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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Viagem e visita ao concelho da Figueira da Foz

Brasão de Figueira da Foz

Localização

        Administrativamente, o concelho da Figueira da Foz é composto por 18 freguesias, pelas vilas de Alhadas, Maiorca e Paião, e pela cidade da Figueira da Foz. Está integrado no distrito de Coimbra, na Região da Beira-Litoral e faz fronteira a Norte com o concelho de Cantanhede, a Sul com Pombal, a Leste com Montemor-o-Velho e Soure; e a Oeste com o Oceano Atlântico. O território concelhio é atravessado pelo rio Mondego de cuja rede hidrográfica fazem parte as lagoas de Salgueiros, Vela, Braças, Corvos e Leirosa. É conhecida por ser considerada a "Rainha da Costa de Prata" pelas suas praias extensas, recentemente o Cabo Mondego, um promontório na Serra da Boa Viagem nos arredores da Figueira da Foz, foi declarado Monumento Natural Nacional. A Figueira da Foz fica, portanto, situada no litoral atlântico, junto à foz do Rio Mondego e estendendo-se até ao Cabo Mondego, candidato a Património Mundial[2] por ser um lugar exemplar do jurássico de rara visibilidade.[3] É um dos centros turísticos mais importantes de Portugal, com um dos maiores casinos do país, o mais antigo de toda a Península Ibérica e único na região Centro, o Casino Figueira, uma praça de touros, um enorme areal com equipamentos lúdicos e desportivos, onde, de 1997 a 2004, se realizou o Mundialito de Futebol de Praia e etapas dos principais circuitos de frisbee (jogo do disco) e uma animada vida noturna  Foi também palco, em Outubro de 2009, do Enduro, um campeonato mundial de motociclismo fora de estrada. A cerca de dez quilómetros da cidade, já no limite do concelho e próximo de Montemor-o-Velho localiza-se o Sítio Classificado dos Montes de Santa Olaia e Ferrestelo com a estação de escavação mais importante do trabalho do arqueólogo figueirense António dos Santos Rocha. Encontrou monumentos e objetos da Idade do Ferro. No monte encontra-se ainda a capela de Santa Eulália com vista deslumbrante sobre os arrozais do Mondego aos seus pés, a maior parte dos veraneantes vêm de Coimbra, Beiras e sobretudo de Espanha (Estremadura, Leão e Castela e da Comunidade de Madrid), sendo que muitos destes têm a Figueira da Foz como a sua segunda residência. A população ativa reparte-se entre as várias atividades económicas da região, com destaque para a pesca, indústria vidreira, atividades ligadas ao turismo, construção naval, produção de celulose, indústria de sal e, como não podia deixar de ser, a agricultura. Mas quase tudo tem a ver com o turismo, sem o qual a cidade morreria.




História

        Lugar de ocupação humana muito antiga, fez parte do reino suevo, e mais tarde viria a ser conquistada aos mouros aquando a conquista de Coimbra por Fernando Magno em 1064, integrando o Reino de Leão e consequentemente o Condado Portucalense. A Figueira da Foz conheceu um grande crescimento no século XVIII devido ao movimento do porto e ao desenvolvimento da indústria de construção naval. Foi elevada à categoria de vila em 1771. Continuou a crescer ao longo do século XIX devido à abertura de novas vias de comunicação e à afluência de veraneantes. Em 20 de Setembro de 1882, foi elevada à categoria de cidade. Nos finais do século XIX e início do século XX construiu-se o chamado Bairro Novo, de malha regular, onde se instalaram os hotéis, o casino, restaurantes, bares noturnos e alguma atividade comercial. Outro local onde a atividade comercial é evidente é na Rua da República, que liga a zona de entrada da cidade (via Estação dos caminhos-de-ferro) à zona mais central da cidade. Nos últimos tempos foram construídos supermercados e hipermercados na zona mais periférica da cidade. Devido às condições naturais e ao equipamento turístico, a Figueira da Foz impôs-se como estância balnear não apenas para a zona centro de Portugal, mas também para famílias abastadas alentejanas e espanholas. A Figueira da Foz é conhecida como a "Rainha das Praias de Portugal". Foi próximo desta localidade que, no início do século XIX, desembarcaram as tropas inglesas comandadas por aquele que mais tarde seria Duque de Wellington que vieram ajudar Portugal na luta contra as Invasões Francesas. O Casino da Figueira da Foz foi inaugurado em 1927, sendo assim o mais antigo casino da Península Ibérica, a 30 de Janeiro de 1928 a Câmara Municipal da Figueira da Foz foi feita Comendadora da Ordem de Benemerência e a 31 de Dezembro de 1932 Grande-Oficial da Ordem da Instrução Pública. Em 1982, ano em que se comemorou o Primeiro Centenário da Elevação a Cidade da Figueira da Foz, foi inaugurada a Ponte Edgar Cardoso, que veio substituir a ponte antiga (que não permitia que embarcações passassem sob si). A nova ponte, que rapidamente se transformou num ex-libris da cidade, é considerada uma das mais bonitas e imponentes do país. Foi, recentemente, alvo de profundas obras de remodelação. A 6 de Julho desse ano a Cidade da Figueira da Foz foi feita Membro-Honorário da Ordem do Infante D. Henrique.

Bandeira de Figueira da Foz

Heráldica

Brasão: de azul, com um navio de negro realçado de ouro, mastreado e encordoado de negro e vestido de prata, vogando sobre cinco faixas ondadas, três de prata, uma de verde e outra de azul. Em chefe, um sol de ouro. Orla de prata, com oito folhas de figueira de verde, carregadas cada uma de fruto de ouro. Coroa mural de prata de cinco torres. Listel branco, com os dizeres, a negro: «Cidade da Figueira da Foz».

Bandeira: quarteada de quatro peças de amarelo e quatro de verde. Coroa e borlas de ouro e verde. Lança e haste douradas.

Selo: circular, tendo ao centro as peças das armas, sem indicação dos esmaltes, e em volta, dentro de círculos concêntricos, os dizeres «Câmara Municipal da Figueira da Foz».

Cultura e Turismo

       O concelho da Figueira da Foz é conhecido pelas suas praias de areia fina, bastante concorridas na época estival e pelo seu casino; no entanto, são várias as atrações turísticas deste concelho, como as salinas de Morraceira, os seus monumentos históricos, as suas festividades e tradições gastronómicas. A Torre do Relógio (situada em frente à Esplanada Silva Guimarães, na Praia do Relógio e não Praia da Claridade) é, igualmente, uma das referências da cidade, bem como o Forte de Santa Catarina. Situa-se também nesta cidade o Palácio Sotto-Mayor, que marca história numa zona mais central da Figueira da Foz. O Parque das Abadias é um dos "pulmões" da cidade e um local de lazer, onde se realizam algumas provas de corta-mato e várias iniciativas com vista a proporcionar momentos agradáveis aos cidadãos do concelho. Este Parque atravessa a cidade ao meio, indo desde a zona norte da cidade até ao Jardim Municipal, que sofreu, recentemente, intervenções de remodelação. A Figueira da Foz foi palco do Mundialito de Futebol de Praia entre 1997 e 2004, o Festival Internacional de Cinema da Figueira da Foz teve a sua primeira edição em 1972, tendo sido realizado pela última vez em 2002.

                                                                                               Salinas da Morraceira
Parque das Abadias 

Gastronomia

           Da tradição gastronómica do concelho da Figueira da Foz, o destaque vai em grande medida para os pratos de peixe e mariscos, sendo de se destacar: os búzios com grão de bico, o caranguejo da pedra grelhado, a lagosta cozida, as percebas cozidas, a santola à pescador, o arroz de tremelga, as cabeças de bacalhau, o congro com ervilhas e o tamboril à Buarcos. Dos pratos de carne são famosos os borrachos de cebolada, o pato estufado, a galinha do campo assada no forno e os torresmos. Na doçaria tradicional, o destaque vai para o bolo de sangue, para as brisas da Figueira e para as papas de moado.

                                                                                                          Congro com ervilhas
Congro com  ErvilhasBroas Doces
Broas doces

Caranguejo Grelhado
Caranguejo grelhado