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sexta-feira, 3 de maio de 2013

Viagem e visita ao concelho de Avis

Brasão de Avis

Localização

           Integrado no distrito de Portalegre, o concelho de Avis ocupa uma área de 605.6 km2, distribuída por oito freguesias, faz fronteira a Sudeste, com o concelho de Sousel, a Este com Fronteira e Alter do Chão e a Oeste, com Ponte de Sor.
A morfologia do concelho é marcada por terrenos planos, com alguns planaltos e montes de altitudes baixas, como o da Torre e o Alcorrego, quanto aos recursos hídricos, são de destacar: a ribeira de Seda, a ribeira de Almadafe, a ribeira Grande, a ribeira de Serrazola e a ribeira de Cantarinho, assim como a albufeira do Maranhão.
A ribeira Grande, também conhecida como ribeira de Avis é um dos importantes cursos de água que atravessa o concelho, desaguando perto da vila de Avis, na margem esquerda da Ribeira de Seda.


História : 

           O povoamento primitivo do território que corresponde ao atual concelho de Avis é bastante remoto, tendo sido encontrados vários vestígios arqueológicos que comprovam a sua ancestralidade. O levantamento arqueológico mais exaustivo efetuado até à data foi realizado na década de 50 e diz respeito à identificação das antas do concelho, tendo sido então registados 65 exemplares, alguns dos quais foram posteriormente afetados pela albufeira da barragem do Maranhão. Os princípios da vila de Avis são nacionais, remontando aos primeiros decênio do século XII e estando intimamente relacionada com criação da Ordem de Avis. Ordem militar fundada com o nome de Nova Ordem, por D. Afonso Henriques, em 1147 e que depois de 1162, foi dada a regra de S. Bento, com a reformação de Cister. Teve sede em Coimbra, passando depois a Évora e para obediência da ordem militar castelhana de Calatrava. Os seus cavaleiros eram então conhecidos como "Freires de Évora", tendo ocupado parte da cidade ainda hoje conhecida por Freiria.
Em 1211, D. Afonso II, doa aos Freires de Évora as terras de Avis, com a condição de aí construírem um castelo e de povoarem o lugar. Esta Ordem instalou-se nestas terras e passou então a ser designada Ordem de Avis. No entanto, segundo a tradição, terá sido a Ordem a dar o nome ao local e não o invés. Reza a lenda que alguns freires partiram com a missão de descobrir o local ideal para a construção do castelo e a dada altura, num outeiro em frente ao território sob domínio muçulmano, viram duas águias empoleiradas num sobreiro. Como desde tempos remotos as águias têm sido consideradas como um sinal favorável a Deus, decidiram que aquele seria o local adequado e chamaram-lhe Avis. D. João I foi o vigésimo mestre da Ordem Militar e a partir dessa altura esta ficou diretamente na dependência da Coroa. Em 1834, quando foram extintas as ordens religiosas pelos liberais, a Ordem de Avis possuía 18 vilas, 49 comendas e 128 priorados e vigarias.

Bandeira de Avis

Heráldica :

Brasão: de prata com uma cruz florenciada de verde sobre o cruzamento um escudete de ouro com uma árvore de verde, troncada e arrancada de negro. Esta árvore arrematada por uma águia aberta de negro. Coroa mural de prata de quatro torres.

Bandeira: de verde. Cordões e borlas de ouro e de verde. Listel branco com os dizeres: «Vila de Avis» a negro. Haste e lança douradas.

Selo: circular, tendo ao centro as peças das armas sem indicação dos esmaltes. Dentro de círculos concêntricos os dizeres: «Câmara Municipal de Avis».


Cultura e Turismo

           Pelos seus recursos naturais e belíssima paisagem, bem como pelo seu património cultural e edificado, o concelho de Avis dispõe de vários pontos de interesse turístico. A nível do património monumental, destacam-se: as ruínas do Convento de S. Bento de Avis, as muralhas do Castelo e várias igrejas e capelas. As ruínas do Convento de S. Bento de Avis, cuja origem remonta a 1211 e que foi sofrendo alterações ao longo dos tempos; as antigas dependências monásticas, situadas no lado Sudoeste, encontram-se, atualmente em avançado estado de ruína, mantendo-se a grande parede exterior, que na parte mais a norte assenta diretamente na muralha medieval (erguidas no séc. XIII, as muralhas de Avis, foram modificadas por ordem de D. Pedro). O Convento de S. Bento foi sede da Ordem de Avis desde o século XII, sendo o conjunto das suas instalações formado pela igreja, sacristia, sala do capítulo, refeitório, claustro e torre sineira (todos de estilo manuelino). Na antiga Sala dos Monges e do Capítulo estão expostas, para além de antiguidades e objetos típicos do concelho, algumas peças de artesanato tradicional, réplicas de monumentos (Igreja Matriz e Pelourinho de Avis), achados arqueológicos, principalmente os vestígios romanos retirados das Estações romanas de "Bembelide", "Entre Águas" e "Ervedal".
Do Castelo de Avis, da época medieval, subsistem três das suas seis torres e alguns panos de muralha, adaptados para construções modernas: Torre da Rainha ou do Convento (junto às portas do Anjo e do Arco), Torre de Santo António (a ocidente) e Torre de S. Roque (a nordeste). A Igreja Matriz, reconstruída em 1890, encontra-se toda forrada a azulejos de tapete, possuindo, ainda, joalharia do século XVII. Destaca-se ainda a Capela de Nossa Senhora de Entre Águas, que tem embutida na parede uma lápide romana, e a lapa pré-histórica, que possui um altar feito pelos freires da Ordem de Avis. No que diz respeito às atividades de lazer, uma especial referência para a barragem do Maranhão, um local propício para a pesca, sendo que nos seus arredores situa-se o Clube Náutico que oferece serviços do parque de campismo e infra-estruturas para a prática de desportos náuticos.



Gastronomia :

           As migas com carne de porco e o ensopado de borrego são os pratos mais tradicionais que se cozinham na região.