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domingo, 5 de maio de 2013

Viagem e visita ao concelho de Fronteira

Brasão de Fronteira

Localização

          Composto por três freguesias, o concelho de Fronteira abrange uma área de 245.2 km2, estando inserido administrativamente no distrito de Portalegre, é limitado a Norte, pelo concelho de Alter do chão; a Este, pelo de Monforte; a Sul, por Sousel; e a Oeste por Avis. As suas principais elevações são os montes de Banamar que atinge a altitude de 253 metros e o Monte Branco do Mato, de altitude de 254 metros.
Como recursos hídricos, destaca-se a ribeira de Carvalho, a ribeira de Chaminé, a ribeira de Vide, a ribeira Grande, a ribeira de Ana Louro, a ribeira da Aldeia e a ribeira de Juncal.


Fronteira

História

          O povoamento do território que corresponde ao atual concelho de Fronteira é bastante remoto, sendo a sua antiguidade atestada nos vários vestígios arqueológicos que aí foram encontrados, entre os quais se destacam as cerca de 30 antas. Segundo a tradição, a vila de Fronteira terá sido primitivamente edificada no outeiro denominado "da vila velha", onde é tradição ter existido uma atalaia nos tempos dos romanos. Diz-se ter sido o seu fundador D. Fernando Rodrigues Monteiro, 4º mestre da Ordem de Avis, no entanto, alguns autores, atribuem a sua fundação a D. Dinis que com certeza construiu o castelo da vila, com sete torres e cerca de muralhas, de que restam algumas ruínas. Também a origem do seu atual topónimo é atribuída a D. Dinis, uma vez que esse monarca teria mudado local da vila, por se achar muito arruinada ou pelas frequentes febres que nela se faziam sentir, para o outeiro fronteiro. Uma outra interpretação para a origem do topónimo tem origem no facto da vila ter sido erguida na fronteira entre os territórios cristãos e os ocupados pelos mouros sediados em Vaiamonte.
A 6 de Abril de 1384, no local pantanoso de Atoleiros, travou-se uma batalha entre as forças de Castela e as de Portugal, as últimas comandadas por D. Nuno Álvares Pereira, que saíram vitoriosas, graças à estratégia elaborada pelo referido comandante. D. Nuno Álvares Pereira utilizou uma nova técnica defensiva, introduzida na Europa com a Guerra dos Cem Anos, em que formou um quadrado eriçado de lanças, onde se "cravavam" os inimigos. D. Manuel concedeu foral a Fronteira a 1 de Junho de 1512 e em Janeiro de 1670, por carta de D. Pedro II, a vila foi doada a D. João de Mascarenhas, 2º Conde da Torre e primeiro Marquês de Fronteira. A doação dizia respeito apenas ao domínio útil da vila, já que o domínio direto da mesma pertencia à Ordem de Avis a quem o marquês estava obrigado a pagar uma determinada quantia anual. Entre os privilégios de que dispunha o marquês, contavam-se o direito de arrecadar grande parte das rendas e de poder nomear alguns funcionários municipais. Por decreto de 26 de Setembro de 1895, foram anexadas ao concelho de Fronteira, pela extinção do concelho de Monforte, as freguesias de Almuro e Vaiamonte, que depois voltaram para o de Monforte, restaurado a 13 de Janeiro de 1898.
A freguesia de Santo Aleixo, que foi também anexada ao concelho de Fronteira, passou para o de Estremoz, a 21 de Maio de 1896 e, finalmente, para o de Monforte, a 13 de Janeiro de 1898. A 21 de Dezembro de 1932 foi anexada ao concelho de Fronteira a freguesia de Cabeço de Vide que até então pertencera ao concelho de Alter do Chão. Teve também anexada a freguesia de Santo Amaro que desde 21 de Dezembro de 1932, pertence ao concelho de Sousel.

Bandeira de Fronteira

Heráldica

Brasão: de vermelho com um castelo de prata, carregado na sua torre do meio por uma cruz flor-de-lisada de verde. Coroa mural de prata, de quatro torres.

Bandeira: branca, com o escudo das armas ao centro e por baixo um listel vermelho com a palavra «Fronteira», de prata.

Selo: circular, tendo ao centro as peças das armas, sem indicação dos esmaltes. Em volta, dentro de círculos concêntricos, os dizeres «Câmara Municipal de Fronteira».


Cultura e Turismo

             O concelho de Fronteira dispõe de vários locais de interesse turístico, com destaque para a praia fluvial Ribeira Grande, um dos locais mais aprazíveis do concelho. Aí pode encontrar um variado número de atividades desportivas como a canoagem, natação, rappel, orientação, escalada, B.T.T., entre outras. Uma outra atração turística deste concelho, são as termas de Sulfúrea em Cabeço de Vide. As suas águas têm características únicas, sendo hipossalínicas, sulfúricas e oxidriladas com predominância de iões de cloreto, sódio, cálcio e ainda um apreciável teor de sílica, indicadas para doenças de pele, respiratórias e reumáticas.
A nível do património monumental e arquitetónico  destacam-se: a Igreja Matriz, datada de 1594; a Igreja do Espírito Santo, datada de 1573, que apresenta um pórtico da Renascença; a Torre do Relógio, que foi construída em 1613 e restaurada em 1873; a Igreja do Senhor dos Mártires; a Igreja da Senhora da Vila Velha; os Paços do Concelho e as casas, moradias do século XVIII, com uma sacada de ferro forjado e lavrado e de janelas duplas.

Igreja da Misericórdia Fronteira


Gastronomia

       O ensopado e assado de borrego, bem como os pézinhos de coentrada constituem os principais pratos típicos do concelho de Fronteira.
                                                                                                         Açorda Alentejana 
Açorda AlentejanaEnsopado de Borrego
Ensopado de Borrego 

Filhós
Filhós