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sábado, 6 de abril de 2013

Viagem e visita ao concelho de Mação

Brasão de Mação

Localização

         O concelho de Mação está inserido na Zona Centro, sub-região do Pinhal e está integrado no distrito de Santarém. Ocupa uma área de 400.8 km2, distribuída por oito freguesias, o concelho faz fronteira a Norte com os concelhos de Vila do Rei, Sertã e Proença-a-Nova; a Nascente, com Vila Velha de Ródão e Nisa; a Poente, com Sardoal e Vila do Rei; e a Sul, com Abrantes, Gavião e com o rio Tejo.
As mais importantes serras deste concelho são: o Bando dos Santos, o Bando de Codes, a Serra de Santo António, a Serra da Amêndoa  a Serra da Galega e a Serra das Águas Quentes, as Serras da Alfeijoeira, a Serra do Casal e a Serra do Moledo. Já a rede hidrográfica do concelho é bastante densa e além do Rio Tejo distribuem-se por todo o concelho dezenas de nascentes e ribeiras, entre elas, a Ribeira de Eiras, a Ribeira do Coadouro ou das Boas Eiras, a Ribeira da Pracana, a Ribeira de Ocreza e a Ribeira do Bostelim. Em termos turísticos, Mação pertence à Região de Turismo dos Templários, Floresta Central e Albufeiras.



História :

           No aspecto toponímico, "Mação" revela ser de origem remota, mas a sua derivação não é ainda assunto concludente, pois divergem as opiniões; todavia, grande parte dos etimologistas defendem que "Mação" deriva das palavras latinas "mansio-mansionis" e sendo assim, a povoação teria tido o seu princípio num género de estalagem "mansio" ou pousada, onde por certo paravam os viajantes, no tempo do domínio romano. Deste modo se conclui que o território onde se insere a atual povoação de Mação teve ocupação humana em épocas muito recuadas, facto também comprovado pela descoberta em 1943, de um esconderijo pré-histórico, e pelo lugar de Porto do Concelho, onde foram encontrados vários objetos de bronze: foices, lanças, machados, espadas, punhais e muitos outros de difícil identificação, sendo datados da época 1200 a 900 a.C.; porém, tal ancianidade não pode ser atribuída à povoação de Mação que, ao que tudo indica, não é das mais antigas do concelho e muito provavelmente a sua origem e importância não antecedem o início da Monarquia Portuguesa.
Mação, que desde o princípio da Nacionalidade até ao primeiro quartel do século XIV era um pequeno lugar pertencente ao termo de Belver (por doação de D. Sancho I a 13 de Junho de 1194, à Ordem de S. João do Hospital ou de Malta), começa, a partir do reinado de D. Dinis, a ser considerada uma povoação de certa importância; de facto, existem vários documentos que mostram os esforços feitos pelo monarca para desmembrar o lugar de Mação da "vila" de Belver, para o agregar a Abrantes, incorporando-o nos bens da coroa. Assim, D. Dinis reclamava para Abrantes, a posse da aldeia, argumentando que Mação era ignorada pela referida Ordem Religiosa e sobretudo, pela falta de precisão dos limites referidos na carta de doação de D. Sancho I. De tal modo, Mação ficou, a partir do século XIII, a ser uma alcaidaria pertencente aos Marqueses de Fontes e depois aos de Abrantes. Mação teve o primeiro foral concedido pela Rainha Santa Isabel; o segundo foral é assinado por D. Pedro I, em Santarém, a 15 de Novembro de 1355, doando a Igreja de Santa Maria de Mação (designação nos velhos documentos do orago da freguesia, hoje Nossa Senhora da Conceição), para com outras igrejas, estabelecer um fundo de maneio para o grão-priorado do Crato, enquanto não se criava o bispado de Castelo Branco, ao qual pertenceu por Decreto, passando depois da extinção deste, para o de Portalegre. Posteriormente, a luta já não era entre a Ordem do Hospital e a coroa, mas entre Mação e Abrantes que não lhe reconhecia independência; porém, D. Fernando deu razão a Abrantes por carta em 1375; todavia, o mesmo monarca doou Mação e outras "terras" a Vasco Pires de Camões, trisavô do ínclito poeta.
Mação esteve mais tarde envolvida em situações de violência, aquando da Invasão Francesa em 1808. Em 1834 foram extintos os Concelhos de Belver, Envendos e Carvoeiro sendo incorporados em Mação. Em 1867 o Concelho de Mação foi suprimido e passou a pertencer ao de Proença-a-Nova até 10 de Janeiro de 1868, data em que foi restaurado.

Bandeira de Mação

Heráldica

Brasão: de vermelho com uma ovelha de ouro. Em chefe, um cacho de uvas folhado e acompanhado por duas abelhas, tudo em ouro. Orla de prata cortada por faixas ondadas de azul. Coroa mural de prata de quatro torres.

Bandeira: amarela com um listel branco com letras pretas. Cordões e borlas de ouro. Lança e haste douradas.


Cultura e Turismo

         São vários os pontos de interesse turístico no concelho de Mação quer ao nível patrimonial quer ao nível paisagístico. As albufeiras do Rio Tejo, em Ortiga e da Ribeira da Pracana, em Envendos são pontos de paragem obrigatória e onde se podem praticar diversos desportos náuticos. A visitar ainda, neste concelho, são as várias serras de onde se pode apreciar a belíssima paisagem da região e de que são exemplo as Serras do Santo, da Forca e da Laje, sendo que nesta última se pode visitar o parque Eólico.
Ao nível de unidades museológicas, destacam-se no concelho de Mação: o museu de Arte Pré-histórica e o Museu do Sagrado no Vale do Tejo, cujo tema se deve ao simbolismo e ao Sagrado do vale do Tejo, representado pela sua arte rupestre.
                                                                                                Ribeira Eiras

Praia Fluvial do Carvoeiro

Gastronomia :

           No concelho de Mação destacam-se como principais pratos tradicionais o feijão de Matança, o arroz e sopa de lampreia, o bucho recheado e o ensopado de Saboga. Na doçaria, o realce vai para as fofas de Mação e para os bolos fintos de Cardigos.
                                                                                                         Sopa de Lampreia
Sopa de LampreiaFofas de Mação
Fofas de Mação
       
Bolos Fintos
Bolos Fintos de Cardigos