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domingo, 27 de janeiro de 2013

Viagem e visita ao concelho de Viseu

Brasão de Viseu

Localização :

           O concelho de Viseu é a sede do distrito homónimo e constitui o concelho mais extenso do mesmo, abrangendo uma área de 507,2 Km2 , distribuída por 34 freguesias. É limitado a Nordeste por Vila Nova de Paiva, a Este pelos concelhos de Sátão e Penalva do Castelo, a Sudeste pelos concelhos de Mangualde e Nelas, a Sul por Carregal do Sal, a Sudoeste pelo concelho de Tondela e a Noroeste pelos concelhos de Vouzela e S. Pedro do Sul. O concelho de Viseu está integrado nas bacias hidrográficas do Dão e do Vouga, sendo este último o rio mais importante que corre a Norte e que o separa do concelho de S. Pedro do Sul; no centro, a principal linha de água é o Pavia que atravessa a cidade; já a Sudoeste o principal rio é o Dão.


História : 

        Sobre o topónimo principal do concelho, têm sido levantadas várias hipóteses. Uma delas remete a origem do topónimo para "Vacca", nome que Plínio dá ao rio Vouga, mais vulgarmente designado por "Vacua" entre os geógrafos gregos e romanos que escreveram sobre a península. A propósito da etimologia de Viseu, é também de assinalar a opinião do abade de Miragaia: "Em muitos documentos, dos mais antigos que chegaram até nós, repetidas vezes se encontra "Visói" como nome próprio de homem e nome ainda muito vulgar nos séculos X e XI". O critério fonológico do autor baseava-se nas aparências gráficas e fónicas dos dois nomes, no entanto "Visói", nome pessoal de origem germânica, nunca poderia ter dado "Viseu", por completa contrariedade fonética. Amorim Girão defende outra posição em relação ao significado do topónimo, propondo uma origem de índole topográfica e na posição geográfica da cidade. Assim sendo, o topónimo teria origem latina, talvez da palavra "viso", no entanto não é claro o processo de derivação que sofreu. Uma outra explicação remete a origem do topónimo para a época pré-romana, como o parece indicar a própria fisionomia, sendo a sua origem etimológica o radical "vasen". Com todas estas considerações, a origem e significado do topónimo permanecem ainda por esclarecer. Desde sempre que a localização geográfica de Viseu favoreceu a fixação de vários povos, existindo vários vestígios por todo o concelho que nos dão conta da sua permanência por esta região. Esses vestígios estão representados quer na arqueologia, quer na toponímia local, como é exemplo o topónimo Pedras Alçadas, uma alusão a monumentos neolíticos. É possível que em tempos proto-históricos, no ponto mais elevado onde assenta a cidade, tivesse havido um núcleo castrejo, enquanto que na parte mais baixa se desenvolveu um outro núcleo, resultado das importantes vias que nesta zona se cruzavam. Desta forma, se o local da antiga posição fortificada, hoje ocupada pela Sé, continuou a manter o seu valor de defesa, a parte baixa da cidade tornou-se o centro do desenvolvimento. Durante a época de dominação romana, Viseu constituía um polo bastante importante, sendo o vestígio mais relevante desta época a "Cava de Viriato", monumento que ao que tudo indica, era um ponto de vigia e de defesa de um antigo acampamento romano. No século VI, durante o domínio visigótico, a cidade de Viseu é elevada a sede de diocese e, segundo a tradição, terá sido o refúgio de Ruderico, o último rei visigodo, enterrado na igreja de S. Miguel do Fetal. No século IX, a cidade foi conquistada aos mouros pelo rei Afonso III das Astúrias, sendo que no final do século seguinte foi tomada pelo célebre Almançor. Viseu foi definitivamente conquistada aos árabes por Fernando I, o Magno, em 1057. Os Condes D. Henrique e D. Teresa concederam-lhe foral em 1123 e D. Afonso Henriques concedeu-lhe foral novo em 1187, confirmado em 1217 por D. Afonso II. Atribui-se a D. Sancho I, em 1188, a criação da Feira Franca, realizada a 23 de Abril, dentro dos muros da Cava. Em 1385, a cidade de Viseu sofreu um ataque por parte das tropas de Castela, tendo ficado desbastada; em consequência desse ataque, D. João I mandou que aí se erguessem muralhas para defesa da cidade que apenas ficaram concluídas no reinado de D. Afonso V, pelo que ficaram conhecidas como "muralhas afonsinas". Do antigo pano de muralha, apenas restam alguns troços e duas portas, a Porta do Soar e a Porta dos Cavaleiros. A partir do século XIV, a cidade começou a desenvolver-se na parte alta, o que a levou a expandir-se para fora das muralhas e em direção ao atual centro. Em 1416, Viseu é doada ao Infante D. Henrique, o 1º Duque de Viseu.

Bandeira de Viseu


Cultura e Turismo :

                 Candidata a "Património da Humanidade", Viseu dispõe de um vasto acervo cultural e histórico que a torna num dos locais mais procurados a nível nacional, sendo de se destacar a zona histórica da cidade como o verdadeiro ex-libris do concelho. Sobranceiro à cidade de Viseu, encontra-se o monte de Santa Luzia, um dos mais belos miradouros de Viseu, em cujo cume se encontram os vestígios de um velho castro. Para além deste miradouro, destacam-se os de Fonte Santa, na freguesia de Calde, de Lajedo, em Cota, de Santa Bárbara em Ribafeita e de Santa Luzia, na freguesia de Campo. Relativamente a infra-estruturas culturais, são de destacar o Museu - Biblioteca Capitão Almeida Moreira, a Biblioteca Municipal de Viseu e o Auditório Mirita Casimiro.



Gastronomia :

         Caldo verde, rancho, arroz de carqueja, lampreia, pato, bacalhau assado com batata a murro, vitela assada à moda de Lafões são alguns dos pratos tradicionais do concelho de Viseu que poderá apreciar. No que diz respeito à doçaria, são de mencionar os doces de ovos, o leite creme e o arroz doce.