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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Viagem e visita ao concelho de Felgueiras

Localização :

                O concelho de Felgueiras pertence ao distrito do Porto, distando deste aproximadamente cerca de 62 km e encontra-se localizado na região do Vale do Sousa, abrangendo uma área de cerca de 115,62 km2, num total de 33 freguesias. Este concelho encontra-se situado a poucas dezenas de km do litoral e enquadrado por elevação até uma altitude média de umas centenas de metros, o seu território lembra um anfiteatro natural, na medida que que se carateriza pelo acidentado dos seus terrenos. Felgueiras é limitado a norte por Fafe, a poente por Guimarães e Vizela, a sul por Lousada, a noroeste por Celorico de Basto e a sudoeste por Amarante. O seu clima carateriza-se pelos invernos longos, de cariz húmido e verões breves e moderados. 




História :

            O topónimo é tido como sendo de origem fitomórfica: Felgaria, que tem origem em Felga (felix) que no latim medieval significa feto, Felgaria seria portanto uma terra bravia de fetos. Nas colinas e montes que caraterizam o concelho e demarcam atualmente os campos de exploração agrícola, na Idade do Ferro, instalaram-se os castros ou por assim dizer, pequenas comunidades organizadas em famílias extensas, ligadas entre si por fortes laços de consanguinidade. Estas pequenas comunidades tinham origem continental e traziam consigo uma nova civilização, instalando-se em formas de povoamento disperso em continuidade com as formas anteriores e posteriores existentes na região. A carta arqueológica da região, no seu estado atual indica na área do concelho, a existência de núcleos castrejos em várias freguesias de Felgueiras, a própria toponímia local, acrescenta também outros sítios de relevância arqueológica. Todo o conjunto de informação fornecido pela arqueologia, permite traçar um quadro global dos povos que aqui habitaram na proto-história de Felgueiras. A história do concelho de Felgueiras está profundamente ligada com a proximidade de Guimarães que, de certa forma, atraiu muitos fidalgos cristãos que trouxeram fama e prestígio à região. Por essa altura, o Conde D. Henrique terá concedido a "Felgerias Rubeas" diversas regalias e uma certa autonomia política e administrativa. O território de "Felgerias Rubeas" constituiu o berço do concelho de Felgueiras e era delimitado a nordeste pelos montes de Barrosas e do Senhor dos Perdidos, a norte pelos montes de Santa Quitéria e Pinheiro e a sul pela Eira dos Mouros, que se estendia da Lixa até Santa Marinha. É nas inquisições de 1258 que surge pela primeira vez a "Villa de Felgueiras", em 1385. depois da crise que antecedeu a sua subida ao trono, D. João I, outorga ao concelho e todos os seus Homens- Bons, todos os privilégios e agracia Gonçalo Pires Coelho como senhorio da terra, concedendo-lhe ainda a mercê de apresentar nela Juízes e Meirinhos. Estando então integrado no Julgado de Celorico de Basto e Comarca de Entre-Douro e Minho. Em 1514, no reinado de D. Manuel I, Felgueiras recebeu novo foral, onde se encontravam inventários todos os direitos e foros. Passou então a ter câmara, constituída por juiz ordinário, três vereadores e um procurador, todos por eleição trienal do povo.
 Abrangia, nessa altura 21 freguesias, situação que se manteve até meados do século XIX, passando por essa altura a pertencer à comarca de Guimarães. Em 1927 com a extinção da comarca de Lousada, dez das suas freguesias passam para a comarca de Felgueiras e em 1950 o mesmo aconteceu com as restantes freguesias de Lousada, dez das suas freguesias passam para a comarca de Lousada. A comarca de Felgueiras terá a partir daí 59 freguesias, 33 do concelho de Felgueiras e 26 de Lousada, situação que se manteve até lousada voltar a ter comarca.


Gastronomia :

                Como grande especialidade de doçaria regional é de mencionar o pão de ló de Margaride, um doce com bastante história, no concelho. Entre todas as recitas de pão de ló, a mais considerada é sem dúvida a de Margaride, onde se fabrica este tipo de doce há já 150 anos e onde se pode encontrar atualmente a Fábrica de Pão de Ló de Margaride, este doce atingiu tais graças que lhe foram concebidas honras de fornecer a real e ducal Casa de Bragança, desde 1888.