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segunda-feira, 10 de junho de 2013

Viagem e visita ao concelho de Reguengos de Monsaraz

Brasão de Reguengos de Monsaraz

Localização

        Reguengos de Monsaraz é uma cidade portuguesa, no Distrito de Évora, na região do Alentejo e na sub-região do Alentejo Central, é sede de um município com 461,22 km² de área e subdividido em 5 freguesias. O município é limitado a norte pelo município do Alandroal, a leste por Mourão, a sueste por Moura, a sudoeste por Portel, a oeste por Évora e a noroeste pelo Redondo.
Tornou-se sede de concelho pela primeira vez em 1838 (substituindo a anterior sede do concelho na vila de Monsaraz) e definitivamente em 1851. Foi elevada à categoria administrativa de vila em 1840 e elevada a cidade em 9 de Dezembro de 2004.
Reguengos de Monsaraz é segunda maior cidade do distrito de Évora (maior cidade da área suburbana de Évora), constituindo um dos quatro concelhos que compõem a área suburbana de Évora, os quais são Arraiolos, Montemor-o-Novo, Reguengos de Monsaraz e Viana do Alentejo.  


História

          A origem toponímica do termo Monsaraz não está suficientemente estudada, embora se possa colocar a possibilidade da decomposição do termo em Mon Saraz. A palavra Saraz pode derivar de Xarez ou Xerez que equivalia, durante o domínio muçulmano à forma arábica Saris ou Sharish. O equivalente em castelhano do vocábulo português Xara é Jara. Assim, Xarez ou Xerez corresponde aos equivalentes arcaicos castelhanos Jaraez ou Jarás que conduziram às formas actuais do Jerez castelhano ou Xerez português. Neste sentido, Monsaraz pode significar portanto MONTE XAREZ ou MONTE XARAZ, isto é, monte erguido no coração de uma terra nas margens do Guadiana, antigamente povoada por um impenetrável brenhal de estevas (ou xaras) e que, pela excelência de condições estratégicas – posição de altura com cobertura defensiva de um grande e importante rio – recomendava, naquele sítio de difícil acesso, a fundação de um povoado, quase naturalmente defendido. Esta vila surgiu a partir de uma conjuntura de prosperidade na qual a população aumentava e ultrapassava os próprios limites da zona intramuros. A sua posição estratégica permitia detectar o inimigo com antecedência, pois dava conta do perigo através da comunicação visual entre o conjunto fortificado e a rede de atalaias envolvente.
O sistema defensivo de Monsaraz é considerado sob duas tecnologias e épocas distintas:
 fortificação medieval – o castelo e a cintura de muralhas envolvente, que surgem numa altura em que não existiam armas de fogo (séc. XII – séc. XIV). Os panos de alvenaria são verticais e bem altos, construídos em alvenaria de pedra irregular de xisto, com excepção nos cunhais e bases, em aparelho regular de silharia de granito.
fortificação seiscentista – constituída essencialmente por baluartes do tipo Vauban, hipoteticamente atribuída a Nicolau de Langres, e coroada a norte por uma obra avançada. Os progressos de artilharia obrigaram os engenheiros militares à substituição das altas muralhas dos castelos por obras de defesa menos aparentes e vulneráveis. Os panos de muralha são de uma espessura bastante superior, em alvenaria de xisto um pouco mais aparelhado. A aterragem da plataforma era feita através de compactação do solo.
A posição estratégica da vila de Monsaraz permitia detectar o inimigo com antecedência, pois dava conta do perigo através da comunicação visual entre o conjunto fortificado e a rede de atalaias envolvente.
Quando nos debruçamos um pouco sobre a natureza das hostilidades fronteiriças ligadas às “Restauração”, compreendemos melhor não só a funcionalidade das “atalaias”, como aceitamos sem grande reserva que elas tenham sido construídas nesta época em resposta a necessidades estratégicas bem concretas.
A implantação das “atalaias” no terreno representou pois a resposta possível a uma ameaça permanente, visando criar um mínimo de condições que permitissem controlar visualmente e com alguma antecedência o movimento de tropas inimigas de modo a facilitar a fuga para o abrigo das fortalezas ou preparar o contra-ataque.
Especificamente no que diz respeito à região de Monsaraz, as atalaias ao longo do Azevel criavam uma linha de aviso suficientemente recuada em relação à fronteira física constituída pelo Guadiana, procurando detectar eventuais movimentos de envolvimento por Nordeste, em direcção a Monsaraz. Por sua vez, numa larga frente a Este, entre a foz do Azevel e a Foz do Álamo – com excepção da atalaia de S Gens, bastante afastada do Guadiana – não encontramos qualquer estrutura deste tipo nas proximidades do rio. Tal facto justifica-se pelo afastamento da linha de fronteira para Leste, o que fazia de Mourão e das quatro atalaias que rodeavam esta praça-forte, a principal frente contra eventuais incursões inimigas. Finalmente, a Sul da Ribeira do Álamo, a primeira linha de aviso passa de novo a situar-se ao longo da margem direita do Guadiana, preferencialmente junto aos portos ou vaus, locais de passagem obrigatória, mesmo em épocas de seca. Tal opção, apesar de o rio aqui também não servir de fronteira, explica-se pelo facto de entre as praças militares de Mourão e Lura (cerca de 40km), não existir qualquer impedimento, natural ou artificial, à passagem do inimigo. Considerando que a ribeira do Degebe representava um obstáculo de difícil transposição, protegia-se assim Monsaraz de manobras de envolvimento conduzidas de Sudeste.

Bandeira de Reguengos de Monsaraz

Heráldica

Brasão: de prata com um sobreiro de verde, frutado de ouro, troncado de negro e descascado de vermelho, acompanhado por dois cachos de uvas de púrpura folhados e sustidos de verde. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com os dizeres «Vila de Reguengos de Monsaraz» de negro.

Bandeira: esquartelada de amarelo e de púrpura. Cordões e borlas de ouro e de púrpura. Haste e lança douradas.

Selo: circular, tendo ao centro as peças das armas sem indicação dos esmaltes. Em volta, dentro de círculos concêntricos, os dizeres «Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz».


Cultura e Turismo

        De todos os concelhos que compõem o distrito de Évora, Reguengos de Monsaraz destaca-se pela vasta oferta em termos de turismo rural de alta qualidade[parcial] (nomeadamente de turismo de habitação), ao longo da extensa encosta de Monsaraz sobre o Rio Guadiana e Albufeira de Alqueva.
A cidade fornece uma vasta animação nocturna, que se figura em poucos estabelecimentos, isenta de criminalidade e com bom ambiente.[parcial]
Em termos comerciais, a cidade dispõe de vários supermercados e hipermercados (Pingo Doce, Lidl), dos quais dois estão inseridos em pequenos centros comerciais (Intermarché e Modelo). Em termos culturais e de lazer possui uma sala de cinema/auditório municipal, várias pastelarias e restaurantes típicos da região alentejana e ainda algum comércio tradicional, piscinas municipais, vários campos de futebol, circuito de manutenção, picadeiro municipal, várias praças com esplanadas, biblioteca municipal, espaço Internet, wireless gratuito na praça principal. Em termos de educação, dispõe de quatro escolas (jardim de infância/creche, escola primária, escola básica, escola secundária), e um polo da Universidade Aberta.


Gastronomia

        Quando visitar o Concelho de Reguengos não se esqueça de provar as famosas migas, o gaspacho, a açorda, o peixe do rio, bem como as peças de caça como o coelho, a lebre, a perdiz e o javali .

                                                                                                           Bolo Rançoso 
Bolo RançosoEnsopado de Borrego
Ensopado de Borrego