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segunda-feira, 22 de abril de 2013

Viagem e visita ao concelho do Bombarral

Brasão de Bombarral

Localização

           O concelho de Bombarral está abrangido administrativamente pelo distrito de Leiria, ocupando uma área de 90.4 km2, distribuída por cinco freguesias, faz fronteira a Norte com o concelho de Óbidos, a Este com o concelho de Caldas da Rainha, a Sudeste e Sul com Cadaval e a Sudoeste com o concelho da Lourinhã, com o qual confina também a Oeste. 
Localizado na área de influência das serras de Montejunto  Aires e Candeeiros, o concelho pertence ao vale tifónico das Caldas da Rainha. No plano hidrológico, o concelho de Bombarral está inserido na bacia hidrográfica da lagoa de Óbidos, sendo atravessado no sentido Sul-Norte pelo rio Real e seus afluentes.



História

         No século XIII, o topónimo principal do concelho aparece com a grafia "Monbarral". Segundo alguns autores, a origem do topónimo estaria em "Mons" do Barral, tratando-se de uma referência ao seu primitivo dono; outros ainda referem que o seu significado seria "monte de solo barrento", tratando-se então de uma referência à natureza argilosa dos solos da região. O povoamento primitivo do território que corresponde ao atual concelho de Bombarral é bastante remoto, recuando mesmo até à pré-história, o que é comprovado pelos muitos achados espalhados por todo o concelho do Bombarral, desde os castros de S. Mamede e Carvalhal até às grutas da Lapa, do Suão e da Pulga. 
Dos documentos conhecidos relativos a este concelho, ressaltam aqueles que se referem à compra e venda de terrenos, geralmente efetuadas entre instituições religiosas e particulares. No que respeita aos primeiros donatários da povoação, sabe-se que D. Afonso Henriques doou, nos inícios da Nacionalidade, as terras do Bombarral aos monges da Ordem de S. Bernardo, que vieram a exercer uma vasta influência nos métodos e técnicas agrícolas que economicamente beneficiaram toda a região.
O documento mais antigo que se conhece data de 1231 e refere a venda de uma herdade em "Mon Barral", de João Salvador e sua mulher, Mariana Pelágio, a um senhor de nome Mendo Pedro; nesta altura, Bombarral era apenas uma granja pertencente ao concelho de Alcobaça e tanto o abade D. Estevão, como o convento de Alcobaça, eram os intervenientes na maior parte destes documentos de compra e venda de propriedades. 
Em 1535, deu-se a primeira tentativa de criação do concelho do Bombarral, empreendida na altura por alguns dos seus moradores mais ilustres; contudo, as reclamações da Câmara de Óbidos fizeram gorar a tentativa e outras que se seguiram. A freguesia do Bombarral pertenceu ao concelho de Óbidos até ao final de 1836 e depois, pela divisão territorial de 6 de Novembro do mesmo ano, passou para o concelho de Cadaval, sendo novamente anexada ao de Óbidos, em 1855. Só em 1914, depois da publicação do novo Código Administrativo, foi finalmente criado o concelho do Bombarral com as freguesias de Bombarral, Carvalhal e Roliça, tomando posse a primeira Câmara de Vereadores em 29 de Junho de 1914. A 23 de Novembro de 1948, surge a freguesia de Vale Covo, por desanexação da freguesia de Bombarral e pela Lei 39784 foi criada a freguesia de Pó.

Bandeira de Bombarral

Heráldica

Brasão: escudo de prata, três cachos de uvas de púrpura, folhados e sustidos de verde. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco, com a legenda a negro, em maiúsculas: "VILA de BOMBARRAL".

Bandeira: de púrpura. Cordão e borlas de prata e púrpura. Haste e lança de ouro.

Selo: nos termos da Lei, com a legenda: "Câmara Municipal de Bombarral".


Cultura e Turismo

             O concelho de Bombarral é bastante rico em termos culturais e locais de interesse turístico e patrimonial, como é o caso da Mata do Bombarral. Considerada Área de Interesse Público desde 1941, constitui a verdadeira sala de visitas do concelho, tratando-se de um verdadeiro museu vivo de espécies vegetais de raro valor ecológico, onde se podem encontrar plantas raras e protegidas. Já no século XV, existia aqui uma grande coutada, da qual chegaram até aos nossos dias o sobreiro, o carvalho, o medronheiro, o carrasco, o zambujeiro, o aroeira, o loureiro, arbustos e vegetação diversa. Esta coutada foi palco das caçadas do rei e da sua corte quando se deslocavam ao Bombarral. Por essa altura ficavam alojados no então Paço ou Casa da Coutada, atualmente conhecido como Palácio Camilo e onde funcionam os paços do concelho. Entre este último e a Mata Municipal encontra-se o Jardim Municipal. Trata-se de um jardim de estilo clássico de onde se destaca a forma simétrica artificial do coberto vegetal.
Ao nível de recursos museológicos, destaca-se o Museu Municipal do Bombarral. Este museu foi inaugurado em 1990 e encontra-se instalado no Palácio do Gorjão, antigo solar dos Cunhas e Coimbras. Possui várias coleções de arqueologia, escultura e medalhística, bem como salas dedicadas a personalidades ilustres deste concelho como é o caso de Júlio César Machado e Jorge de Almeida Monteiro. Para além destas exposições permanentes, o museu possui ainda uma sala para exposições temporárias; uma biblioteca, com obras sobre arqueologia, história, etnografia e história de Artes; e um arquivo histórico, com documentação sobre a história de Bombarral e uma coleção de jornais antigos.
Um especial destaque vai também para o Teatro Eduardo Brasão. Inaugurado em 21 de Fevereiro de 1921, este teatro é um raro e belo exemplar arquitetónico representativo dos teatros clássicos italianos, em forma de ferradura, tendo sido considerado Imóvel de Interesse Público por Decreto n.º 2/96, publicado em 6 de Março de 1996.
                                                                                               Quinta dos Loridos
Mata do Bombarral


Gastronomia

              As especialidades gastronómicas tradicionais do concelho de Bombarral são: o arroz de colada, feito com carne e miudezas de porco; o cabrito assado e a cozido à portuguesa. Na doçaria, o destaque vai para os mimosos de Bombarral, o pão-de-ló da avó e as broas de Natal.

Cabrito assado no Forno
Gorjões do Palácio