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domingo, 18 de novembro de 2012

Viagem e visita ao concelho de Amarante

Localização :

      O concelho de Amarante encontra-se enraizado na Serra de Aboboreira e é limitado pelos concelhos de Mondim de Basto e Vila Real, no distrito de Vila Real, pelos concelhos de Baião, Marco de Canaveses, Penafiel, Lousada e Felgueiras, no distrito do Porto e Celorico de Basto, no distrito de Braga. Amarante é um dos concelhos mais extensos do distrito do Porto, distando desta cidade aproximadamente 60 km estende-se por uma área total de 299.25 km2 a que correspondem 40 freguesias. 




História :


            O topónimo de Amarante parece vir do baixo-latim "Villa Amaranthi", que se traduz em "a quinta de Amaranto", sendo possivelmente uma referência ao seu primitivo senhor. Segundo a tradição, o topónimo terá sido atribuído quando da fundação da cidade pelos turdetados, povo da antiga Turdetânia, referindo-se ao chefe romano Amaranto que se diz estar sepultado em S. Marcos, em Braga. Uma outra explicação para este topónimo é que este seria de origem topográfica, sendo um derivado  de "ad Maranus", ou seja "junto do Marão". Tudo indica que a povoação de Amarante deve a sua origem aos povos primitivos que demandaram a Serra da Aboboreira, habitada desde a Idade da Pedra, na sua vasta área a arqueologia detetou uma intensa rede de povoados aí implantados desde a Idade do Bronze, bem como uma série de vestígios que atestam a sua antiguidade. Muitos dos povoados do concelho parecem não ter tido continuidade na sua ocupação, sendo os motivos para o abandono bastante complexo, prendendo-se naturalmente com as potencialidades que os sítios ofereciam ou não, bem como com o grau de organização e exigência atingidos pelas comunidades. Dá-se como certo, porém que Amarante ganhou importância com a chegada de S. Gonçalo (1187-1259) nascido em Tagilde - Guimarães, que aqui se fixou depois de peregrinar por Roma e Jerusalém  Gonçalo era um frade dominicano nascido na segunda metade do século XII e que ficaria intimamente ligado à cidade, quer pela sua ação evangelizadora, quer ainda pela sua atividade como construtor da antiga ponte medieval que atravessava o Rio Tâmega nesta localidade nortenha. Julga-se que algum caminho de Santiago, vindo de sul, passaria próximo de Amarante e os peregrinos, conhecendo a fama do santo pregador, não resistiam a fazer um pequeno desvio para o ver e ouvir em pessoa, acabando alguns deles por se fixar por ali definitivamente. Entretanto, por toda a região, numerosos mosteiros foram surgindo e funcionando como centros difusores de cultura e incentivadores de povoamento. Administrativamente  em tempos não muito longínquos, o concelho de Amarante pertencia à província do Minho, fazendo fronteira com os concelhos de Celorico de Basto, a norte; Gestaçô, a este; Gouveia, a sul e Santa Cruz de Riba Tâmega, a oeste. Com as reformas administrativas liberais do século XIX desapareceram os municípios de Gouveia, Gestoçô e Santa Cruz de Riba Tâmega, tendo o de Amarante recebido a maioria das suas freguesias.



Cultura e Turismo :

                  O concelho de Amarante prima pela diversidade de oferta turística e pela tipicidade das suas gentes e costumes, possuindo paisagens de rara beleza, está profundamente ligado ao rio Tâmega e às serras do Marão e da Aboboreira, esta última envolve grande parte do concelho e possui além de uma paisagem belíssima, um património arqueológico variado, existindo vários monumentos megalíticos, um castro, uma necrópole romana e vários povoados pré-históricos. Atualmente bastante desenvolvido em termos turísticos, o concelho possui uma grande variedade de infra-estruturas turísticas e culturais que o tornam um concelho bastante procurado. Neste contexto é de destacar o Museu Amadeu Sousa Cardoso, outrora Biblioteca Museu Municipal de Amarante, o Museu de Arte Sacra e o Museu de Olaria de Gondar.





Gastronomia :

                 A nível gastronómico, são da preferência da população de Amarante as carnes, sobretudo as de vitela e de cabrito, mas também o bacalhau que aqui ganhou epíteto de "Zé da Calçada" ou "Custódia". A doçaria, sobretudo a conventual com origem no Convento de Santa Clara, é uma das referências de Amarante, apresentando uma oferta variada: Papos de Anjo, Foguetes, Brisas do Tâmega, Lérias, etc.