
História :
A ocupação humana da região de Viana do Castelo remonta ao Mesolítico conforme o testemunham inúmeros achados arqueológicos anteriores à cidadela pré-romana no monte de Santa Luzia. A povoação de Viana da Foz do Lima, como era chamada por essa altura, recebeu Carta de Foral de Afonso III de Portugal, passada em 18 de julho de 1258. A prosperidade que desde então conheceu, tornou-a num importante entreposto comercial, vindo a ser edificada uma torre defensiva ( a Torre da Roqueta ) com a função de repelir os piratas oriundos da Galiza e no norte de África, que procuravam este porto. O próspero comércio marítimo com o norte da Europa, envolvia a exportação de vinhos, frutas e sal, a importação de talheres, tecidos, tapeçarias e vidro. O espírito comercial de Viana atingiu tais proporções que a Rainha Maria II de Portugal concedeu alvará à Associação Comercial de Viana do Castelo em 1852, naquela que é na atualidade a 4.ª entidade patronal mais antiga do país. A mesma soberana, para recompensar a fidelidade da população de Viana, que não se rendeu às forças do Conde das Antas (1847), decidiu elevar a vila à categoria de cidade, com o nome de Viana do Castelo a 20 de janeiro de 1848. O distrito de Viana do Castelo foi formado por Decreto de Lei de 18 de julho de 1835, em que aparece pela primeira vez como circunscrição administrativa diferente da comarca. Em 25 de julho no mesmo ano são nomeados os primeiros governadores civis para os distritos administrativos, inclusive o de Viana do Castelo, assim, foi o primeiro Governador Civil deste distrito Luís Cláudio de Oliveira Pimentel que exerceu este cargo até 7 de outubro de 1836. Foi também detentor deste cargo o Conde de Bertiandos, fidalgo-cavaleiro da casa real e um dos sócios mais devotados da Real Associação da Agricultura Portuguesa, que desempenhou estas funções de 1890 a 1891.
Santuário de Santa Luzia
O Santuário de Santa Luzia, localiza-se no alto do monte de Santa Luzia, na freguesia de Santa Maria Maior, na cidade , concelho e distrito de Viana do Castelo, um dos " ex libris" da cidade, do seu sítio descortina-se uma vista impar da região, que concilia o mar, o rio Lima com o seu vale e todo o complexo montanhoso envolvente, panorama considerado um dos melhores do mundo segundo a National Geographic. A Basílica no alto do monte de Santa Luzia foi principiada em 1903, por iniciativa do Padre António Martins Carneiro, com o projeto do arquiteto Miguel Ventura Terra. A última etapa da sua construção, sob a direção do arquiteto Miguel Nogueira Júnior a partir de 1925, é considerada como inspirada na Basílica de Sacré Coeur, em Paris. Os trabalhos de cantaria em granito são de responsabilidade do mestre canteiro, Emídio Pereira Lima. Aberto ao culto em 1926, os trabalhos estenderam-se até 1943, desde 1923, o Santuário é servido pelo elevador de Santa Luzia, o Santuário compreende ainda o " Núcleo Museológico de Templo-Monumento de Santa Luzia ", constituído por uma sala na parte inferior da Basílica, o acervo é constituído por talha, imagens, azulejos e outros.
Gastronomia :
Em Portugal, toda a gente sabe que se come muito bem no norte, e Viana do Castelo fica bem a norte, o bacalhau, cozido ou assado, é obrigatório nesta região e cada restaurante tem a sua especialidade. Outro prato a sugerir é o sarrabulho, em papas ou arroz, com porco desfeito, os rojões têm tradição, também com pedaços de porco e cabrito assado são igualmente especialidades. Por fim, a lampreia, sável, truta e o cabrito à moda de Viana, completam as principais paragens obrigatórias no percurso gastronómico Vianense que é de uma invulgar riqueza. Na doçaria, temos as rabanadas, as cavacas de Viana, os sidónios, a torta de Viana, as meias-luas e os doces à base de doce de ovos como os manjericos e barquinhos, entre outras variações, são obrigatórias para os mais gulosos.
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