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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Viagem e visita ao concelho de Sátão

Brasão de Sátão

Localização :

        O concelho de Sátão está integrado no distrito de Viseu, na zona do Planalto da Beira Alta. Com uma área de 198.4 Km2 , integra na sua área administrativa doze freguesias, fazendo fronteira a Norte com os concelhos de Moimenta da Beira, Sernancelhe e Vila Nova de Paiva; a Sul, com Penalva do Castelo; a Este, com Aguiar da Beira e a Oeste, com Viseu. O concelho é atravessado pelo Ribeiro de Sátão que com cerca de 20 quilómetros de curso, nasce perto da freguesia de Decermilo e corre em direção Sudoeste, indo desaguar na margem direita do rio Dão.



História :

           A origem do topónimo principal do concelho, "Sátão" , não está ainda determinada. Segundo alguns autores, será de origem arábica, derivando de "çaratan", designando "dois caminhos"; no entanto, uma outra explicação remete a origem do topónimo para um genitivo de nome moçárabe: "Zalatani". O povoamento primitivo do território do actual concelho de Sátão remonta ao período Neolítico, tendo em conta os vestígios encontrados na sua área, o mais representativo dos quais é a Orca dos Juncais. Alguns autores crêem que perto deste monumento megalítico teria existido uma cidade pré-romana chamada Rarápia; no entanto, esta hipótese foi posta de parte, por não existirem elementos suficientes que confirmem a existência deste castro. Sátão era o nome de uma pequena região a que se confinava o primitivo concelho desta designação, melhor dizendo, era o nome de uma paróquia, a única que então o constituía: Santa Maria de Sátão. Dentro da pequena região de Sátão existia uma villa ainda no século XIII que era pertença da igreja paroquial de Santa Maria e que era conhecida como Vila da Igreja. Num dos cumes desta pequena região existia um castelo, cabeça desta região, sendo a este castelo que se refere a existência de alcaides locais ainda depois do século XIII. A 9 de Maio de 1111, o Conde D. Henrique e D. Teresa concedem carta de foral a Sátão, tratando-se de um foral de recompensa e agradecimento pela lealdade e assistência prestada aos dois monarcas. D. Afonso Henriques acrescentou a este foral o privilégio de ao concelho de Sátão "não dever ser dado senhor que não lhe agradasse" o que dá indícios que por essa altura Sátão seria já um município independente e privilegiado. D. Sancho II passou carta de foral a Sátão em 10 de Julho de 1204, que D. Manuel I renovou em 6 de Maio de 1514. O atual concelho de Sátão foi criado em 1834 com a união dos antigos concelhos de Ferreira, Gulfar, Rio de Moinhos e Sátão, todos existentes já do século XII para o século XIII. Entre as instituições mais importantes para a história do concelho de Sátão destaca-se o "Convento da Fraga", ao qual está ligado o nome do ilustre Viterbo que aqui viveu e escreveu o "Elucidário das palavras, termos e frases usados noutros tempos". Ainda relativamente a instituições monásticas, há a considerar a possível existência de um mosteiro de freiras no século X que terá sido destruído por Almançor. 

Bandeira de Sátão

Cultura e Turismo :

        Sátão encontra-se integrado na Região de Turismo Dão-Lafões e pertence à Região demarcada dos vinhos do Dão, sendo um concelho bastante rico em termos de recursos naturais e turísticos. A este nível, são de destacar o jardim do Bussaquinho e o miradouro das Fontaínhas que proporciona uma vista magnífica da serra do Sátão. 





Gastronomia : 

        O cabrito assado no forno, a vitela na padela e o feijão vermelho com couves e carne de porco constituem os pratos mais representativos da gastronomia tradicional do concelho de Sátão. Na doçaria, o destaque vai para as cavacas, o leite creme, o arroz doce, o pão de ló e as fritas.