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domingo, 21 de abril de 2013

Viagem e visita ao concelho do Cadaval

Brasão de Cadaval

Localização

          O Cadaval é uma vila portuguesa no Distrito de Lisboa, região Centro e sub-região do Oeste, é sede de um município com 174,17 km² de área e subdividido em 10 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Caldas da Rainha, a leste por Rio Maior e pela Azambuja, a sul por Alenquer, a sudoeste por Torres Vedras, a oeste pela Lourinhã e a noroeste pelo Bombarral.



História

       O Concelho do Cadaval é uma região onde os vestígios da presença humana remontam à pré-história. Na Serra de Montejunto, em Pragança, foram localizadas grutas que terão servido de habitação durante o período neolítico.
A vila de Cadaval propriamente dita, que foi habitada pelos árabes durante a sua permanência na Península, recebeu foral em 1371, concedido pelo rei D. Fernando, beneficiando ainda da reforma administrativa empreendida por D. Manuel que, em 1513, lhe outorgou novos privilégios.
D. João IV, ao, consumar a independência de Portugal relativamente à Espanha, fê-la cabeça de ducado, dando assim nascimento a uma das mais sólidas casas nobres do país. Mesmo assim, em 1895, a vila perde as prerrogativas de sede do concelho, que readquire no entanto três anos depois, a 13 de Janeiro, data que por este facto se transformará no Feriado Municipal. Com a conquista do território pelos romanos toda a região da Estremadura Central foi colonizada e surgiram cidades e diversas vilas rurais onde os romanos se estabeleceram.
Perto de Óbidos edificaram a cidade de Eburobrittium e na sua área administrativa estava incluída a região do Cadaval. Uma ara romana epigrafada encontrada em S. Tomé de Lamas e datada do século II refere este município de Eburobrittium. Outros vestígios romanos do Cadaval foram encontrados na Quinta do Cidral, perto de Alguber, no Juncal, perto de Pragança, em Borjigas, perto da vila do Cadaval e na Quinta de S. Lourenço, no Peral.
Após o fim do Império romano e durante as ocupações bárbara e muçulmana a região continuou a ser povoada por gentes de origens diversas, nas quais se incluem os moçárabes. Com o advento da nacionalidade, a reconquista feita pelos exércitos cristãos expulsou progressivamente os muçulmanos. Após a conquista de Lisboa, em 1147, toda a Estremadura passou a estar sob domínio dos cristãos e rei português. Após a reconquista deu-se o início ao repovoamento cristão. O rei tomou posse dos castelos existentes e mandou construir outros. Óbidos, Torres Vedras e Alenquer desenvolveram-se com novos habitantes, foram dadas terras aos emigrantes e aos cruzados francos que ajudaram na reconquista. Foi o caso de Vila Verde dos Francos, doada por D. Afonso Henriques ao franco Dom Alardo em 1160. Começou com o primeiro rei a reorganização administrativa da região que foi continuada por D. Sancho I. O senhorio de Vila Verde dos Francos foi tornado concelho ainda no século XII e em finais deste século ou inícios do XIII foi constituído o concelho de Óbidos que incluía no seu termo a região do Cadaval. No século XIV dá-se novo arranjo na organização administrativa com a criação do concelho do Cadaval cuja área foi tirada ao termo de Óbidos.
Porém, ainda antes do Cadaval o Peral foi também concelho. Em 1371 o rei D. Fernando elevou o Peral a vila e incluiu neste concelho o Cercal. Foi de seguida este novo concelho doado a D. João Afonso Telo, conde de Barcelos. Mas poucos meses depois, a 1 de Dezembro de 1371, decidiu este rei elevar o Cadaval a vila integrando neste concelho as freguesias de Peral, Cercal, Vilar e Figueiros e foi novamente este concelho doado a D. Afonso Telo. Desde a criação do concelho do Cadaval até ao numeramento de 1527 verifica-se que o concelho deve ter tido um desenvolvimento populacional significativo pois foram surgindo mais algumas aldeias. No entanto a população total não devia ultrapassar os 2400 moradores e a vila de Cadaval, em 1527, não devia ter mais de 285 habitantes.
No século XVI havia já no concelho 21 aldeias, 17 casais e duas quintãs, sendo algumas aldeias, sobretudo as mais antigas, quase tão grandes como a própria vila. Tratava-se de uma região muito ruralizada, onde a vinha, os cereais e a criação de gado representavam a principal atividade económica, e mesmo a vila não seria mais do que uma grande aldeia rural.
No entanto, teria tido alguma importância social a julgar pelos casos de Afonso Esteves do Cadaval, que foi Alcaide de Atouguia no século XIV, do clérigo Pero Esteves do Cadaval, que no início do século XV possuía aqui bens e casas, e de alguns tabeliães que aqui exerciam a sua atividade  No concelho do Cadaval não havia apenas agricultores. Os documentos medievais referem um sapateiro na Vermelha, uma tecedeira com dois teares na Sobrena e ferreiros e alfaiates no Cercal. Neste século deram-se algumas alterações administrativas no concelho do Cadaval. A reforma de 1836 retirou-lhe as freguesias de Alguber, Cercal e Figueiros mas acrescentou-lhe as de Bombarral e Carvalhal. Em 1855 foi esta situação de novo invertida. Em 26 de Setembro de 1895, por decreto do governo, liderado pelo Partido Regenerador, foi extinto o concelho de Cadaval e as suas freguesias foram anexadas aos concelhos limítrofes. Oportunamente, no mês anterior, em 27 de Agosto, um incêndio tinha destruído as instalações da Câmara Municipal do Cadaval.
Porém, o povo manifestou-se contra a extinção do concelho e foi formada uma comissão, constituída pelos mais importantes homens da vila, para a sua restauração. Esta comissão e o povo do Cadaval estavam contra o partido do governo que tinha extinto o concelho. Em 1897 sobe ao poder o Partido Progressista. Provavelmente na sequência desta mudança política foi o concelho restaurado em 13 de Janeiro de 1898. Formou-se então uma Comissão Municipal Administrativa constituída por alguns dos homens que tinham lutado pela sua restauração. Outras pequenas alterações deram-se mais tarde, em 1915, com a criação da freguesia do Painho, e nos anos 30 com a integração na freguesia do Vilar das aldeias de Avenal e Rechaldeira pertencentes à freguesia alenquerense de Vila Verde dos Francos.
Durante séculos o Cadaval foi um concelho rural vivendo, sobretudo, da agricultura e da pecuária. Até ao século XIX a autoridade senhorial, que se limitava a colher as rendas, mandava mais que a autoridade concelhia. O concelho também nunca tirou proveito da revolução industrial e até finais do século XX conservou sempre as suas características rurais. Só depois do 25 de Abril de 1974, com o advento do Poder Autárquico, as populações puderam participar nos destinos do concelho.
Hoje, no Cadaval, ainda persiste o peso da economia agrícola mas assiste-se já a um desenvolvimento industrial significativo. Também a característica de aldeia rural que a vila do Cadaval teve durante séculos está hoje a mudar com um desenvolvimento urbano acentuado. No entanto, sendo desejável o progresso e o desenvolvimento económico e social, não se pode deixar de preservar o passado, a memória daquilo que o concelho foi durante séculos e que acaba por constituir a identidade cultural do próprio concelho e das suas populações.

Bandeira de Cadaval

Heráldica

Brasão: de prata com um cacho de uvas de púrpura, folhado e troncado de verde. Bordadura de negro, com oito espigas seguidas de ouro, folhadas do mesmo. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com os dizeres: «Vila do Cadaval», a negro.

Bandeira: esquartelada de amarelo e de púrpura. Cordões e borlas de ouro e de púrpura. Haste e lança douradas.

Selo: circular, tendo ao centro as peças das armas sem indicação dos esmaltes. Em volta, dentro de círculos concêntricos, os dizeres: «Câmara Municipal do Cadaval».


Cultura e Turismo

          Quase no topo da Serra de Montejunto encontrará a Ermida de Nossa Senhora das Neves, edificada no séc. XIII. Situada junto às ruínas do primeiro convento Dominicano (séc. XIII) esta ermida é local de culto para milhares de cristãos. Na proximidade do convento pode visitar, ainda, a Ermida de S. João Baptista, com azulejos figurativos com temas da vida do Santo que lhe deu nome.
Antes de descer a Serra não deixe de visitar as Ruínas do Convento de Nossa Sra. da Visitação
de Vila Verde dos Francos, fundada por D. Pedro de Noronha, em meados do séc. XVI.




Gastronomia :

       A gastronomia da região é bastante rica e variada, com especial destaque para a doçaria. Quando vier visitar o Concelho de Cadaval não deixe de provar o pão-de-ló do Painho,o famoso doce das "vindimas" e o mel de Montejunto. Saboreie igualmente a pêra rocha da região, com as suas características exclusivamente nacionais.  
                                                                                                                             Bolo de Pera Rocha

Pão de Ló

Viagem e visita ao concelho de Alenquer

Brasão de Alenquer

Localização

          O concelho de Alenquer está integrado no distrito de Lisboa, ocupando uma área de 302.2 km2, distribuída por 16 freguesias, está situado na margem direita do rio de Alenquer (afluente do rio Tejo) e faz fronteira a Sul, pelos concelhos de Vila Franca de Xira, Arruda dos Vinhos e Sobral de Monte Agraço; a Nascente, com o concelho de Azambuja e pelo rio Tejo; a Poente, com Torres Vedras; e a Norte, com os concelhos de Cadaval e Azambuja.
Com uma estrutura orográfica bastante acidentada, este concelho é dominado a Norte pela serra de Montejunto e a Oeste pelas serras Galega e Alta. A serra de Montejunto foi classificada Área de Paisagem Protegida em Julho de 1999, e Sítio da Rede Natura 2000 (lista europeia de sítios de interesse para a conservação da natureza). A serra tem uma extensão de 15 quilómetros, atingindo o seu ponto mais alto aos 666 m. Apesar das árvores já não constituírem uns dos elementos naturais mais comuns em Montejunto (devido aos fogos que nos últimos 15 anos devastaram a região), é ainda possível encontrar em Montejunto a sombra e a frescura de pequenos bosques de castanheiros, cedros, ciprestes, pinheiros e o verde da extensa manta das espécies arbustivas: carrascos, carvalhiça, azinheiras, loureiro, aroeira, medronheiros, etc.



História :

         Sobre o topónimo principal deste concelho, as opiniões dos estudiosos dividem-se. Segundo alguns historiadores, "Alenquer", deriva do nome germânico "Alen Kerk" ou "Alano-Kerk" que significa "Castelo dos Alanos", povo que governou parte da Lusitânia e teria reedificaram e fortificaram Alenquer no ano 418 a.C.. Uma outra interpretação remete o topónimo para o céltico "Aranker" que significa "junto ao rochedo" e que derivou em "Alenquer" através do baixo-latim "Alancar" que também originou o apelido Alencar. Dada a incerteza da origem do topónimo, surgiram a esse respeito várias lendas, uma das quais conta que estando o exército de D. Afonso Henriques a banhar-se no rio, notaram que notaram que um cão grande e pardo que vigiava as muralhas e que se chamava "Alão" calou-se e lhes fez muitas festas. El-rei tomando isto por bom presságio mandou começar o ataque, dizendo "O Alão quer!", palavras que serviram de futuro apelido à vila.
Acerca do povoamento primitivo de Alenquer pouco se sabe, sendo que a primeira documentação, a ele referente, surge apenas no século XII. A povoação deveria ser de certa importância em inícios da Nacionalidade, pois figura, pelo menos tradicionalmente, na lista de conquistas de D. Afonso Henriques aos mouros. No seu testamento, de Outubro de 1210, D. Sancho I declara deixar Alenquer à sua filha D. Sancha. O rei incluiu no testamento, a respeito de Alenquer, a cláusula de no caso de morrer primeiro do que ele, a infanta D. Sancha, ficar à outra infanta, D. Branca. No entanto, esta sua doação viria desencadear uma longa luta entre D. Afonso II e as suas irmãs. D. Afonso II principiou por não reconhecer à irmã o senhorio de Alenquer, intimando a entrega da povoação com o prazo de um mês. D. Sancha aproveitou esse prazo para fortificar melhor a vila acolher-se em Montemor, juntamente com a sua irmã, D. Branca, dando aos habitantes de Alenquer regalias de tributos diminuídos e mais privilégios e isenções municipais, com que procurou captar-lhes a fidelidade. Não tardou que a vila fosse atacada pelo exército real, com devastações nas cercanias, ação que resultou ineficaz, até porque o rei se viu logo a braços com a invasão leonesa nas fronteiras do Norte, em especial a Transmontana e teve de lhe acudir, deixando Alenquer cercada com menos forças. O papa Inocêncio III, procurando resolver a questão entre os irmãos, exigiu que o rei deixasse de molestar as infantas e delas que fizessem sair do castelo de Alenquer (e do de Montemor) todas as pessoas fiéis ao soberano e o entregasse a indivíduos que a D. Afonso II não pudessem causar danos, como preliminar para a concórdia, o que acabou por não surtir resultados. D. Afonso II cedera da parte útil, apenas reclamando a jurisdição real e eminente, ficando às irmãs os rendimentos, porém elas não se conformavam com essa solução. A questão prolongou-se sem solução definitiva, que só veio a acontecer em 1223, quando o pequeno rei S. Sancho II sucedeu a seu pai e os seus tutores realizaram com a infanta a concordata em que se assentava que Alenquer ficaria em senhorio conjunto das infantas D. Teresa e D. Sancha, devendo regressar à coroa após o falecimento da última sobrevivente; o concelho acompanharia os outros nas anúduvas e nele correria a moeda real. As infantas nomeariam os alcaides-mor mas escolhendo-os entre fidalgos de linhagem, com preito de homenagem ao rei, e os vizinhos de Alenquer teriam de ir à guerra estrangeira e aceitar a paz como o resto do reino. Ainda as infantas ficavam obrigadas a nunca alhear coisa alguma, à excepção de três azenhas e um reguengo que até à data haviam doado ao mosteiro de Celas. A infanta-rainha D. Teresa, a última a possuir Alenquer, pela concordata de 1223 faleceu em meados de 1250 e daí passou a vila e seu castelo à coroa. D. Afonso III doa então a vila à sua esposa D. Beatriz, por cuja morte, o novo rei, seu filho D. Dinis, a doou à esposa, rainha Santa Isabel.

Falecida D. Isabel, D. Afonso IV doou Alenquer, por carta de 7 de Agosto de 1340, a sua nora, a infanta D. Constança, mulher do infante D. Pedro, herdeiro da Coroa. Morrendo esta princesa, voltou de novo Alenquer à posse da Coroa e D. Fernando doou a vila e seu castelo à sua esposa D. Leonor Teles, o que veio a constituir a causa de várias lutas que decorram em Alenquer durante a Guerra da Independência, sequente à morte daquele monarca.  Após a revolução de Lisboa de 1383, que pôs no governo do país o Mestre de Avis, D. Leonor Teles recolheu-se na sua vila de Alenquer e daí pediu ação bélica ao seu genro, o rei de Castela, contra os rebeldes portugueses. Apesar destes tentarem tomar o castelo, não foram bem sucedidos, pela resistência oposta em razão de fidelidade jurada à donatária, considerada superior ao interesse nacional. Posteriormente, apercebendo-se das movimentações da rainha, a vila, considerando-se desligada da fidelidade, enviou ao regente e defensor do reino, a declaração que não só o castelo lhe seria entregue como os seus habitantes estavam prontos a combater pela causa nacional, apenas se devendo consentir-lhes o pagamento das rendas enquanto D. Leonor fosse viva e a inteira conservação de seus usos e privilégios. A este tempo dava-se a invasão castelhana e chegando o rei invasor às cercanias, o alcaide-mor de Alenquer, Vasco Pires de Camões, saiu ao seu encontro e entregou-lhe o castelo. O povo, não se submetendo a tal ato  e já da posse da carta de segurança do Mestre de Avis sobre o que antes havia reclamado como garantia e condição de entrega e cooperação, enviou-lhe o requerimento de ao menos 50 lanças para ajuda da tomada do castelo. Foi-lhes enviada gente por duas galés pelo Tejo, de que a vila não ficava muito afastada; essa gente, juntando-se ao povo, atacou o castelo destemidamente, mas sem êxito, tendo de ser abandonada a empresa. A vila foi saqueada e mais fortemente ocupada pelos invasores, situação em que ainda se encontrava nos últimos meses de 1384. As vitórias no Alentejo deram um novo ânimo aos habitantes de Alenquer, no sentido da sua libertação, embora seja de crer que nem todos estavam unidos pelo mesmo ideal político. Ao pedido que lhe foi feito nesse sentido, voltou o regente a enviar gente de armas em trinta e cinco galés e também por terra, sendo posto cerco à vila. Sucederam-se os combates até que a guarnição teve de capitular à falta de sustento e de água, em 10 de Dezembro de 1384, tendo o alcaide, Vasco Pires Camões, obtido as condições de a guarnição castelhana sair com as honras devidas e as respectivas bagagens, de ele, alcaide, continuar no seu cargo com guarnição escolhida pelo Chefe do Estado português e de a vila poder ser entregue à senhora, rainha D. Leonor, caso ela regressasse de Castela. Vasco Pires de Camões, no entanto, voltaria a dar voz em Alenquer por D. João I de Castela e neste reconhecimento se manteve até à batalha de Aljubarrota, em que o alcaide de Alenquer pereceu. Tendo ele levado consigo parte da guarnição, pôde Alenquer ser facilmente libertada depois da vitória.
A vila entrou depois na Casa da rainha D. Filipa de Lencastre, por morte da qual reverteu à coroa, vindo a tê-la a nova rainha D. Leonor de Aragão, esposa de D. Duarte. Após a aclamação do rei D. António em 1580, esteve este príncipe em Alenquer, hospedando-se no mosteiro de S. Francisco, onde recebeu o preito e menagem das justiças e autoridades locais, lavrando-se um auto que ele próprio assinou. A 27 de Agosto de 1580, a vila teve de se submeter à força da invasão espanhola; e quanto ao príncipe fugitivo, sempre grato ao apoio dado por Alenquer, introduziu no seu testamento, feito em Paris a 13 de Julho de 1595, esta cláusula "mando que os ditos meus ossos trasladados ao dito reino sejam sepultados no coro de S. Francisco de Alenquer e, não sendo pejado, no capítulo, em sepultura rasa com o chão, aonde se dirá para sempre uma missa quotidiana por minha alma". Esta cláusula, bem como a de D. Manuel, filho do prior do Crato, que manifestou igual vontade, nunca foi, ou não pôde ser cumprida. O senhorio das rainhas foi abolido pela dominação filipina, para criar o primeiro Marquês de Almoster, a 12 de Julho de 1616, D. Diogo da Silva, que recebeu as rendas e jurisdição da vila e termo, o que fez revoltar o povo e as suas justiças. Restaurada a independência, Almoster voltou à Casa das rainhas.

Bandeira de Alenquer

Heráldica

Brasão: de ouro, com um castelo de azul aberto e iluminado do campo. Em contrachefe, um cão de negro deitado, tendo a mão direita sobre a esquerda. Orla de catorze rosas naturais de vermelho folhadas de verde. Coroa mural de quatro torres. Listel branco com os dizeres: «Vila de Alenquer», de negro.

Bandeira: de azul. Cordões e borlas de ouro e azul. Haste e lança douradas.

Selo: circular, tendo ao centro as peças das armas mas, sem a indicação dos esmaltes. Em volta, dentro de círculos concêntricos, os dizeres «Câmara Municipal de Alenquer».


Cultura e Turismo

                 O turismo tem potencialidades para se desenvolver no concelho de Alenquer, aproveitando os recursos naturais existentes, como a Serra de Montejunto e o diversificado e importante património arquitetónico e histórico. Entre as suas edificações mais importantes, são de destacar: as ruínas do antigo castelo; a igreja de S. Pedro, onde se encontram depositados os restos mortais de Damião de Góis; a Igreja da Misericórdia; o Convento de S. Francisco; e a igreja de Nossa Senhora da Piedade em Aldeia Galega da Merceana, construção de linhas renascentistas do século XVI.
No que diz respeito a unidades museológicas neste concelho, o destaque vai para o Museu Municipal Hipólito Cabaço onde se encontram documentadas as diversas fases da história deste concelho, desde o Paleolítico até à Idade Moderna.
                                                                                               Castelo de Alenquer



Gastronomia :

           Para além dos seus afamados vinhos, destacam-se como parte da gastronomia de Alenquer o bacalhau à Adega, sarrabulho e uvada (Aldeia Galega da Merceana), a Broa de Mel (Carregado) e as argolas (Meca).

Broas de mel
Broas de Mel