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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Viagem e visita ao Parque natural da Arrábida


Localização

            O Parque Natural da Arrábida é uma reserva biogenética situada na Serra da Arrábida, no distrito de Setúbal, em Portugal. O Parque Natural da Arrábida foi criado pelo Decreto-Lei n.º 622/76, de 28 de Julho, com uma área aproximada de 10 800 hectares, protegendo a vegetação maquis de tipo mediterrânico nascida deste microclima com semelhanças com regiões Adriáticas, como a Dalmácia.
A fauna é bastante diversificada, apesar de ter sofrido grandes alterações desde o século XIX. Até ao início do século XX era ainda possível observar lobos, javalis e veados, o Parque Natural está integrado em redes internacionais de conservação, todo o seu território está classificado como Sítio de Especial Interesse para a Conservação da Natureza - Biótopo CORINE, inclui várias áreas de Reserva Integral, como a Mata do Solitário, a Mata do Vidal e a Mata Coberta.



Caracterização : 

           O Parque Natural da Arrábida foi criado a 28 de julho de 1976, segundo o Decreto-Lei n.º 565/76, ocupando uma área de 10 821 hectares. O Parque Natural da Arrábida localiza-se na zona mais meridional da península de Setúbal, assente sobre um maciço calcário litoral de baixa altitude.
O maciço da Arrábida é formado pela sucessão de três linhas de relevo, facto que desde logo lhe confere um carácter particular. Assim, entre as colinas de Sesimbra e de Setúbal, e diante do mar, situam-se as serras do Risco (400 m de altitude) e da Arrábida. Deixando a primeira linha de relevo e caminhando para norte, surgem, entre Setúbal e Azeitão, as serras de S. Luís e dos Gaiteiros, miradouros que abrem a vista sobre o estuário do Sado, e, imediatamente atrás, a serra do Louro. Do cabo Espichel até à barra do Sado a orla é alta e alcantilada, havendo arribas que atingem as muitas dezenas de metros de altura. Na base das arribas e debruçados sobre uma estreita plataforma continental surgem pequenos cabos, praias - Alpertuche, Portinho, Galapos -, enseadas escondidas e grutas marinhas - a Lapa do Médico, a da Greta e a Lapa de Santa Margarida.
Geologicamente a Arrábida é constituída por um conjunto de formações que vão do Jurássico ao Mioceno e ao Moderno. Durante parte de Jurássico a região esteve coberta pelo mar, ali pouco profundo, tendo sido no Neojurássico que se iniciou um movimento de emersão, o qual continuou nos períodos seguintes. Os materiais do Neojurássico formam camadas alternantes de arenitos, brechas e calcários, assentes sobre os materiais anteriores à emersão. Durante o Mioceno houve movimentos de transgressão, verificando-se no final desse período a modelação do relevo atual. Foi já no Quaternário, com o abaixamento progressivo do mar, que se verificaram ações de abrasão das falésias, nas fases de acalmia, e de aprofundamento da rede hidrográfica e aumento da erosão sempre que se verificava uma descida do nível médio das águas. Em toda esta zona litoral, a Pedra da Anixa, testemunho do anterior avanço do continente, é hoje um rochedo miocénico, de estratos muito levantados. Quanto à flora, apresenta espécies arbustivas, como é o caso do folhado, da murta, da aroeira, do medronheiro e do carrasco, da azinheira, do zambujeiro e do carvalho-cerquinho, que atingem dimensões verdadeiramente invulgares. Todas estas plantas, juntamente com estevas, rosmaninhos, sabina-das-praias, alecrins e madressilvas, formam matas quase impenetráveis. De Setúbal a Sesimbra, todo o maciço está envolto por manchas de pinhal e por zonas de charneca com tojos e esteva a cobrir, aqui e além, cabeços e encostas.
A diversidade de condições - mar e terra, alturas e vales, plantas - sugere a presença de uma fauna variada. Nos caules e folhas que cobrem o chão das matas abriga-se a gineta, enquanto a raposa circula na orla das mesmas. As matas albergam diversas espécies de aves, de entre as quais se destaca a toutinegra. Nas zonas de planície formam-se bandos de cotovias, pintassilgos e verdilhões, estorninhos, pombos e tordos e, no inverno, tarambolas e aribes procuram alimento nos terrenos lavrados. Há ainda coelhos, toupeiras, ratos-do-campo e musaranhos, bem como raposas e texugos. As falésias que bordejam o litoral são abrigo da gaivota-agêntea, dos andorinhões, das calhandras e dos corvos-marinhos-de-crista, para além de nelas se poderem observar várias aves de presa - águia-de-bonelli, peneireiro-vulgar e águia-de-asa-redonda.



             










Locais para conhecer

           Caminhar pelo Parque é a melhor forma de o explorar. Experimente sentir a Natureza com todos os seus sentidos: procure diferentes espécies de plantas, oiça com atenção os diferentes sons e ruídos que se produzem à sua volta, cheire algumas das plantas (algumas delas são conhecidas plantas aromáticas úteis ou medicinais), sinta as diferenças de temperatura e humidade nas sombras e ao sol. Depois, aventure-se pelo conhecimento, repare como algumas plantas se encontram nos lugares soalheiros enquanto outras espécies vivem a maior parte do dia à sombra debaixo de árvores; no seu passeio, encontra zonas onde diferentes espécies de plantas dominam pelo número, a altitude e a direcção de exposição influenciam fortemente o tipo de vegetação, assim como o anterior uso do solo para pastoreio ou para a agricultura, ouça o canto de aves e procure visualizar a sua proveniência. Lembre-se que as aves são tímidas e se escondem. Provavelmente vai ser preciso esperar um pouco em silêncio até poder ouvir muitas delas, que se mantêm imóveis e em silêncio desde a sua chegada…tente descobrir se diferentes pássaros da mesma espécie cantam em competição;  se lhe agradam os insectos (ou, pelo menos, alguns deles), observe o Parque na perspectiva da pequena escala: existem no Parque 130 espécies de lepidópteros (borboletas) e muitas de outros insectos, que se aventuram pelo mundo das plantas e, claro, para observar os animais de maior porte, como as aves de rapina, o coelho, a lebre, o texugo, a raposa, a gineta, vai ter de contar com a sorte e a paciência…e não fazer barulho. Em diversas áreas do Parque Natural da Arrábida poderá, sem se afastar muito das estradas alcatroadas, chegar a lugares calmos e onde a paisagem é essencialmente natural.
Lembre-se que a quase totalidade da área do Parque é propriedade privada: (95%). Não atravesse vedações, e ao passar por caminhos, trilhos e zonas não vedadas, lembre-se sempre de as respeitar.  


Onde Ficar

Hotel Club d'Azeitao 
Quinta do Bom Pastor - Vila Fresca de Azeitão, 2925-483 Setúbal


Situado no sopé da Serra da Arrábida, o Hotel Club d'Azeitão fica situado apenas a 20 minutos de carro de Lisboa. Dispõe de uma piscina exterior e de quartos climatizados com televisão por satélite.
Situado num jardim paisagístico repleto de palmeiras, o Club d'Azeitão apresenta quartos equipados com um mini-bar e tradicionais tapetes portugueses. Cada quarto tem produtos de higiene pessoal na casa de banho privada, os hóspedes do Hotel Club d'Azeitão podem desfrutar de uma partida de ténis no campo no local. O hotel também dispõe de recepção aberta 24 horas, aluguer de carros e acesso gratuito à Internet no centro de negócios, o restaurante do Club d'Azeitão serve refeições regionais e internacionais. No bar, estão disponíveis bebidas refrescantes e snacks ligeiros.