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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Viagem e visita ao concelho de Santo Tirso


Localização :

                   Rodeado pelas Serras da Assunção, de Covelas e do Monte de S. Gens, o concelho de Santo Tirso está integrado no distrito do Porto, região do Douro Litoral, com área de aproximadamente 135,3 km2, divide-se por 24 freguesias, abrangendo os vales do rio Ave, Vizela e Leça. O rio Leça nasce neste concelho a uma latitude de 475 metros, desaguando em Leixões, no concelho de Matosinhos. O concelho de Santo Tirso tem como limites a norte com o concelho de Vila Nova de Famalicão e Guimarães, a nordeste com Vizela, a este por Paços de Ferreira e de Lousada, a oeste por Trofa a sudoeste pela Maia e a sul por Valongo. 




 

História : 

           O topónimo "Santo Tirso" é uma referência ao culto a este mártir de Toledo que morreu serrado aos pedaços no ano de 253. Santa Maria Madalena, foi o nome primitivo deste concelho, tendo sido mudado para a designação atual, apenas no século XIX. Quanto à antiguidade do povoamento deste território, a tradição popular refere-se à existência, na parte oriental do concelho, de uma cividade e cujo interesse está no seu significado de remoto povoamento, no qual a cividade de Refóios ou Roriz foi o centro dispersor das populações da zona, a parte acidental, teve-o na cividade de Aveoso. Porém, por todo o concelho a toponímia alude a uma fixação humana ainda mais antiga, como os nomes Crasto em Roriz, Anta em Agrela e Reguenga, etc, sendo de concluir que o primitivo povoamento do território a que hoje corresponde o concelho de Santo Tirso, remete à pré-história, a comprovar este fato, estão os vários vestígios arqueológicos encontrados na área concelhia, entre eles são de destacar os instrumentos de pedra polida encontrados no Monte da Assunção, tratando-se do testemunho mais antigo da ocupação primitiva do local. A origem de Santo Tirso, como unidade administrativa, está profundamente ligada ao mosteiro de S. Nicolau (mais tarde denominado de Santo Tirso), fundado na "villa" de Moreira (do Ave) por Aboaçar Ramires e sua esposa D. Unisco Godíniz, em 978. O couto do respetivo mosteiro foi instituído pelo Conde D. Henrique em 1097, que posteriormente o doou a Soeiro Mendes da Maia e o irmão deste, o célebre"Lidador", Gonçalo Mendes "da Maia", dotou-o com vultuosos herdamentos. Um ano depois, foi de novo doado, mas desta feita ao mosteiro beneditino cujo abade era D. Gaudemiro, segundo as Inquirições de 1258, as posses do mosteiro eram bastante extensas, incluindo as terras que hoje pertencem aos concelhos de Santo Tirso, Gondomar, Maia, Felgueiras, Penafiel, Guimarães, entre outras. AS terras de couto pertenceram ao mosteiro até ao século XIX altura em que, por decreto de António José de Aguiar, se deu a expropriação dos bens das ordens religiosas. A primeira referência à área correspondente que se viria a chamar de Santo Tirso, data de 1833, correspondendo aos limites do antigo couto. Com a reforma administrativa de 1834, Santo Tirso tornou-se concelho e por decreto de D. Maria II, em 21 de março de 1835, é criado o Julgado de Santo Tirso, que pode dizer-se correspondia ao antigo concelho de Refojos de Riba de Ave, todavia este talvez pela vastidão, não foi incluir-se na totalidade, no de Santo Tirso, até porque, neste foram também integradas paróquias dos julgados mediévicos de Vermoim e da Maia. As oito freguesias que até então pertenciam à Maia e que foram desta separadas para integrarem o novo concelho tirsense e esta referência deve-se ao fato de as mesmas não teriam nenhuma afinidade com as restantes vinte e quatro do concelho de Santo Tirso, levaram a que fosse considerada necessária a criação de um novo concelho, o da Trofa, que só viria a ser formado em 14 de dezembro de 1998, ficando assim diminuída a área territorial do concelho de Santo Tirso.  
               


Cultura e Turismo : 

            O concelho de Santo Tirso é muito rico em termos de associações populares, que promovem diversas atividades culturais e desportivas pelo concelho. A nível de entidades museológicas, são de salientar o Museu Internacional Aberto de Escultura Contemporânea de Santo Tirso e o Museu Abade Pedrosa. A sede de concelho, classificada como estância de turismo por decreto de 1833, oferece comodidade e inúmeros roteiros paisagísticos e culturais, sendo de realçar as Caldas da Saúde que se situam na freguesia de Areias, sendo as suas águas aconselhadas para o tratamento de doenças do aparelho respiratório, de pele, reumáticas e músculo-esqueléticas. 





Gastronomia : 

             A gastronomia tradicional acompanha a de Entre Douro e Minho, com o bacalhau, o cabrito assado, os rojões e o cozido à portuguesa. Também de destacar são os pratos de coelho à caçador, as papas de sarrabulho e o arroz de toquinha. Na doçaria, são conhecidos os jesuítas, sendo também de destacar as bolachas conventuais do Mosteiro de Santa Escolástica, de Roriz. No Mosteiro de Singeverga é produzido o conhecido licor dos beneditinos, o licor de Singeverga.