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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Visita ao concelho de Bragança

Brasão de Bragança

Localização : 

     Bragança é uma cidade de Trás os Montes, sede de concelho, de comarca, de distrito e encontra-se encravada nas montanhas do Nordeste Transmontano, a 700 metros de altitude e a 22 km da fronteira espanhola. é constituída por 2 freguesias, da Sé e de Santa Maria. 

Bandeira de Bragança


História: 

    Sabe-se que nos séculos XI e XII, segundo os Livros de Linhagens, existiu a família dos Bragançãos, provavelmente fixada em Castro de Avelãs ( na altura sede de um mosteiro beneditino que dominava uma área geográfica apreciável do atual distrito de Bragança, tendo sido um dos seus abades, D. Mendo, que deu origem a esta genealogia). Diz-se que Fernão Mendes, um dos Bragançãos mais ilustres, teria raptado e casado em segundas núpcias com D. Sancha, filha de D. Henrique e D. Teresa, tendo desempenhado um papel importante na defesa desta região. Bragança teria passado a constituir propriedade da coroa por falta de descendência nesta união. Segundo E. Carvalho " A família dos Bragançãos contribuiu para a fundação de um povoado que viria a ser denominado de Bragança, do nome da região e da alcunha familiar". Este povoado teria ganho importância com as disputas para formação do novo reino, uma vez que Bragança funcionaria como primeira linha de defesa. O valor estratégico terá conduzido a que D. Sancho efetuasse uma troca com o Mosteiro de Castro de Avelãs, recebendo a Quinta de Benquerença para acrescentar, segundo o Abade, á área do povoado existente. O Elucidário de Viterbo, por exemplo assume que Bragança teria sido fundada e povoada pelo segundo Rei de Portugal, depois de a obter ao Mosteiro do Castro de Avelãs, Albino Lopo corrobora esta tesse " el-rei D. Sancho I mandou para a Quinta de Bemquerença uma colónia, a que deu privilégios especiaes, com o fim de a desenvolver e tomar importante", apontado as condições topográficas e militares como o motivo principal para a sua fundação ou engradecimento de quinta, á qual teria sido depois mudado o nome para Bragança. As interpretações anteriores foram profusamente refutadas pelo Abade de Baçal que conclui que " Bragança já então existia como povoado importante, pois gosava do privilégio de cobrar direitos de portático sobre as mercadorias que ahi vinham vender-se, não acreditamos na fundação de Bragança em 1187, mas sim que a sua população é muito anterior e só o documento de escambo ou troca feito entre os monges de Castro de Avelãs e o rei nos falia em tal quinta, na verdadeira accepção da palavra, ou propriedade contígua a Bragança, pertencente aos frades e como o seu território fazia falta para dar mais âmbito á cidade, el-rei tratou de o obter" ( 1975-1989). 


Gastronomia: 

    De entre os prato típicos salientam-se a conhecida posta mirandesa - esse naco de vitela, generosidade natural - o cabrito de Montesinho, o cozido e a feijoada á transmontana e ainda as trutas. mas a memória da cozinha tradicional continua presente, mesmo na restauração mais urbanizada e sobretudo nas mãos hábeis das donas de casa de tantas aldeias do concelho, o borralho ainda convive com o moderno fogão, as panelas continuam a alinhar-se á volta da fogueira e o escano ( de castanho )será sempre a mesa das refeições invernais. Por estas paragens a realidade gastronómicas é acrescida dos produtos cinegéticos, verdadeiros, rústicos, naturais. São os caldos de perdiz, confeccionados com a água de cozedura destas aves, presunto, nabo, e cebolas, a sopa de coelho bravo, marinado em vinho branco ou o arroz de lebre com repolho, e o javali á transmontana. A doçaria será porventura a faceta menos diversificada na gastronomia da região, destacam-se, contudo os folares da Páscoa, os ovos doces, consumidos com pão, o bolo de mel, as rosquilhas e as súplicas, estas últimas possuem a particularidade de serem confeccionadas á base de apenas três ingredientes: Açúcar, farinha e ovos.