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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Viagem e visita ao concelho da Horta - Açores

Brasão de Horta

Localização

            A Horta é uma cidade portuguesa da Região Autónoma dos Açores. É sede do Parlamento regional e de um concelho do mesmo nome, que ocupa toda a superfíce da Ilha do Faial, com uma superfíce total de 172,43 km². O concelho mais próximo é o da Madalena, na Ilha do Pico. A Cidade da Horta situa-se na costa Sudeste da Ilha do Faial. A área total ocupada pelas 3 freguesias da cidade (Angústias, Conceição e Matriz) é de 8,48 km². A cidade, disposta em anfiteatro virado para a Montanha do Pico, é beneficiada a Sul pela Baía de Porto Pim, (que abriga a Praia de Porto Pim), protegida pelo Monte da Guia (145 metros) e Monte Queimado (89 metros), e a Norte, situa-se a ampla Baia da Horta abrigada pela Lomba da Espalamaca.



História

           Existem duas teorias sobre a origem do topónimo "Horta". Uma sustenta que ele deriva do apelido flamengo do seu 1.º Capitão-donatário, Joss van Hurtere e outra - que parece mais plausível de vez que que "Hurtere" derivou para "Utra" e depois "Dutra" -, de que o topónimo terá surgido pelas variadas hortas e jardins que à época já existiam na ilha. Como a palavra "jardim" ainda não existia no antigo vocabulário, "horta" servia para englobar culturas, flores e árvores. É esta a opinião que encontra maior consenso entre os mais antigos historiadores faialenses e como defende Osório Goulart, escritor e filólogo faialense. Em 146, o nobre flamengo Joss van Hurtere desembarcou na então denominada "Ilha de São Luís" (atual Faial) com mais 15 compatriotas. O grupo demorou-se na ilha por um ano, em busca de prata e estanho.
Em 1467, Hurtere retornou à ilha em uma segunda expedição. Desembarcou num trecho da costa que viria a ser conhecido como baía da Horta e, no local que escolheu para se estabelecer, que deu origem à povoação da Horta, fez erguer uma ermida sob a invocação da Santa Cruz. Em 21 de Fevereiro de 1468, o Infante Fernando de Portugal, Duque de Viseu e Donatário dos Açores, concedeu a Hurtere a Capitania do Faial. Aos primeiros povoadores - camponeses flamengos - somou-se grande quantidade de agricultores oriundos da região Norte de Portugal continental, dispostos a trabalhar arduamente nas novas terras. Hurtere, buscando novas oportunidades de negócio, atraiu uma segunda vaga de colonos, que chegaram por volta de 1470, sob o comando do também nobre flamengo Willem van der Haegen (mais tarde transliterado para Guilherme da Silveira), que trouxe administradores, comerciantes, colonos e outros compatriotas para se estabelecerem na ilha, o filho de Hurtere, Joss de Utra (que se tornou o segundo capitão-mor ), e a filha, D. Joana de Macedo (que foi desposada por Martin Behaim, em 1486, na Ermida de Santa Cruz), permaneceram na ilha do Faial muito depois do falecimento de Hurtere, em 1495.
A ilha prosperou com a exportação de trigo e pastel. Essa prosperidade fez com que a povoação da Horta fosse elevada a vila por D. Manuel I de Portugal já no ano de 1498. No início do governo de Joss de Utra (c. 1495), o centro da futura Vila da Horta já se encontrava mais a Norte da Ermida de Santa Cruz. A primitiva Casa da Câmara e Cadeia, situava-se na altura do n.º 16 da Rua do Bom Jesus. A freguesia da Matriz do Santíssimo Salvador da Horta, a primeira freguesia paroquial a ser constituída, foi aberta ao culto em 28 de Junho de 1514. Data de 1567 o projeto do Forte de Santa Cruz da Horta. O aumento do povoamento, por essa época, levou à constituição da freguesia de N. Sra. da Conceição (30 de Julho de 1568), e mais tarde, da freguesia de N. Sra. da Angústias (28 de Novembro de 1684), pela Diocese de Angra, aquando da visita do padre Gaspar Frutuoso, por volta de 1570, a vila da Horta tinha 509 fogos. Em 1583, soldados espanhóis sob o comando de D. Pedro de Toledo desembarcaram no Pasteleiro, na parte sudoeste da ilha. Mesmo com reforços de tropas francesas, a guarnição foi incapaz de conter os assaltantes e, após escaramuças às portas do Forte de Santa Cruz, António Guedes de Sousa, Capitão-Mor do Faial, foi executado.
Em Setembro de 1589 George Clifford de Cumberland, no comando de uma frota de 13 navios ingleses, apresou uma nau espanhola e mandou saquear as igrejas e conventos, profanando-as e quebrando as imagens e crucifixos. Levaram as peças de artilharias que encontram - excepto 2 peças, que não viram em Porto Pim - e incendiaram as casas do Forte de Santa Cruz. Em 1597, uma nova força, sob o comando de Sir Walter Raleigh, segundo em comando de Robert Devereux, 2.º conde de Essex, saqueou e incendiou os principais edifícios religiosos da cidade da Horta (Ermida de Santa Cruz, primitiva Igreja do SS.º Salvador, Convento de São João, primitivo Convento de São Francisco, Igreja de N. Sra. da Conceição) , bem como as igrejas paroquiais dos Flamengos, da Feteira e da Praia do Almoxarife. As presença frequente de corsários e piratas no Mar dos Açores obrigou à construção de fortes e fortins na ilha que, no século XVIII ascendiam a mais de vinte, a perspectiva do Capitão Edward Wright (1589) e a Planta das Fortificações (1804) apontam para um núcleo urbano inicial (Santa Cruz/Porto Pim) e um crescimento em torno da primitiva Igreja Matriz (onde hoje é a Torre do Relógio) e da praça pública (onde hoje é a Alameda Barão de Roches). Mais tarde, os edifícios municipais situavam-se no canto da Rua Visconde Leite Perry com a Rua Arriaga Nunes. Por fim, a Casa da Câmara e o Tribunal, instalam-se no Colégio dos Jesuítas da Horta, após a expulsão da Companhia de Jesus de Portugal, em 1758, segundo o frei Diogo das Chagas (OFM), em 1643, a Ilha do Faial tinha 8 491 habitantes distribuídos por 1 864 fogos. Quanto à vila da Horta, tinha 2 579 habitantes distribuídos por 610 fogos, a erupção vulcânica do Cabeço Gordo, em 1672 conduziu a uma vaga migratória para o Brasil, mas a economia da ilha não foi significativamente afetada. D. Frei Lourenço, Bispo de Angra, em 30 de Agosto de 1675, mandou realizar as obras - já autorizadas - para a reconstrução da Ermida de Santa Cruz, com a mesma invocação. Em 1688, só restava realizar as obras finais e a ornamentação da igreja, nos anos seguintes, a Horta tornou-se um ponto de paragem para os missionários jesuítas que viajam de e para o Brasil e a Ásia. Os jesuítas ergueram um colégio na cidade, assim como o fizeram os Carmelitas e os Franciscanos. Durante os séculos XVIII e XIX, a Horta é descrita como uma pequena povoação que se desenvolvia ao longo de uma só rua, ao longo da baía da Horta. Possuía vários conventos e igrejas, mas pouco comércio e quase nenhuma indústria. Graças à sua localização, a vila começou a prosperar como um porto de escala de importantes rotas comerciais transtlânticas. Em 1755, serviu de porto de escala ao explorador inglês Capitão James Cook. Conheceu um período de prosperidade entre 1804 e 1896. Iniciou-se quando o empresário e empreendedor John Bass Dabney (1766-1826), cônsul-geral dos Estados Unidos nos Açores, recém-casado com Roxanne Lewis, instalou-se na Horta, no fim do ano de 1804. Posteriormente, o seu filho, Charles William Dabney, casado com Francis Alsop Pomeroy, sucedeu-lhe como Cônsul. Registe-se a importância da família Dabney ao longo de 83 anos na história e economia faialense, reflectida na dinâmica do seu porto ao longo do século XIX, ligados à exportação de laranjas e de vinho verdelho da ilha do Pico, e como porto de reabastecimento dos barcos baleeiros norte-americanos e de reabastecimento de carvão aos navios a vapor. No fim desse período foi beneficiada com a construção do porto comercial (1876) e a instalação das companhias dos cabos telegráficos submarinos (1893), nesse ínterim, a 26 de Setembro de 1814, o brigue corsário estadunidense "General Armstrong", sob o comando do capitão Samuel Chester Reid, foi afundado na baía da Horta por três navios de guerra britânicos sob o comando de Robert Lloyd. Após o afundamento de sua embarcação, o Capitão Reid protestou formalmente por ver destruído o seu navio num porto supostamente neutro e pela incapacidade dos portugueses em fazer valer essa mesma neutralidade. A sua principal peça de artilharia, o canhão "Long Tom" - nome afectuoso com que fora baptizado, viria mais tarde a ser recuperado do fundo da baía. na ocasião, o rei D. Carlos I ofereceu a peça recuperada ao General Batcheller, então ministro dos EUA em Lisboa. Deste modo, este último deslocou-se à Horta, de onde despachou a peça para Nova Iorque, a bordo do navio "Vega", onde chegou a 18 de Abril de 1893. No contexto da Guerra Civil Portuguesa (1828-1834), por iniciativa do duque d'Ávila e Bolama, a Horta foi elevada à categoria de cidade e capital do distrito (4 de Julho de 1833), como recompensa pelo apoio dado ao Liberalismo. Posteriormente, a Câmara da Horta recebeu o seu brasão de armas por decreto assinado pelo rei D. Luís I de Portugal, em 3 de Maio de 1865, com o título de "Mui Leal Cidade da Horta". No contexto da Primeira Guerra Mundial, a cidade sofreu bombardeamento por parte do Império Alemão, em Dezembro de 1916.
O primeiro voo transatlântico hidroavião NC4 sob o comando Capitão Albert C. Read, fez escala na Baia da Horta, em 17 de Maio de 1919. A cidade da Horta entrou assim na História da Aviação. O Coronel Charles Lindberg acompanhado de sua esposa, Anne Morrow, a serviço da Pan American, em 21 de Novembro de 1933, amarrou na Horta no seu monoplano "Spirit of St. Louis". A partir de 21 de Março de 1939, tem início as carreiras regulares de hidroaviões entre a América do Norte e a Europa - até ao ano de 1945. Em 1921, rebocadores Neerlandeses de alto-mar que davam apoio à navegação do Atlântico Norte, passaram a escalar no porto. Após a Segunda Guerra Mundial, estes retornaram para auxiliar os navios transporte que apoiaram a reconstrução da Europa. Na década de 1960 iniciou-se o afluxo de iatistas.
Em 31 de Agosto de 1926 a ilha e o concelho foram abaladas por um sismo de grande magnitude. Décadas mais tarde, entre Setembro de 1957 a Outubro de 1958, o Vulcão dos Capelinhos, também afectou a ilha e o concelho. Mais recentemente, em 23 de Novembro de 1973 e em 9 de Julho de 1998, o concelho foi novamente afectado por actividade sísmica, com prejuízos humanos e materiais avultados. O Aeroporto da Horta foi inaugurado na freguesia de Castelo Branco, em 24 de Agosto de 1971, pelo então Presidente da República, Almirante Américo Tomás. Desde 1985, a TAP iniciou a ligações aéreas directas entre Horta e Lisboa. No interior do porto, em 3 de Junho de 1986 é inaugurada a Marina da Horta, o primeiro porto de recreio a ser inaugurado nos Açores. Depois de obras de remodelação do Aeroporto, em Dezembro de 2001, este recebe a categoria de "Aeroporto Internacional".

Bandeira de Horta

Heráldica

Brasão - Um escudo esquartelado, tendo no primeiro quartel um campo de prata as quinas de Portugal; no segundo campo de azul o busto de prata de sua Majestade Imperial o Senhor Dom Pedro IV, meu augusto avô de muita saudosa memória, e no contra-chefe a coroa e o centro de ouro alusivos ao facto da sua abdicação; e no terceiro campo em azul um livro de prata tendo escrito em letras azuis a data de 29 de Abril de 1826 em alusão à Carta Constitucional da monarquia; e no quarto em campo de púrpura um castelo de prata e pousado sobre ele um açor também de prata; orla azul com a legenda em letras de ouro - D. Luiz I à mui leal cidade da Horta: coroa ducal e por timbre um braço de prata armado duma espada do mesmo metal.

Estandarte - Ao escudo de armas nacionais emparelhou-se outro simbólico do concelho (Ilha) segundo se colige das peças que o constituem: Uma faia arrancada de verde, ladeada por duas jarras com flores, sobre um terreiro de sua cor, e no chefe um ondeado de azul. Cercando os dois escudos uma grinalda sustentada por dois Açores.


Cultura e Turismo

                É uma das sedes da Administração Regional e sede da Assembleia Legislativa Regional dos Açores. É sede do Departamento de Oceanografia e Pescas (sigla DOP) da Universidade dos Açores. Possui um Observatório Meteorológico e uma Estação Radionaval da Marinha. No interior do Porto Comercial, situa-se a famosa Marina da Horta, o primeiro porto de recreio a ser inagurado nos Açores. É paragem obrigatória dos milhares de iates e veleiros que atravessam o Atlântico Norte. Em resultado disso, serão ampliadas as infraestruturas da Marina, construída uma nova Gare Marítima e ampliado o edifício do Clube Naval da Horta. Merecem referência os jardins e espaços verdes emblemáticos da cidade, como o Jardim da Praça do Infante, o Jardim Eduardo Bulcão, o Largo Duque de Ávila e Bolama, o Jardim Florêncio Terra, o Parque Municipal da Alagoa e o Jardim da Praça da República que data de 1903.
Junto da cidade, situa-se a área de Paisagem Protegida do Monte da Guia (73 ha) e onde se localiza a Ermida de Nossa Senhora da Guia, na Quinta de São Lourenço, situa-se o Jardim Botânico do Faial. É servida por um moderno Aeroporto Internacional. Dispõe de ligações aéreas regulares directas para Lisboa (TAP e SATA Internacional) e inter-ilhas (SATA Air Açores). Existem ainda ligações marítimas durante todo o ano entre a ilha do Pico e a ilha de São Jorge (Transmaçor). E no Verão, existem ligações regulares com as restantes ilhas, com excepção da Ilha do Corvo. 
O património arquitectónico existente na cidade é essencialmente de natureza religiosa, o mais importante é o Colégio dos Jesuítas da Horta. Foi mandado construir por D. Francisco de Utra de Quadros, Capitão-mor do Faial, e sua mulher, D. Isabel da Silveira. Falecido a 1652 e sem descendentes, doa em testamento todos os seus bens (incluindo o Solar dos Utras) para fundação do Colégio. O lançamento da 1.ª pedra da igreja, foi a 21 de Outubro de 1652, mas a sua construção só inicia-se em 1680. O edifíco do Colégio dos Jesuítas só começou a se construir em 1719, e não chegaria a ser acabado, devido à expulsão dos padres jesuítas, a 1 de Agosto de 1760. A Igreja do Colégio tornou-se Igreja Matriz da Horta em 30 de Outubro de 1825, por substituição da primitiva igreja devido ao seu adiantado estado de degradação.
A primitiva igreja a Igreja de São Salvador da Horta é aberta ao culto em 28 de Junho de 1514. Foi saqueada e incendiada pelos corsários ingleses em 1597. Iníciou-se a sua reconstrução em 1607 e foi novamente reaberta ao culto a 20 de Dezembro de 1615. O monumento denominado Torre do Relógio, na prática uma torre sineira construída no Século XVIII, data em que foi adicionada à primitiva Igreja Matriz da Horta, que datava de 1500. Esta torre é dotada por um relógio datado de 1700 e constitui um dos ex-libris da cidade. Junto a esta torre localiza-se o Jardim Florêncio Terra, assim denominado em honra de Florêncio Terra, local onde existiu o Convento de São João. No antigo Hospital Walter Bensaúde, que pertenceu à Santa Casa da Misericórdia da Horta, encontram-se agora as novas instalações do Departamento de Oceanografia e Pescas (sigla DOP) da Universidade dos Açores (sigla UAç).
O Convento da Ordem de Santa Clara de advogação a S. João Baptista, vulgo Convento de São João, foi fundado por volta de 1538, por Diogo de Roiz da Costa, "fronteiro de Arzila, onde casou, e tem 2 filhos cléricos e meteu ali as suas filhas freiras." D. Francisca Corte Real, filha do 2.º Capitão-donatário, em seu testamento datado de 20 de Dezembro de 1538, fez-lhe uma doação de 2 000 reis.
O Império do Divino Espírito Santo dos Nobres (em memória da erupção do Vulcão em 1672) é a primeira construção deste tipo em alvenaria a ser feita nos Açores. Por deliberação da Câmara Municipal de 5 de Janeiro de 1759, adquiriu-se um terreno para construção da ermida. No ano seguinte, estava concluído. O Convento de N. Sra. da Glória, foi fundado por D. Catarina de Utra Corte Real, filha do 3.º Capitão-donatário. Em 9 de Janeiro de 1608, fez doação os terrenos para a sua construção. A direcção da construção foi feita por um seu parente, Estácio de Utra Machado. No seu lugar, existe actualmente o jardim da Praça da República.
A Igreja de Nossa Senhora do Rosário, que pertenceu ao Convento de São Francisco, construído em 1696, foi aberta ao culto em 12 de Novembro de 1700. O primitivo Convento de São Francisco foi fundado em 1522. Foi incendiado pelos corsários ingleses em 1597. Reconstruído em 1609, seria novamente destruído por um violento temporal, 60 anos depois. Em 1696, inicia-se a construção do convento e igreja no actual local. Após a extinção das Ordens Religiosas é doado em 1835 à Santa Casa da Misericórdia. Nele é instalado o Hospital da Misericórdia e o Asilo da Mendicidade. Em 1899, o convento é destruído completamente num incêndio, salvando-se a muito custo a sua igreja.
A construção da Igreja do Convento de N. Sra. do Carmo teve início em 1698, sendo só concluído em 1797. O seu adro é um miradouro sobre da cidade. O Duque de Ávila e Bolama, por Portaria de 7 de Julho de 1835, consegue que o convento com sua igreja, seja doada à Ordem Terceira do Carmo, e que no Convento, fique instalado um aquartelamento tropas. Em resultado do Sismo de 1926, o convento acaba por ter que ser demolido na sua quase totalidade, restando contudo a grande cisterna e uma parte do claustro.
A Igreja de N. Sra. das Angústias, no lugar onde se ergueu a Ermida de Santa Cruz, foi aberta ao culto em 28 de Novembro de 1684. A igreja tal como hoje a conhecemos, é construída em 1800, em estilo neoclássico, sendo as suas torres concluidas apenas em 1862. No tecto e nas telas laterais da Capela-mor, guarda-se representações homenageando as famílias nobres e os demais povoadores que vieram para ilha.
A actual Igreja de N. Sra. da Conceição construída em 1933, veio substituir a anterior igreja construída em 1749, demolida no Sismo de 1926. É de realçar a presença de vitrais de grande qualidade artistica.
Do sistema defensivo da Horta contra os piratas e corsários, apenas restam o Forte de Santa Cruz, o Forte de São Sebastião, o Portão do Mar de Porto-Pim, bem como os vestígios do Forte da Guia (Forte da Greta). Da Segunda Guerra Mundial, encontramos a Bateria de Costa da Espalamaca, a do Monte da Guia, e a Monte Carneiro. No edifício da antiga sede da empresa de cabos submarinos alemães, actual sede da Secretaria Regional da Agricultura e Florestas, na Colónia Alemã, existe um notável painel de vitrais da autoria da famosa manufactura Schneiders & Schmolz, de Colónia, a mesma que montou e refez boa parte dos vitrais da catedral de Colónia e alguns dos melhores trabalhos em vidro da transição dos séculos XIX para XX na Alemanha. Os vitrais foram produzidos em 1912 e têm como tema a heráldica das diversas entidades políticas alemães de então. A nível de espaços museulógicos na cidade, destaca-se o Museu Regional da Horta, instalado em parte do antigo Colégio dos Jesuítas, o Museu de Arte Sacra, a instalar junto da Igreja de N. Sra. do Carmo, o internacional Peter Café Sport com o seu Museu de Scrimshaw, o Museu do Desporto, a instalar na antiga Escola Leal da Silva e o Centro do Mar, na antiga Fabrica da Indústria Baleeira de Porto Pim. Na Lomba da Espalamaca, situa-se os Moinhos Faialenses, o Monumento à Imaculada Conceição e os bunkeres de Artilharia de Costa.
No interior do Porto e nos pontões da Marina da Horta, figuram imensas pinturas que constituem um verdadeiro de museu ao ar livre, que se vai renovando ao sabor da imaginação dos navegadores que por ela escalam. Tem ainda um parque das âncoras, junto ao Forte de Santa Cruz MN.
Nos Flamengos, situa-se o Jardim Botânico do Faial, na Quinta de São Lourenço. Mediante marcação com uma antecedência de 8 dias, poderá visitar o Aeroporto da Horta, em Castelo Branco. Existe ainda o Museu Geológico do Vulcão, no Capelo, e o Museu Etnográfico dos Cedros. Pretende-se criar em Pedro Miguel, um Museu Etnográfico.
Na cidade da Horta, para além das festas do Culto do Divino Espírito Santo nos seus diveros Impérios; merece um especial destaque: Dia da Cidade (4 de Junho); Festa de São João [Baptista] da Caldeira, o padroeiro da nobreza da ilha (24 de Junho); Festa de Nossa Senhora do Carmo (16 de Julho); a Semana do Mar, na 1.ª semana de Agosto; a Festa de Nossa Senhora das Angústias (11 de Outubro); a Festa de Santa Cecília, padroeira dos músicos (25 de Novembro); e a Festa de Nossa Senhora da Conceição (8 de Dezembro). O Dia da Autonomia celebra-se a 12 de Junho. No dia de São João Baptista, 24 de Junho, celebra-se o Feriado Municipal.





Gastronomia

              Embora o Faial seja virado para o mar, ao longo dos séculos, a sua cozinha recebeu várias influências. Assim, o Faial foge à regra em relação a muitos pratos característicos de outras Ilhas. Há os pratos típicos de Inhame com Linguiça, Molha de Carne, Morcelas, Torresmos de Vinha-de-Alhos, Sopas do Espírito Santo, Caldo de Peixe, Caldeirada de Peixe e Polvo Guisado com vinho, acompanhado por pão de milho e massa sovada. Os amantes do marisco ficarão encantados com o sabor das lagostas locais, cavaco, caranguejos e do delicioso arroz de lapas. O Queijo tipo Ilha e outros queijos produzidos no Faial, bem como o doce com e as fofas, proporcionam um excelente fim de refeição.

                                                                                                   Inhame com linguiça 
Molha de Carne