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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Viagem e visita ao concelho de Mogadouro

Localização :

                O concelho de Mogadouro está inserido no distrito de Bragança, fazendo fronteira com  a Espanha ao longo do rio Douro, a norte, o concelho de Mogadouro faz fronteira com Miranda do Douro, Macedo de Cavaleiros, a oeste co Alfândega da Fé e a sul com Torre de Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta. Abrange uma área de 758 km2, distribuída por 28 freguesias, uma das quais com sede em vila. É definido pelo vale do Douro e pela bacia do rio Sabor e ocupa o prolongamento do planalto mirandês, a dominar o concelho encontra-se a Serra de Mogadouro. 




História :

                Mogadouro integra-se na conquista Árabe iniciada por Tarik, a batalha  de Guadalete no ano de 711 em que derrotou o último rei Visigodo, Roderico e o nome de Mogadouro é de origem Muçulmana, segundo alguns estudiosos. O seu castelo foi construído no reinado de D. Afonso Henriques, nos anos de 1160 a 1165, depois da Reconquista Cristã e desde a fundação da Nacionalidade, as terras de Miranda foram alvo de numerosas batalhas, cercos e escaramuças, pelo que os castelos de Mogadouro e Penas Roías, juntamente com os de Algoso, Miranda, Outeiro e Vimioso constituiam a 1.ª linha de defesa do Nordeste de Portugal controlando a Estrada Mourisca. O primeiro foral foi-lhe concedido por D. Afonso III em 27 de dezembro de 1272 e em 18 de dezembro de 1273, isto quando o monarca se encontrava em Santarém. A vila, concedida aos Templários, principiou a ser murada e a paróquia passou à categoria de priorado dessa ordem monástica militar. O prior seria um freire com votos, ou seja um frade guerreiro. O foral seria renovado por D. Dinis em 1297 e pelo Rei D. Manuel  que em 1512 lhe deu novo foral. Depois de extinta a Ordem Militar dos Templários em 1311, D. Dinis criou a Ordem de Cristo, à qual doou esta vila, que tinha sido propriedade dos Templários. De entre esses bens destacava-se o castelo, assenta neste monumento sobre um Castro Neolítico, com certeza Romanizado, esta fortaleza, que desde a fundação da Nacionalidade teve um papel muito importante nas defesas das fronteiras durante as guerras com Leão e Castela, que se prolongaram ao longo da história de Portugal até 1762, sofreu várias reconstruções com os Távoras e ainda hoje, as suas muralhas e a sua torre de menagem são uma preciosa relíquia da arquitetura militar medieval. Em 1509, Duarte D'Armas desenhou o castelo e em 1559 foi instituída a Misericórdia local.



Gastronomia :

                 A gastronomia do concelho é em tudo semelhante à restante do Planalto Mirandês, caracteriza-se quer pela elevada qualidade dos produtos que utiliza, quer pela relativa simplicidade dos processos de elaboração. Assenta essencialmente na Posta - Vitela da raça mirandesa, assada na brasa, Marrã - carne de porco fresca assada na brasa, Cascas - vagens de feijão secas cozidas com bulho, Bulho - chouriço com ossos, presunto , alheiras com grelos e outros enchidos de carne de porco, chichos - lombo de porco em sursa assado na brasa, estufado de javali, cabrito assado, costeletas de borrego grelhadas, caça, peixinhos do rio de escabeche, sopas de Xis e de Cegada, queijos de ovelha, mel e o Folar da Páscoa - pão de ovos recheado com rodelas de enchidos.