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sábado, 22 de dezembro de 2012

Viagem e Visita ao concelho de Valongo

Brasão de Valongo

Localização : 

        O Concelho de Valongo, situa-se a Norte do rio Douro englobando as bacias hidrográficas dos rios Leça e Ferreira. Numa área de 73 Km2, o concelho está dividido em 5 freguesias. Tem como limites a Norte, o concelho de Santo Tirso; a Oeste o concelho da Maia; a Sudoeste o concelho de Gondomar e a Este o concelho de Paredes.



História : 

     Em relação à origem do topónimo principal, as dúvidas permanecem. Crê-se que Valongo provém de "Vallis Longus", pois é assim que nas inquirições de 1258 se referem à "Villa". Outra versão é uma lenda, onde se conta, que um dia desembarcou em Porto Cale, um grupo de cristãos que fugiam aos romanos. Nesse grupo encontrava-se uma rapariga chamada Susana, por quem um cavaleiro árabe chamado Donnus se apaixonou. Este teve então que renunciar ao Islão o que fez com que fosse perseguido e os levasse a fugir de Porto Cale para outras zonas. Chegaram então ao topo do monte de Santa Justa e ao verem a paisagem exclamaram: "Que vale longo!". Ficando a viver aí, deram o nome de Valongo de Cima, ou seja, Susão que segundo a mesma lenda, deriva de Susana. A ocupação humana do território a que corresponde o atual concelho de Valongo é bastante remota, a julgar pelos vestígios toponímicos e materiais encontrados nesta região. Do período Neolítico chega-nos à memória, monumentos funerários aí existentes, em topónimos como "Monte da Mamoa" ou "Mamoa do Piolho". Já de uma ocupação mais tardia, correspondente à Idade do Ferro, foram encontrados três castros, nas Serras de Santa Justa e Pias que mais tarde sofreram a influência da romanização, pois foram encontrados nestes locais vários materiais romanos, como mós, tégulas e cerâmica. Na época de ocupação romana, Valongo assumiria um papel de destaque enquanto centro mineiro de onde saía o ouro para o império, ainda restando vestígios de dois eixos principais que atravessariam o concelho. Segundo as Inquirições de 1258, o território que compõe o atual concelho de Valongo estava divido entre o Julgado de Aguiar e Sousa e o Julgado da Maia. Por essa altura, estas terras pertenciam ao rei e ao clero regular, não sendo muito representativas as propriedades na nobreza. Durante as Invasões Francesas, uma divisão instala-se em Valongo, saqueando a igreja e transformando-a em cavalariça. Já em 1832, é palco das guerras liberais, com a batalha de Ponte Ferreira. Como consequência destes confrontos, o antigo Convento de Nossa Senhora do Bom Despacho, em Ermesinde, é transformado em hospital militar e no adro da igreja são enterrados, em vala comum, os soldados que pareceram no Cerco do Porto. O atual concelho de Valongo foi criado em 1836, no contexto da reforma administrativa empreendida no reinado de D. Maria II.

Bandeira de Valongo

Cultura e Turismo : 

         São vários os locais de interesse turístico que pode visitar neste concelho que dispõe de magníficos espaços naturais. A serra de Santa Justa é disso um exemplo, sendo um lugar propício à prática de desportos radicais, como a escalada, espeologia e montanhismo.  O concelho de Valongo também tem à disposição vários complexos desportivos como uma piscina, campo de jogos por cada freguesia, vários campos de ténis, pavilhões gimnodesportivos e um Centro Hípico em Alfena. Todos estes recintos proporcionam actividades desportivas como o basquetebol, andebol, hóquei em patins, ténis, pólo aquático, todo-o-terreno, motocross, atletismo, futebol, ciclismo, ténis de mesa, xadrez e artes marciais. A nível cultural, o concelho possui o Fórum Vallis Longus, que inclui a Biblioteca, o Auditório Dr. António Macedo, sala de artes, cafetaria e átrio de exposições. Valongo tem também o Museu Municipal Dias de Oliveira, o Arquivo Histórico e o Centro de Exposições.



Gastronomia : 

         Uma das tradições gastronómicas de Valongo é sem dúvida a sopa seca, preparada com pão seco e ovos; sendo considerada um doce típico do Carnaval. Também de destacar são os doces de pão-de-ló de manteiga cobertos com açúcar branco e os biscoitos e regueifas de Valongo.




Viagem e visita ao concelho de Gondomar

Brasão de Gondomar

Localização : 

         É sede de um município com 133,26 km² de área, subdividido em 12 freguesias. Este concelho faz fronteira a Norte com os concelhos de Maia e Valongo, a Este com Valongo, Paredes e Penafiel, a Oeste com o Porto e Vila Nova de Gaia e a Sul com o rio Douro que atravessa o concelho numa extensão de aproximadamente 30 Km, separando Gondomar dos concelhos de Santa Maria da Feira, Castelo de Paiva e uma pequena parte de Arouca. A sua formação geológica é em grande parte composta por terrenos abundantes em minérios e granito e a sua zona florestal rica em pinheiros bravos e mansos, carvalhos, sobreiros, eucaliptos e medronheiros.


História :  

       A comprovar a ancianidade do povoamento do território que hoje corresponde ao concelho de Gondomar, estão os vários vestígios de diferentes povos que passaram por este local. Supõe-se que o povo romano foi um dos que mais influenciaram a região com os seus hábitos e tradições, atribuindo-se a este povo a exploração das minas de ouro nas regiões próximas e na própria área do concelho.
Também o povo visigodo deixou aqui a sua marca. Atribui-se aliás a explicação do topónimo a este povo. Segundo a tradição, o rei visigodo Gundemario, em 610, aqui teria fundado um couto, e dado o seu nome à povoação; contudo, nunca foram encontrados vestígios que comprovassem a passagem dos cavaleiros visigodos por esta terras. Segundo alguns autores, o topónimo deriva de "Gundjia", que designa, no alto-alemão, "Batalha", e de "Meer" , sinónimo de destreza, cujo alatinamento originou a palavra "Gundemare", "Gundimarus" e mais tarde Gondomar. Uma outra interpretação para o topónimo é a de que este teria origem nas minas de ouro, outrora exploradas na região, sendo a sua raiz etimológica "Guld malm". A terra de Gondomar foi coutada em 5 de Abril de 1193 por D. Sancho I, a favor do bispo do Porto, D. Martinho Rodrigues, tendo sido erguidos 10 marcos para demarcação do território do couto. Este couto foi confirmado por D. Afonso II que "fez honra de Gondomar" a D. Soeiro Reymondo que aqui tinha um solar. Segundo as Inquirições de 1258, o couto abrangia as igrejas de Foz do Sousa, Jovim, Fânzeres, Valbom, S. Pedro da Cova, Campanhã, Baguim, S. Cosme, Lebrinho, Avintes, Melres e o Mosteiro de Rio Tinto. Em 1380, o senhorio de Gondomar pertencia a Afonso Vasques Correia, por doação de D. Fernando, doação essa que viria a ser confirmada por D. João I em 1388. Já em 1433, D. Duarte fez a doação da terra ao seu cavaleiro-mor Fernão de Sá e em 1470 passou, por doação de D. Afonso V, para a posse de Maria de Vilhena, segunda mulher de João Rodrigues de Sá, vedor da Fazenda do Porto. Mais tarde, em 1484, foi de novo doada, mas desta feita à terceira mulher do já referido João de Sá, Joana de Albuquerque. No reinado de D. Manuel, em 1515, é outorgado o foral ao Município de Gondomar. Data de 1868 a incorporação no concelho das freguesias de S. Cosme, Valbom, Rio Tinto, Fânzeres, S. Pedro da Cova, Jovim, Foz do Sousa, Covelo, Medas, Melres e Lomba. Formalmente, só em 1927 a sede do concelho - S. Cosme - foi confirmada como Vila de Gondomar, mediante pedido à presidência da República. Recentemente Valbom ascendeu à categoria de Vila, foi criada a freguesia de Baguim do Monte e Rio Tinto tornou-se cidade.

Bandeira de Gondomar

Cultura e Turismo :

            O concelho de Gondomar caracteriza-se pela interação entre a ruralidade e o urbanismo, dispondo de grandes potencialidades turísticas e naturais, em que o rio Douro desempenha um papel fundamental. Este rio é, por um lado, um importante condicionador económico e simultaneamente um espaço de lazer, onde se podem praticar vários desportos como a vela, remo e canoagem, ou simplesmente desfrutar as várias praias fluviais. O montanhismo e o campismo são práticas também bastante procuradas, uma vez que o concelho dispõe de várias infra-estruturas que facilitam e apoiam este tipo de atividades  Gondomar dispõe ainda de vários museus temáticos, um auditório e inúmeras estruturas para a prática do desporto.


Gastronomia :

      A tradição gastronómica de Gondomar está profundamente relacionada com a proximidade do rio Douro, sendo o sável e a lampreia espécies indissociáveis das ementas do concelho. Como pratos típicos, são de destacar a "lampreia à bordaleza", o "arroz de lampreia", o "sável no espeto" e a "açorda de milharas". No que diz respeito à doçaria, são de salientar os famosos "bolinhos de nozes à moda de Gondomar".