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sexta-feira, 24 de maio de 2013

Viagem e visita ao concelho de Odivelas

Brasão de Odivelas

Localização

            O concelho de Odivelas está integrado no distrito de Lisboa, situando-se na margem direita do rio Tejo, a poucos quilómetros da capital, Odivelas abrange uma área de 27.65 km2, distribuída por sete freguesias, duas das quais com sede em vila (Famões e Ramada) e uma sede de cidade (Odivelas), é limitado pelos concelhos de Loures, a Nordeste; Amadora, a Sul; Sintra, a Oeste; e Lisboa, a Sudeste.


História

          A referência escrita mais antiga relativa a Odivelas é uma inscrição encontrada na igreja do Mosteiro de Odivelas, relatando que "João Ramires, primeiro Prelado desta igreja, morreu a 13 de Fevereiro de 1183". A história de Odivelas está profundamente ligada ao referido Mosteiro, mandado construir em 1295-1305, por D. Dinis. Segundo a tradição, a edificação do mosteiro ficou a dever-se a um voto de D. Dinis, quando, numa caçada, nos arredores de Beja, foi atacado por um urso que conseguiu matar a punhal. Depois da obra concluída, o monarca fez a doação do mosteiro às religiosas cistercienses que ali residiam desde 1296, com a primeira abadessa, D. Elvira Fernandes. D. Dinis beneficiou as religiosas com rendas e padroados: em 1296 dotou-as com o padroado de Santo Estêvão de Alenquer e com o padroado de S. Julião, de Santarém; e em 1318, anexou-lhe o de S. João Baptista do Lumiar e o de S. Gião, em Frielas. O monarca ordenou ainda que sete capelães oficiassem no convento por sua alma e que no dia de S. Dinis se desse bodo aos pobres. Finalmente, coutou a terra, libertando-a de jurisdição civil.
Depois da batalha de Aljubarrota, o convento serviu de asilo à filha do Infante D. Pedro, D. Filipa que nele se conservou até à sua morte, em 1497, seguindo as regras monásticas, mas sem professar. D. João IV, fez uma reconstrução geral do mosteiro que perdeu muito da sua traça primitiva. No tempo de D. João V, o mosteiro esteve envolvido em vários escândalos devido aos amores que algumas freiras mantinham com fidalgos da corte, a que o rei dava o pior exemplo, mantendo no convento, com luxo excepcional, a celebrada Madre Paula, de quem teve um filho, D. José, um dos três infantes bastardos, conhecidos por "Meninos da Palhavã". 
Até 1852, Odivelas pertenceu ao concelho de Lisboa, transitando nesse ano para o de Belém. Em 1885, passou a integrar o município de Olivais e no ano seguinte, o de Loures. Finalmente, em 19 de Novembro de 1998 foi criado o concelho de Odivelas. Em 3 de Abril de 1964, Odivelas é elevada à categoria de vila, passando a ter a categoria de cidade desde 10 de Agosto de 1990.

Bandeira de Odivelas

Heráldica

Brasão: escudo de prata, urso rompante de negro, armado e lampassado de vermelho tendo brocante banda enxaquetada de prata e vermelho de duas tiras; campanha diminuta de três tiras ondadas de azul e prata. Coroa mural de prata de cinco torres. Listel branco, com a legenda a negro: "MUNICÍPIO DE ODIVELAS".

Bandeira: gironada de oito peças de branco e azul. Cordão e borlas de prata e azul. Haste e lança de ouro.

Selo: nos termos da Lei, com a legenda: "Câmara Municipal de Odivelas".


Cultura e Turismo :

         São vários os locais de interesse a visitar no concelho de Odivelas, apoiados sobretudo no seu património cultural e edificado. Um dos monumentos mais importantes do concelho é o Mosteiro de Odivelas que actualmente funciona como colégio e cuja época de construção remonta ao século XIV. De destacar também e ainda a nível patrimonial são: a Igreja Manuelina da Póvoa de Santo Adrião; o Chafariz d`El-Rei, também na Póvoa de Santo Adrião; a Igreja Matriz de Caneças; o Cruzeiro em Pombais; o Convento de Odivelas; a Igreja Matriz de Odivelas; o Memorial, o Paço do Arcebispo e o Senhor Roubado.
No que diz respeito a unidades museológicas são de mencionar o Núcleo Museológico do Posto de Comando do MFA da Pontinha e o Núcleo Museológico do Moinho da Laureana. O primeiro, foi inaugurado a 24 de Abril de 2001, tendo sido o local onde esteve instalado o Posto de Comando do MFA e que apresenta várias salas que retratam os acontecimentos que antecederam à revolução dos cravos. Relativamente ao Moinho da Laureana, foi construído no segundo quartel do século XVIII e insere-se no percurso histórico da actividade moageira na região de Odivelas.




Gastronomia :

         Da tradicional gastronomia concelhia, o destaque vai para as migas, açordas, favadas, feijoada e cozido à caçador. Na doçaria, destaque sobretudo para os doces conventuais, nomeadamente, para as raivas e para os tabefes.
                                                                                                         Tabefes
TabefesRaivas
Raivas