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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Viagem e visita a Vila Nova de Cerveira


Localização :

       Vila Nova de Cerveira situa-se no Nordeste peninsular  distrito de Viana do Castelo, na margem esquerda do rio Minho confinando a norte com o concelho de Valença, a Este com o de Paredes de Coura e de Ponte de Lima, a Sul com o concelho de Caminha e a Oeste com o rio Minho e a vizinha Galiza. 



História : 

               A presença histórica no território correspondente ao concelho de Vila Nova de Cerveira. remonta à pré-história, entre os vários elementos detectados, merece destaque o tesouro da sepultura da Quinta de Água Branca, cujo espólio está integrado no Museu Nacional de Arqueologia. A grande expansão demográfica que está na base do povoamento atual, deu-se durante o Câmbio de Era com a multiplicação do número de castros, já sob uma forte influência da romanização. O melhor exemplo deste movimento pode ser encontrado no Aro Arqueológico de Lovelhe, cuja ocupação se estende desde o século I a.C. ao século VII d.C. No entanto, o concelho de Vila Nova de Cerveira só começaria a ganhar expressão territorial aquando do processo de reconquista, após as invasões árabes, o que viria a ser enfatizado pela autonomização do Condado Portucalense, em 1096. É neste período que o rio Minho assume definitivamente o seu papel de fronteira, forçando ao estabelecimento de pontos fortificados que balizassem e defendessem o curso do rio, surgia assim as Torres de Cerveira, cujo castelo, localizado no sítio onde hoje podemos encontrar a escultura do cervo de José Rodrigues, tinha por missão patrulhar e defender, fosse contra as investidas árabes, fosse contra as normandas. Em 1297, D. Dinis e D. Fernando IV de Castela assinavam o Tratado de Al canizes, pondo fim aos confrontos que tinham ocorrido nos dois anos anteriores, este tratado mais do que um acordo de paz, delineou a fronteira entre os dois reinos, que desde então conheceria alguma estabilidade geográfica e política. Esta assinatura faria com que fosse novamente necessário fortificar a fronteira do Minho, a partir deste momento iríamos  assistir a um renovado esforço de repovoamento da região, assim surgia a " Vila Nova " de Cerveira com a atribuição da Carta de Foral por D. Dinis, corria o ano de 1321 e a construção de um novo castelo, destinado a proteger a vila em desenvolvimento. O século XVII e as guerras da Restauração marcariam a história deste concelho e o seu Património histórico, ao ser construída uma fortaleza que envolveu a vila, apoiada por dois outros pontos fortificados, a Atalaia do Alto do Lourido e o Forte de Lovelhe, mandados edificar pelo Governador das Armas do Minho, pressionando pela necessidade de defesa da fronteira. Este novo movimento de construção consistiu basicamente numa reformulação e alargamento da fortificação medieval, à qual foi aplicada uma plataforma voltada ao rio vocacionada para bater a vizinha Fortaleza de Goian, o alargamento das muralhas envolveria o burgo, que desde sempre extravasara o perímetro do Castelo. Avila, assim circundada consolidou o seu edificado mediante os principais eixos viários, a Rua Queirós Ribeiro fechada pela Ponte de Valença, a Rua César Maldonado e Costa Brava, com a Porta de Viana, a Travessa da Matriz com a Porta de Traz da Igreja e a Porta do Cais fechando a vila ao rio. O Forte de Lovelhe, especificamente construído e Preparado para resistir às tentativas de união ibérica, acabaria por prestar outros relevantes serviços ao País, em especial nas Invasões Francesas. Se no decurso das Guerras da Restauração a sua presença foi determinante na dissuasão das hostes filipinas, nesta última ação foi tanto mais importante, ao impedir as tropas francesas, sob comando do Marechal Soult, de efetuarem a pretendida travessia do rio Minho, no dia 13 de fevereiro de 1809. O século XIX iniciou-se com momentos de agitação e destruição, mas que findariam por trazer a estabilização da fronteira e a paz a estas terras. O seu castelo e fortalezas, de elementos defensivos transformaram-se em Património histórico, que importa conservar enquanto símbolos portadores da identidade do concelho e das suas gentes. O mesmo se poderá dizer das suas Igrejas e demais Património histórico, cultural e etnográfico, cujo conhecimento permite compreender, hoje o que é ser " cerveirense ". 





Gastronomia : 

              Neste concelho numa grande variedade de eguarias, destacamos os mexiões, a lampreia à bordalesa, o debulho de sável, as enguias há pescador e os biscoitos de milho. 




Viagem e Visita ao concelho de Viana do Castelo

Localização :


        Viana do Castelo é uma cidade portuguesa, sede de distrito e situa-se na região norte, a cidade é constituída atualmente por 5 freguesias. É sede de município com 314,36 km2 de área distribuídos por 40 freguesias. O concelho é limitado a norte pelo município de Caminha, a leste por Ponte de Lima, a sul por Barcelos e Esposende e a oeste tem litoral no Oceano Atlântico.


                                                                   


História :

      A ocupação humana da região de Viana do Castelo remonta ao Mesolítico conforme o testemunham inúmeros achados arqueológicos anteriores à cidadela pré-romana no monte de Santa Luzia. A povoação de Viana da Foz do Lima, como era chamada por essa altura, recebeu Carta de Foral de Afonso III de Portugal, passada em 18 de julho de 1258. A prosperidade que desde então conheceu, tornou-a num importante entreposto comercial, vindo a ser edificada uma torre defensiva ( a Torre da Roqueta ) com a função de repelir os piratas oriundos da Galiza e no norte de África, que procuravam este porto. O próspero comércio marítimo com o norte da Europa, envolvia a exportação de vinhos, frutas e sal, a importação de talheres, tecidos, tapeçarias e vidro. O espírito comercial de Viana atingiu tais proporções que a Rainha Maria II de Portugal concedeu alvará à Associação Comercial de Viana do Castelo em 1852, naquela que é na atualidade a 4.ª entidade patronal mais antiga do país. A mesma soberana, para recompensar a fidelidade da população de Viana, que não se rendeu às forças do Conde das Antas (1847), decidiu elevar a vila à categoria de cidade, com  o nome de Viana do Castelo a 20 de janeiro de 1848. O distrito de Viana do Castelo foi formado por Decreto de Lei de 18 de julho de 1835, em que aparece pela primeira vez como circunscrição administrativa diferente da comarca. Em 25 de julho no mesmo ano são nomeados os primeiros governadores civis para os distritos administrativos, inclusive o de Viana do Castelo, assim, foi o primeiro Governador Civil deste distrito Luís Cláudio de Oliveira Pimentel que exerceu este cargo até 7 de outubro de 1836. Foi também detentor deste cargo o Conde de Bertiandos, fidalgo-cavaleiro da casa real e um dos sócios mais devotados da Real Associação da Agricultura Portuguesa, que desempenhou estas funções de 1890 a 1891. 






Santuário de Santa Luzia

          O Santuário de Santa Luzia, localiza-se no alto do monte de Santa Luzia, na freguesia de Santa Maria Maior, na cidade , concelho e distrito de Viana do Castelo, um dos " ex libris" da cidade, do seu sítio descortina-se uma vista impar da região, que concilia o mar, o rio Lima com o seu vale e todo o complexo montanhoso envolvente, panorama considerado um dos melhores do mundo segundo a National Geographic. A Basílica no alto do monte de Santa Luzia foi principiada em 1903, por iniciativa do Padre António Martins Carneiro, com o projeto do arquiteto Miguel Ventura Terra. A última etapa da sua construção, sob a direção do arquiteto Miguel Nogueira Júnior a partir de 1925, é considerada como inspirada na Basílica de Sacré Coeur, em Paris. Os trabalhos de cantaria em granito são de responsabilidade do mestre canteiro, Emídio Pereira Lima. Aberto ao culto em 1926, os trabalhos estenderam-se até 1943, desde 1923, o Santuário é servido pelo elevador de Santa Luzia, o Santuário compreende ainda o  " Núcleo Museológico de Templo-Monumento de Santa Luzia ", constituído por uma sala na parte inferior da Basílica, o acervo é constituído por talha, imagens, azulejos e outros.  








Gastronomia : 

              Em Portugal, toda a gente sabe que se come muito bem no norte, e Viana do Castelo fica bem a norte, o bacalhau, cozido ou assado, é obrigatório nesta região e cada restaurante tem a sua especialidade. Outro prato a sugerir é o sarrabulho, em papas ou arroz, com porco desfeito, os rojões têm tradição, também com pedaços de porco e cabrito assado são igualmente especialidades. Por fim, a lampreia, sável, truta e o cabrito à moda de Viana, completam as principais paragens obrigatórias no percurso gastronómico Vianense que é de uma invulgar riqueza. Na doçaria, temos as rabanadas, as cavacas de Viana, os sidónios, a torta de Viana, as meias-luas e os doces à base de doce de ovos como os manjericos e barquinhos, entre outras variações, são obrigatórias para os mais gulosos.