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sábado, 30 de março de 2013

Viagem e visita ao concelho de Alcanena

Brasão de Alcanena

Localização

        O concelho de Alcanena está integrado no distrito de Santarém e ocupa uma área de 127.3, distribuída por 10 freguesias, o concelho faz fronteira a Este com Torres Novas; a Sul e Sudeste, é limitado por Santarém; a Noroeste por Porto de Mós; e a Nordeste por Ourém. Situa-se na zona de confluência do Maciço Calcário Estremenho e a bacia terciária do Tejo o que lhe confere características geo-morfológicas particulares. Dessa forma, a Norte da Bacia do Tejo define-se pela existência de cinco subzonas, onde se destacam a Serra de Aire, o planalto de S. Mamede, o planalto de Santo António e o Polge de Mira de Aire.


História

           Sobre a origem do seu topónimo, apesar de existirem várias versões, grande parte dos autores é consensual relativamente à sua "ascendência" árabe, com base no artigo "al". As duas versões mais prováveis são "Cabaga Seca", que deriva do termo árabe "Alcalina" e "Lugar Sombreado", do termo árabe "Al-Kinan". 
A primeira referência escrita relativa a Alcanena remonta a 1298, datando também dessa altura algumas menções a algumas povoações que atualmente a constituem. A partir do final do século XVIII, Alcanena disputa com Lapas o título de segunda povoação mais importante no concelho de Torres Novas. Isto devido ao desenvolvimento então da indústria de curtumes, de grande tradição no concelho. Em 1875, Alcanena é instituída como julgado que abrangia além da freguesia de Alcanena as freguesias de Alcorochel, Bugalhos, Parceiros de Igreja, Amiais de Baixo e Vaqueiros. 
Foi senhorio dos Duques de Aveiro, sendo-lhes confiscada pela mesma sentença que os condenou à morte, aquando do atentado de D. José. O concelho de Alcanena foi criado em 8 de Maio de 1914, a partir da desanexação de freguesias do concelho de Torres Novas e de Santarém.

Bandeira de Alcanena

Heráldica

Brasão: de prata, com uma azinheira de verde arrancada e troncada de negro, frutada de ouro, acompanhada no tronco por duas maças de curtimenta, de negro, realçadas de ouro. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com os dizeres: «Vila de Alcanena», de negro.

Bandeira: esquartelada de amarelo e negro. Cordões e borlas de ouro e de negro. Haste e lança douradas.

Selo: circular, tendo ao centro as peças das armas, sem indicação dos esmaltes. Em volta, dentro de círculos concêntricos, os dizeres: «Câmara Municipal de Alcanena».


Cultura e Turismo

          O concelho de Alcanena está integrado na Região de Turismo do Ribatejo, estando também inserido na área geográfica do Parque Natural das Serras d'Aire e Candeeiros o que lhe confere grandes potencialidades turísticas. Do património natural do concelho, destacam-se o planalto de Santo António, o polje de Minde e as nascentes do rio Alviela. O polje de Minde separa o planalto de Santo António da Serra d`Aire e forma em Invernos mais rigorosos um extenso lago temporário que escoa algum tempo depois para o interior da terra. Do Miradouro do Alto do Lavradio pode-se apreciar toda a vista para a vila e freguesias circundantes. Pelas suas freguesias são vários os locais de interesse patrimonial e natural. 
Assim, o património cultural e edificado da freguesia de Bugalhos não é vasto mas é com certeza de muito interesse: a Igreja Matriz, de invocação a Nossa Senhora da Graça e as capelas de Santo Amaro e de Santo António. No lugar de Filhós, aproveitando o curso do rio Alviela, encontram-se algumas azenhas, sendo pelo menos uma, datada de 1904, destinadas à moagem de cereais, que aproveitam os excessos da energia hidráulica necessários para desviar o curso do rio por meio de açudes e canais de derivação. Atualmente é ainda possível apreciar as suas condições de produção, funcionamento e habitação e extrair importantes dados sobre a sua atividade  de grande significado para o conhecimento das atividades económicas da freguesia e região. Infelizmente, toda esta informação corre o risco de desaparecer, encontrando-se já irremediavelmente perdidas grande parte das suas componentes metálicas, destruídas pelo tempo. Também na freguesia de Espinheiro se encontram alguns elementos patrimoniais interessantes, destacando-se: a Igreja Matriz e uma casa senhorial. Além destes ressaltam ainda a Janela do Morgado e o Museu Etnográfico João David Lourenço, fundado a 14 de Março de 2000. Neste museu estão guardados muitos utensílios e acessórios antigos relacionados com as profissões praticadas noutros tempos na freguesia, como: as roupas, as carroças, os tachos, as panelas, os talheres e os pratos, as chaves das casas e dos portões, as enxadas, as charruas, os barris de madeira, as cabaças onde se levava o vinho quando os homens iam para as fazendas ou hortas, etc. 
Em Malhou, o realce vai para a Igreja Paroquial e os moinhos de vento, no lugar de Chã de Cima, encontrando-se dois deles em bom estado de conservação, sendo ambos de grandes importância para a etnografia e arqueologia industrial. 
Na vila de Minde é vasto e rico o património cultural e edificado A Igreja Paroquial com sacrário datado de 1547, é um magnífico templo que foi ampliado em 1709. A capela de Santo António, construída em 1475 e que foi privilegiada por bula do papa Pio VI, foi reformada em 1691 e novamente a meados do século XVIII. Ainda a capela de S. Sebastião, edificada no reinado de D. Duarte, a Casa Amarela, edificada em 1924, a Casa dos Açores, datada de 1926, e o Coreto, de 1933. Ainda em Minde, um destaque para o Museu de Artes e Ofícios Roque Gameiro. 
Finalmente, ressaltam no património da freguesia de Serra de Santo António: a Igreja Matriz e a Escola dos Frades ou Seminário. Além destes, destacam-se como locais de interesse turístico, as belas paisagens da serra, os abrigos de pastores, os moinhos de vento, o parque das merendas e o miradouro.





Gastronomia

             Da gastronomia tradicional do concelho de Alcanena, o destaque vai para a cachola e para as rabichas, sendo na doçaria o destaque principal as broinhas de Alcanena.

Broinhas de Alcanena