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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Viagem e visita ao concelho de Baião

Brasão de Baião

Localização : 

               Concelho de Baião situa-se entre a região Transmontana e a região Entre Douro e Minho, sendo este o concelho mais interior do distrito do Porto, mesmo encostado à Serra do Marão e beneficiando também com a passagem do Rio Douro. Baião tem como limites, Amarante a norte, Marco de Canaveses a oeste (ambos pertencentes ao distrito do Porto),Cinfães a sudoeste, Resende ao sul (pertencentes ao distrito de Viseu), Mesão FrioPeso da Régua e Santa Marta de Penaguião (no distrito de Vila Real) a leste, possuindo 20 freguesias.


História : 

                A povoação do território que hoje corresponde ao concelho de Baião remonta a épocas bastante remotas, estando a história do concelho profundamente ligada a estes tempos ancestrais. De facto, esta deve ser entendida como um percurso de várias comunidades que aqui se fixaram ao longo dos anos e que nos deixaram a sua marca através da arqueologia. A serra da Aboboreira, que se estende desde o vale do rio Fornelo até às depressões do rio Juncal, constitui um prolongamento do Marão, marcado pelo imponente cabeço de Castelo de Matos. A relevância desse maciço da Serra do Marão para o património e história concelhia é enorme, no sentido em que foi aqui que começou o povoamento, não só de Baião mas também dos concelhos limítrofes. O povoamento inicial foi decerto diminuto, não se tratando mais do que o resultado da sedentarização de pequenos grupos familiares que aqui procuravam alimento, abrigo e segurança. O período que precedeu à fixação, dito Paleolítico, corresponde à fase mais remota da história humana, na qual o homem vivia essencialmente da caça e da recolha de produtos e frutos selvagens. Desse período, poucos vestígios arqueológicos foram até agora encontrados no concelho de Baião, tendo sido descobertos alguns artefatos na Serra da Aboboreira, nomeadamente um seixo afeiçoado de um dos lados. Já o período Neolítico, equivale à altura em que o Homem se foi progressivamente fixando e desenvolvendo os seus meios e técnicas. Dessa época, chegaram até aos nossos dias vários vestígios, sendo os de maior realce os monumentos construídos para homenagear os mortos, frequentes no concelho de Baião. Alguns destes monumentos chegaram até aos nossos dias, embora alguns se encontrem consideravelmente danificados. O dólmen de Chão da Parada é talvez o exemplo mais representativo destas edificações dolménicas. Os núcleos habitacionais estariam por certo na proximidade dos seus túmulos megalíticos, ou numa zona intermédia que permitisse o acesso aos vales e às terras aproveitáveis para a cultura dos cereais e às encostas próprias para o pastoreio. O período castrejo também deixou as suas marcas neste território. Embora já se notasse alguma tendência para fortificar e defender os povoados, com a chegada de novos núcleos populacionais, constituídos por famílias extensas, houve um novo impulso a esta tendência. Construíram-se as casas com pedra granítica da região, deram-lhe uma forma arredondada e dispuseram-nas em sítios altos, podendo-se encontrar este tipo de construções por toda a área do concelho. O povoamento do território continuou pela Alta Idade Média, tendo sido encontrados importantes vestígios desta altura, como uma placa de cinturão visigótica que remonta ao século VII d. C , descoberta no castro de Santa Marinha do ZêzereA terra de Baião, um vasto julgado medieval, é referida em vários documentos, nomeadamente numa doação, de 1120, de um casal em Esmoriz , perto do castelo de Baião. O referido castelo estaria situado nos limites da freguesia de Santa Leocádia, eminente aos rios Douro e Ovil. Mais tarde, em 1202, D. Sancho doa a"Villa" de Santa Leocádia de Baião a um rico-homem, chamado D. Pôncio Afonso, fazendo com que a "Villa" passasse para a família D. Pero de Ponces e Froia Pais, pertencendo-lhes também a Quintã do Paço. Reza a história que esse paço terá sido fundado por D. Arnaldo, sendo este o primeiro que tomou a designação "de Baião" nos finais do séc. X . Enquanto isso, as terras e o respectivo governo oscilavam ao sabor da pessoa que herdava dentro da família senhorial. Mas ao longo dos tempos, assiste-se a uma progressiva limitação dos poderes senhoriais e concelhios e já D. Afonso II passa a intervir em casos de justiça quando uma das partes o requeria. Torna-se norma admitir uma única autoridade para averiguar a legalidade da justiça senhorial num determinado Couto, que reside em quem concedeu a carta de Couto. D. Dinis acaba mesmo por exigir a autenticação dos documentos municipais com o seu próprio selo, o que origina o conceder de favores a particulares. O primeiro destes donatários em Baião, foi Vasco Gonçalves Camelo, tendo-lhe doado D. João I, a Terra de Baião e da Lage. Em 1434, D. Duarte doa a Terra de Baião, já com as suas limitações, a Luiz Álvares de Sousa. Sendo as Terras de Baião limitadas pelo Julgado de Gouveia e de Gestaçô, pelo Julgado de Penaguião e pelo Julgado de Benviver. O último donatário das Terras de Baião foi D. Fernando Martins de Sousa Coutinho. Em 1 de Setembro de 1513, D. Manuel I assinou o foral de Baião, onde foram confirmados os privilégios e limites concelhios.
Bandeira de Baião

Cultura e Turismo : 

             Pela sua localização, Baião oferece a quem o visita um conjunto de atrações turísticas e culturais. O concelho tem como principal ponto de atração turístico a Serra da Aboboreira e a Albufeira da Pala, dispondo também de várias infra-estruturas culturais, museus, monumentos, bibliotecas, etc. É ainda de realçar o Núcleo Arqueológico que tem como finalidade expor os resultados de 20 anos de trabalhos arqueológicos realizados na Serra da Aboboreira, onde de uma forma didática se abordam vários temas desde a pré-história à Idade Media, com o especial destaque para o megalitismo da região; o Museu Etnográfico onde se podem encontrar expostos objetos ligados às práticas agrícolas, incluindo o cultivo do linho e objetos do uso quotidiano.





Gastronomia : 

               A gastronomia de Baião é bastante rica e diversificada. Entre os seus pratos típicos, são de destacar o cabrito assado, o ensopado de fressura de carneiro, mais conhecido como "bazulaque", a lampreia, trutas e os milhões com roncante (carne de porco). Na doçaria, são famosos os Doces de Teixeira, cuja receita foi passando de geração em geração até aos nossos dias.        

                

                                                                                    

Casa Paço de São Cipriano - Guimarães


Localização : 

                A curta distância de Guimarães, ergue-se imponente o Paço de São Cipriano, construção datada do século XV. Foi albergue durante gerações e gerações dos peregrinos que ali passaram a caminho de Santiago de Compostela. Esta velha tradição foi retomada pela família Santiago Sottomayor que abriu as suas portas ao turismo de habitação.
A torre esconde a magia e esplendor dum quarto com cama de dossel. Um jardim de buxos, tílias, rosas, camélias e outras espécies, convidam à inspiração e mergulhar durante horas num mundo verde e o regresso às origens. Os quartos estão decorados com quadros de antepassados, cortinas bordadas e camas de dossel, a biblioteca constitui um paraíso para os amantes do livro antigo, com pequeno museu, curiosidades e uma coleção de armas. A antiga cozinha, com majestosa chaminé de granito, acolhe os hóspedes ao pequeno-almoço com verdadeiras iguarias da terra.



Tipo: Casas Antigas
Proprietário: Maria Teresa de M. P. Seara Cardoso
Contactos: Email SaoCipriano@solaresdeportugal.pt
Alojamento: 4 alojamento(s) Duplo - 110 EUR/noite
3 alojamento(s) Twin - 110 EUR/noite


EQUIPAMENTO E CARACTERÍSTICAS

  Aquecimento central  Biblioteca  Capela
  Estacionamento  Fala-se espanhol  Fala-se francês
  Fala-se inglês  Jardins  Passeios a Pé
  Piscina  Provas de vinho  Refeições mediante solicitação
  Sala para conferências 
A curta distância de Guimarães, o Paço de São Cipriano ergue-se, imponente, no meio de jardins de buxos, cameleiras centenárias e pomares verdejantes.
O tempo parece subitamente parar, quando, ao atravessar a longa alameda que dá acesso à casa, se depara com urna construção em U, feita em redor de urna torre com ameias e de um pátio interior, com um lago ao centro, lembrando um castelo medieval saldo de eras românticas e cavaleirescas. A construção do Paço data do século XV e pertence, desde essa época, à família Sottomayor. No século XVIII a casa foi aumentada, construindo-se a capela no exterior do Paço, o que lhe confere um aspecto misterioso e que, ao mesmo tempo, permitiu manter intacta a antiga traça de solar medieval.
A casa manteve, desde sempre, urna tradição de acolhimento, por manter até ao século passado urna albergaria para peregrinos de passagem para Santiago de Compostela.
Tudo nesta casa é especial e acolhedor. O exterior, em geral, e os interiores, em particular, dir-se-iam saldos de lendas e contos, envoltos em brumas e ambientes de outros tempos. Os quartos estão decorados com quadros de antepassados, cortinas bordadas e camas de dossel; a biblioteca está repleta de livros antigos que apetece ler; urna sala serve de pequeno museu, onde se podem ver algumas curiosidades e urna colecção de armas; e a antiga cozinha, com urna gigantesca chaminé de granito, acolhe os hóspedes ao pequeno-almoço e integra a sala de estar. João e Teresa Sottomayor são perfeitos e simpáticos anfitriões, que consideram o Turismo de Habitação um turismo humano e recebem as visitas com um espírito acolhedor e curioso, o que, juntamente com o conforto e a beleza da casa, toma urna estadia no Paço de São Cipriano num prazer inesquecível.





Um pouco de história sobre esta fantástica casa : 

             Fica situado na freguesia de S. Cipriano de Taboadelo à saída de Guimarães na estrada de Covas para a Penha. 
A construção em 'U', encimada por uma torre medieval e fechada por um muro com ameias formando um pátio interior que tem ao centro uma fonte com um 'Neptuno', dentro de uma cerca com jardim e horta. O jardim é de velhos buxos, murtas e camélias formando sebes maciças talhadas e ao fundo um lago. No jardim uma capela restaurada no Séc. XVII. 
A casa pertence à mesma família desde meados do século XV. Tendo sempre sido habitado, foi ampliado e remodelado ao longo do tempo, sendo as últimas obras importantes feitas pelo Dr. João da Costa Santiago de Carvalho e Sousa, tio bisavô do actual senhor da Casa. 
A casa tinha uma Albergaria para peregrinos que funcionou até fins do século passado. Já não correspondendo às necessidades da época foi fechada depois de um princípio de incêndio provocado por uma passante. 
No entanto, esta velha tradição foi retomada pela família Santiago Sottomayor, que decidiu abrir as portas da sua propriedade senhorial proporcionando aos viajantes que por lá passam um ambiente deslumbrante. 
Pertence agora a D. Maria Teresa de Morais Pimentel Seara Cardoso e D. João Santiago de Sottomayor.





 Como chegar: 

                 Do Porto: tome a auto-estrada A3 em direção a Braga, saia ao km 25 para a A7 e siga em direção a Guimarães., saia da auto-estrada na saída que diz ‘Guimarães Sul’. Na primeira rotunda virar na 3ª rua onde diz ‘Urgeses, Polvoreira e Tabuadelo’. No final desta rua virar à esquerda (tem uma placa a dizer ‘Paço de S. Cipriano’). Andar cerca de 3 km e encontrará o Paço de S. Cipriano à direita (na Freguesia de Tabuadelo em frente á Igreja). 
Do Centro de Guimarães: Ir até à rotunda em frente ao Hotel Guimarães (fica perto da estação de comboios) e virar numa rua que fica ao lado de um muro muito alto. Desde esta rotunda são 5 km, sempre na mesma estrada, até encontrar o Paço de S. Cipriano.

Coordenadas GPS 
N 41 ° 23 '48.6 "
W 08 ° 17 '18.1 "