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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Viagem e visita ao concelho de Vieira do Minho

Localização :

     O concelho de Vieira do Minho encontra-se situado entre a Serra da Cabreira e a Serra do Gerês, tendo uma área de 220,15 km2, distribuída por 21 freguesias. Este concelho tem como limites a norte e este, o concelho de Montalegre, a sudeste o concelho de Cabeceiras de Basto, a Sul o concelho de Fafe, a oeste o concelho de Póvoa de Lanhoso e a noroeste os concelhos de Amares e Terras de Bouro. Vieira do Minho é um concelho bastante montanhoso, atingindo o seu ponto mais alto aos 1262 metros. As costas mais baixas localizam-se junto à barragem da Caniçada. 


História :

          A antiguidade da ocupação das terras que hoje integram o concelho de Vieira do Minho pode ser atestada pelos inúmeros testemunhos arqueológicos que podem ser vistos no concelho, com particular destaque para a área da Serra da Cabreira, território ocupado desde a pré-história e as localidades de Salamonde e Ruivães, onde a presença militar de diferentes povos, com destaque para os romanos, atestam o valor estratégico desta área no controle das principais vias de penetração na província. As mamoas, menires, gravuras rupestres, fojos medievais, necrópoles neolíticas, povoações romanas, castros, além de vários utensílios de barro, ferro e outros metais, são exemplos do filão arqueológico da região, bastante subexplorado aliás. Da época romana, ainda existem vestígios de alguns troços da via XVII do itinerário Antonino que ligava Braga, Chaves a Astorga e vestígios de antigos povoados dessa época, é exemplo disso o povoado de S. Cristóvão - Ruivães. Pela extrema importância na estratégia militar, a região sofreu os efeitos da penetração dos diversos povos que invadiram a península, desde os Suevos aos Romanos e bem mais recentemente dos exércitos Napoleónicos. De fato, na primavera de 1809, o concelho foi duas vezes atravessado pelas tropas do Marechal Soult : a primeira em 15 de março, em impetuoso avanço a caminho de Braga, a segunda, a 17 de maio, em retirada precipitada pela ponte da Misarela, no dia exato em que as forças anglo-lusas de Wellesley chegaram ao alto de Salamonde, com o objetivo, frustrado, de lhes atalhar o passo. Este seu pendor para o envolvimento na guerra determinou igualmente que Vieira se envolvesse nas guerras liberais, presenciando Ruivães duros combates entre liberais e absolutistas e pouco depois, em abril de 1846, Vieira entusiasma-se com o movimento popular da " Maria da Fonte " onde teve a sua origem e onde habitava o seu mentor: parde Casimiro José Vieira. Estas breves notas são bem o testemunho da história de Vieira do Minho, feita mais da sua valia estratégica, que da memória dos homens consubstanciada em monumentos e urbes. A constituição da sede de concelho foi definida no lugar de Brancelhe, foram então desanexados 11 lugares da freguesia do Mosteiro e 1 de Castelães, constituindo se a freguesia de Vieira do Minho. 




Gastronomia : 

                 A cozinha vieirense está profundamente marcada pelos sabores rurais e serranos e pelo aproveitamento dos produtos endógenos que possibilitam a confecção de iguarias verdadeiramente tentadoras. No inverno e depois dos presuntos e enchidos estarem secos e curados, o mais afamado manjar tradicional, as Couves co Feijões, recheia as mesas do concelho. A vitela assada no forno é outro prato clássico da gastronomia vieirense, a carne barrosã, gado que pastoreia grande parte do ano nos pastos verdejantes da Serra da Cabreira, pode ser degustado nos restaurantes ou adquirida nos talhos da região. Para completar o cardápio, não podemos deixar de referir outras especialidades da terra que merecem ser destacadas, tais como o cabrito, o anho, os barquilhos, as rabanadas, o leite-creme, o pudim, entre outros.