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sábado, 27 de outubro de 2012

Viagem e visita ao concelho de Vila Verde

Localização :

             O Concelho de Vila Verde está localizado no distrito de Braga, em pleno coração do Minho. é limitado a norte pelo concelho de Ponte da Barca, a oeste pelos de Barcelos e Ponte de Lima, a este por Terras de Bouro e a sudoeste pelos de Amares e Braga, de que fica separado pelos rios Homem e Cávado, respectivamente, situa-se a poucas dezenas de quilómetros das praias que se estendem pela orla costeira marítima entre os centros urbanos de Porto e Galiza e fica contínuo ao Parque Nacional da Peneda-Gerês. Vila Verde goza de uma excelente localização em termos de acessos aéreos, ferroviários e rodoviários, com uma área de 228,7 km2, onde estão distribuídas 58 freguesias. Beneficia de um clima temperado agradável, com temperaturas médias anuais de 15.º C, sendo o inverno chuvoso e o verão quente e seco. Dotado de uma excelente rede de acessibilidades é possível facilmente chegar ao centro de Vila Verde de automóvel ou autocarro.


História :

            Vila Verde é um concelho com pouco mais de 150 anos de existência e um dos maiores da província do Minho. Foi fundado em 24 de Outubro de 1855, com a extinção de outros concelhos como, Pico de Regalados, Vila Chã e Larim, Penal e Prado, cujas origens remontam aos tempos da Pré-história e da Idade Média. Pico de Regalados, primitivamente, foi couto dado por D. Afonso Henriques ao Arcebispo de Braga, D. Paio Mendes, foi tido como um dos mais antigos e aristocráticos do país. D.Manuel I concedeu-lhe foral em 13 de novembro de 1513, Villa Chã e Larim viram o primeiro foral concedido por D. Afonso III, teve a sua sede primitiva no lugar com o mesmo nome da atual freguesia de Carreiras S. Tiago, mais tarde mudou a sua sede para o lugar de Revenda da freguesia de Travassós, transitando, posteriormente para a freguesia de S. Paio de Vila Verde. Penal, também conhecido por Portela do Penal ou Portela das Cabras, foi-lhe concedido foral por D. Manuel I em 6 de outubro de 1514. Prado, recebeu foral de D. Afonso III, concedido em 126, D. Manuel I confirmá-lo-ia em 1510, teve a sua sede na freguesia do mesmo nome. A primeira notícia sobre Vila Verde remonta ao século X e constitui, talvez, a mais antiga documentação do topónimo Vila Verde ou um dos raríssimos casos em que este topónimo surge antes da nacionalidade, pois quase na totalidade dos casos revela-se posterior ao século XI. Nessa altura, boa parte do território do atual concelho aparece na posse da poderosa família da condessa Mumadona, tanto por si própria como pela do marido desta , o conde Hermenegildo Gonçalves, cujo pai, conde Gonçalo Betotes era já muito herdado no século IX desde o Douro, talvez Minho. Durante o século XI nota-se no território do atual concelho uma espécie de logradouro da alta nobreza portucalense, na correspondência da estirpe da condessa Mumadona, no século anterior, relativamente à atual vila, sede de concelho, há um documento pré-nacional de 1089 que diz respeito há venda que fez há igreja de Santo António, uma dama de nome Eldara Eriz, outro documento dos princípios da nacionalidade de 1120, fala da doação que D. Maior Mides faz à Sé bracarense de herdamento eclesiásticos a laicais herdados por ela de seus pais, Mido Vermudes e Godo País e outros por ela adquiridos. O mais relevante da vida documentada nos séculos X e XII no território do atual concelho concentra-se à roda do velho castro ou "civitas" originária, o mesmo é dizer-se nas imediações de Vila Verde dos nossos dias. Até ao século XVII a freguesia de Vila Verde não se distinguiu das outras do concelho a que pertencia, mas porém nos princípios do século XVIII parece que estava já nela a sede de concelho de Vila Chã, com uma importante feira mensal e desde aí em progresso contínuo, veio mesmo a adquirir, em 1855 com os governos liberais, o estatuto de sede de um populoso e vasto concelho.


Gastronomia :

              A gastronomia minhota é muito rica e diversificada, de várias gerações recebemos essa herança cultural que muito nos enriquece e orgulha. Hoje, numa atitude de respeito pelos hábitos de uma comunidade multi-secular, continuamos na recolha e preservação desse Património cultural. Quem visita Vila Verde não fica indiferente à cozinha tradicional servida nos resturantes, tabernas, tascas típicas das festas, feiras e romarias, no alojamento turístico do espaço rural, bem como no aconchego familiar. Os vila verdenses orgulham-se de apresentar uma boa mesa, ainda é também dela que se mostra o poder económico, mas da cozinha deste concelho podemos destacar, os rojões à moda do Minho, papas de serrabulho, arroz de frango "pica no chão", cozido à portuguesa, caldo verde, sempre acompanhado com a broa de milho, cabrito assado no forno, vitela barrosã, criada na Serra do Gerês, bacalhau, coelho à caçador, pataniscas de bacalhau, enchidos e presunto. Ao nível das sobremesas, temos de destacar as rabanadas, aletria, creme queimado, pão-de-ló, sonhos, formigos, pudim de ovos e pudim abade de priscos, são uma pequena amostra das iguarias com que se pode deliciar. O vinho verde de grande qualidade, produzido na região é um elemento indispensável que acompanha muito bem esta suculenta gastronomia, muitas vezes também como ingrediente, dando-lhe um paladar único em todo o mundo.