unto, o cozido à barrosã, o cabrito do barroso, a posta barrosã, os fumeiros e a truta recheada. Para sobremesas, temos também doçarias, como as rabanadas com molho de mel, aletria e leite-creme queimado.