Translate

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Mosteiros de Portugal - Mosteiro da Batalha



Localização

           O Mosteiro de Santa Maria da Vitória (mais conhecido como Mosteiro da Batalha) situa-se no concelho da Batalha, no distrito de Leira. 

História

          Na vila da Batalha situa-se um dos marcos fundamentais da arquitetura gótica em Portugal. Trata-se do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, assim denominado em cumprimento de um ex-voto do rei D. João I, caso as tropas portuguesas derrotassem em Aljubarrota o exército castelhano, como, de facto, veio a suceder.A construção da obra estendeu-se desde 1388 até às primeiras décadas do século XVI. Abrangeu cinco reinados da 2.a dinastia (somente D. João II não investiu neste monumento) e envolveu uma vasta equipa de arquitetos e mestres de pedraria de grande nível, tanto nacionais como estrangeiros. Este alforbe de artistas formados no estaleiro da Batalha influenciou decisivamente o labor das igrejas góticas espalhadas ao longo de todo o território nacional.Devido à sua enorme escala e ao seu longo período de edificação, podem observar-se neste mosteiro várias fases de construção e de evolução artística do gótico, imprimidas pelos diversos arquitetos. Afonso Domingues iniciou os trabalhos em 1388 e manteve-se à frente das obras até ao ano de 1402. Neste período ergueu-se parte da igreja e o claustro real, dentro de uma gramática do gótico inicial, contido e austero. Mestre Huguet, de origem inglesa, sucedeu-lhe e construiu a capela do fundador, completou a igreja e iniciou o panteão de D. Duarte. Trabalhou até 1438 e apresenta um estilo gótico mais exuberante e flamejante. São de destacar ainda os contributos de Fernão de Évora, que delineou o depurado claustro de D. Afonso V, entre 1448 e 1477, e, no século XVI, Mateus Fernandes, autor das Capelas Imperfeitas. No inicio este Mosteiro era um convento masculino da Ordem de São Domingos (Dominicanos) e nos nossos dias tem duas vertentes a  Religiosa e a Turística. 












Características

             Arquitectura religiosa gótica, manuelina e revivalista (neo-gótica). Complexo conventual com igreja gótica que emprega o modelo mendicante dominicano reformulado, com influências da arquitectura episcopal (Claustro da Sé de Lisboa) e conventual (Alcobaça), conjugando soluções nórdicas presentes nos elementos perpendiculares e verticalistas, na maioria neo-góticas (torres e contrafortes rematados por agulhas piramidais) e mediterrânicas (composição dos alçados, coberturas exteriores em terraço e volumetria predominantemente horizontal, acentuada por frisos). Igreja: fachada de 3 corpos escalonados contrafortados, com portal historiado, aproximado ao das catedrais francesas, inserto em alfiz estriado de tipo "perpendicular"; planta basilical com 3 naves escalonadas, 8 tramos e pilares cruciformes; fenestração ampla com decoração radiante; transepto saliente de topos rectilíneos com torres (evolução das escadarias de épocas anteriores: Sé de Lisboa) e grande janelão ao estilo "perpendicular"; portal lateral vinculado aos programas mendicantes, mas fragilizado e verticalista; cabeceira de 5 capelas comunicantes, com a ábside pouco mais elevada e profunda que os absidíolos, idênticos em área; naves abobadas de cruzaria de ogivas e hexapartidas, com cadeias longitudinais; cobertura da capela-mor com abóbada de cruzaria de ogivas, a que se juntam nervuras secundárias inspirada em soluções setentrionais. Capela do Fundador: espaço funerário com influências espanholas (Capela do Condestável de Burgos), a abóbada estrelada da laterna reflecte inspiração inglesa e os elementos estruturais são alvo de tratamento escultórico típico do gótico-final. Claustros e anexos monasteirais a N. da igreja. Portal das Capelas Imperfeitas em arco polilobado com decoração predominantemente vegetalista manuelina. O Claustro de D. Afonso V apresenta estrutura e sobriedade decorativa típica da arquitectura mendicante, com arcos duplos no 1º piso e alpendre sobre colunas no 2º e abóbadas de cruzaria de ogivas rudes. No séc. 15 os formulários batalhinos influenciaram pontualmente diversas igrejas: fragilização de suportes, emprego do arco contracurvado, ábsides de 3 tramos, janelas amplas no transepto, platibandas rendilhadas (Sé de Silves, Igreja da Graça de Santarém, Igreja do Carmo de Lisboa, Igreja de Santiago de Palmela e Sé da Guarda). Arranjo de exteriores que privilegiam preocupações de ordem ecológica aliada ao conforto do peão característicos do movimento modernista na Arquitectura Paisagista.´



Descrição do interior do Mosteiro

              Planta composta, irregular. Igreja de planta em cruz latina com cabeceira de ábside rectangular e topo poligonal, ladeada por 4 absidíolos rectangulares de topo facetado iguais em comprimento. A S. Capela do Fundador quadrangular; a E. Capelas Imperfeitas, de planta octogonal, Sacristia e Casa do Capítulo, quadrangulares; a N. Claustros Real e de D. Afonso V, quadrangulares; a O. Refeitório, rectangular. Massa de volumes articulados predominantemente horizontalista com elementos verticalistas: contrafortes, torreões e Torre da Cegonha rematados por pináculos poligonais. Coberturas diferenciadas de telhados a 2 águas sobre os Claustros, terraços lajeados sobre a Igreja, Capela do Fundador, Casa do Capítulo e Capelas Imperfeitas e coruchéu piramidal na Torre. IGREJA: Fachada principal orientada, dividida em 3 corpos escalonados separados por contrafortes e cintada por frisos em 6 andares; no 1º registo do corpo central, inscrito em alfiz estriado com entrelaços, portal profundo em arco quebrado de 6 arquivoltas decoradas com séries de serafins, anjos músicos, profetas, reis, santos e virgens mártires, coroados por baldaquinos que servem simultâneamente de mísula à figura seguinte, e assentam sobre colunelos com Apóstolos e Evangelistas; no tímpano relevo de Deus Pai sobre arco rebaixado com franjas trilobadas; o conjunto é envolvido por arco conopial decorado no extradorso com cogulhos e rematado por florão entre escudos de D. João I e D. Filipa; 2º registo: recuado, antecedido de platibanda rendilhada e flanqueado por contrafortes e arco-botantes; ao centro alfiz com grande janelão de vão rendilhado em arco quebrado cingido por conopial, com cogulhos e florão; remate em platibanda rendilhada; panos laterais: rasgados por janelas altas em arco quebrado, preenchidas por colunelos; remates em platibanda rendilhada. Para N. seguem muro do Claustro Real com porta em arco quebrado, corpo saliente do Refeitório e pano do Claustro de D. Afonso V contrafortados e rematados em platibanda rendilhada. A S. Capela do Fundador encimado por lanterna octogonal: no 1º registo 3 panos em cada face, o central mais largo, divididos por contrafortes e rasgados por janelas em arco quebrado preenchidas por colunelos e grilhagens; remate em platibanda rendilhada; no 2º registo lanterna recuada, vazada por janelas em arco quebrado entre contrafortes e arco-botantes. Fachada S., 1º registo: Capela do Fundador; pano da nave lateral contrafortado e vazado por 3 janelas em arco quebrado; pano do transepto flanqueado por contrafortes duplos, com portal de 4 arquivoltas em arco quebrado, denteadas e com meias-esferas, sobre colunelos de capitéis fitomórficos e com tímpano vazado em trilóbulo, inscrito em gablete saliente, com armas de D. João I e D. Filipa sob baldaquinos, entre pilastras rematadas por pináculos; pano do absidíolo com fresta em arco quebrado e contafortes nos vértices; pano de ligação às Capelas Imperfeitas com janela alta mainelada; remates em platibanda rendilhada; 2º registo: pano da nave central recuado e contrafortado com arcobotantes, vazado por janelas em arco quebrado; corpo do transepto com torres nos topos e janelões em arco quebrado com grilhagens sobre colunelos; pano da ábside com 2 janelas e 1 fresta em arco quebrado entre contrafortes; remates em platibanda rendilhada. Fachada E.: corpo das Capelas Imperfeitas composto por 7 capelas "pseudo-radiantes" de topos facetados contrafortados, com 3 janelas maineladas em arco quebrado; nos espaços intremédios panos de muro mais baixos vazados por janelas em arco quebrado com grilhagens; remates em platibanda rendilhada; pano de ligação com a cabeceira com porta em arco pleno encimada por janelão mainelado; pano do absidíolo contrafortado, com frestas em arco quebrado; panos da Sacristia e Casa do Capítulo, salientes, marcados por contrafortes e rematados em platibanda rendilhada; pano de muro dos Claustros recuado e contrafortado. Fachada N.: pano de muro do Claustro de D. Afonso V com contrafortes. 



Igreja

           Com 3 naves de alturas diferenciadas com 8 tramos, a central de 2 registos: arcada quebrada e clerestório; os arcos assentam em robustos pilares cruciformes de bases e ábacos quadrangulares e capitéis de 2 andares de folhagem e cabeças humanas, sustentando as abóbadas de cruzaria de ogivas com cadeia longitudinal nas naves laterais e também transversal na central; na caixa murária o apoio faz-se em meias-colunas entre as quais se rasgam janelas; transepto de 5 tramos iluminado nos topos e coberto por abóbada de cruzaria de ogivas; arco triunfal rendilhado; capela-mor profunda e alta, de 3 tramos, cujo topo poligonal é vazado por frestas com vitrais em 2 registos; cobertura em abóbada de cruzaria de ogivas conjugadas com nervuras secundárias em losango e cruz; absidíolos de 2 tramos idênticos entre si e comunicantes, abrindo para o transepto por arcos quebrados com franjas polilobadas e cobertos por abóbada de cruzaria de ogivas com cadeia longitudinal, todos contendo tumulária. 



Capela do Fundador

                Adossada a S. dos 3 primeiros tramos da igreja com a qual comunica por arco quebrado com franja polilobada; ao meio recinto octogonal com túmulo duplo de D. João I e D. Filipa, com jacentes, circundado por arcada peraltada, cairelada, sobre pilares fasciculados de secção triangular, volvidos para o centro, com capitéis vegetalistas de 2 andares, sustentando a abóbada da lanterna, estrelada de 8 pontas com fecho e bocetes rendilhados. O espaço periférico é coberto por abóbada de nervuras de 8 tramos trapezoidais e preenchido com arcosólios que conjugam arco quebrado e conopial, contendo tumulária de Infantes e Reis: o regente D. Pedro e D. Isabel de Aragão, sua mulher; D. Henrique, o Navegador; D. João; D. Fernando, o Infante Santo; D. Afonso V, D. João II; Infante D. Afonso; todos encimados por janelas.

Capela do Fundador


Capelas Imperfeitas

              Ligadas à cabeceira por átrio abobadado, irregular, aberto a E. por grande portal polilobado decorado nas duas faces, que acede ao pátio octogonal central, descoberto, do qual irradiam 7 capelas rectangulares de topos chanfrados, perpendiculares aos lados do octógono e intercaladas por espaços triangulares, sobre os quais assentam grandes pilares trapezoidais truncados, com decoração vegetalista e heráldica e mísulas com feixes de nervuras. As capelas abrem em arco quebrado com franja cairelada, possuem altar e porta lateral e são cobertas por abóbadas polinervadas, com bocetes heráldicos; na capela E. túmulo de D. Duarte e D. Leonor de Aragão; remate em platibanda com armas reais nos ângulos. Sobre o portal Tribuna do Renascimento com dupla arcada e balaustrada, encimada por arquitrave esculpida com motivos clássicos. Partindo de um vasto octógono centralizado dispõem-se 7 capelas que se podem denominar de pseudo-radiantes, pois as paredes não são convergentes, no eixo dos raios do octógono, mas perpendiculares aos lados do mesmo e paralelas entre si, de planta rectangular com os topos chanfrados. No exterior o intervalo entre as capelas é preenchido por pano de muro baixo que abarca os contrafortes daquelas, formando 6 espaços intermédios triangulares iluminados por janelas em arco quebrado com recortes variados. Grandes pilares ou gigantes de secção trapezoidal (incompletos) erguem-se nos vértices do octógono, sobre os espaços intermédios e parte das abóbadas das capelas, são decorados com pares de nichos ladeados por bandas de decoração naturalista e heráldica, tendo ao centro uma mísula de onde arranca um feixe de nervuras. O pórtico de acesso à quadra é de fachada dupla, apresentando uma estrutura e decoração diferenciada na face anterior e posterior, com arquivoltas convergentes de ambos os lados, sobre bases facetadas com anéis, inferiormente rendilhadas. A face volvida para o terreiro conjuga dois arcos policêntricos de curvaturas opostas, cujos segmentos cairelados, contracurvados e festonados se entrecruzam, os superiores rematados por florões, apoiados em colunelos cingidos por anéis lisos e rendilhados, em andares; perifericamente série de pequenos cogulhos. Nos pés-direitos a 1ª arquivolta possui 2 nichos e 1 baldaquino rendilhados e a 2ª e 3ª são preenchidas com entrelaços vegetalistas entre pares de finos colunelos, sustentando 2 arcos polilobados concêntricos com franja rendilhada, sendo os segmentos do menor rematados inferiormente por florões. A face voltada para o corredor é mais profunda, com 6 arquivoltas totalmente preenchidas com rendilhados vegetalistas entre colunelos lisos e esculpidos com motivos geométricos, que suportam a série de arcos concêntricos em convergência de escalas: 2 festonados de saiméis contracurvados, 2 trilobados e 2 polilobados, todos decorados continuamdo a temática dos pés-direitos.



Claustro Real

           A N. da igreja; piso único com 7 tramos por ala, constituídos por arcos quebrados, de vãos dissemelhantes, com bandeiras rendilhadas apoiadas em colunelos esculpidos, entre contrafortes com ressaltos, rematados por pináculos piramidais; galerias cobertas por abóbadas de cruzaria de ogivas com cadeia longitudinal, assentes em meias-colunas fasciculadas com capitéis vegetalistas em 2 andares; remate em platibanda rendilhada com flores-de-liz. No canto NO. corpo quadrangular do lavabo, com arcos quebrados de intradorso cairelado tendo a meio faixa de grilhagem assente em colunelos; no cunhal torreão octogonal de remate piramidal; no interior fonte com bacia lobulada e 2 taças polilobadas escalonadas, a 1ª com máscaras semi-vegetalistas; cobertura em abóbada de cruzaria de ogivas com cadeia, apoiada em pilares fasciculados. Os vãos dos arcos maiores são preenchidos com bandeiras rendilhadas que alternam 2 motivos: quadrícula formada pela junção de elementos florais com cordões e entrelaços vegetalistas a envolver cruzes da Ordem de Cristo, que se apoiam em séries de colunelos totalmente esculpidos com folhas, meias-esferas, nastros e anéis; os arcos cantonais são de vão menor e têm bandeiras decoradas com coroas vegetalistas.



Arquitecto, Construtor e Autor :

           Arquitectos : Afonso Domingues (1386/1402); Baltazar de Castro (séc. 20); Huguet (1402/1438); Martim Vasques (1438/1448); Fernão de Évora (1448/1477); Mestre Guilherme (1477/1480); Arquitecto Paisagista : António Viana Barreto (1965). Entalhador : Bartolomeu de Sá (1697). Escultores : João Rodrigues (1480); João Arruda (1485), Mateus Fernandes (pai) (1480/1515) e Mateus Fernandes (filho) (1516/1528) (pilares e portal das Capelas Imperfeitas); João de Castilho (1520/1532); Miguel de Arruda (1533/1563) (Tribuna do Renascimento).


Exterior do Mosteiro :

             Enquanto que a nascente predomina o edificado, a poente existe uma vastíssima área de zona verde, cortada por uma estrada paralela ao eixo longitudinal do mosteiro. A envolvente do mosteiro encontra-se pavimentada em todo o seu redor. A poente, a zona pavimentada situa-se entre o mosteiro e o muro de sustentação de terras do talude da envolvente, com cerca de 1,20 metros e com bancos incorporados. Neste talude encontram-se plantadas árvores como o pinheiro manso (Pinus pinea) predominantemente, plátanos (Platanus orientalis) e romãzeira (Punica granatum), e arbustos como o loendro (Nerium oleander). Junto ao monumento o padrão do pavimento é liso, em lajes calcárias para depois evoluir para um outro, de padrão extremamente original, concebido especialmente para este projecto, estando desenhada uma quadrícula definida por lajes em pedra onde se insere em cada quadrado uma cruz unindo os seus vértices, sendo a matriz deste desenho revestido a calçada portuguesa 12x12 num calcário mais escuro realçando as linhas formais. Frente à fachada S. o pavimento em placas lisas de calcário prolonga-se num patamar de planta quadrada com acesso por três degraus, enquadrado a O. e a E. por canteiros situados a um nível superior, separados por murete de suporte em pedra calcária, que funciona também como banco. A S. existem construções visíveis por entre árvores de arruamento localizadas frente às suas fachadas. No centro deste espaço está situada a estátua em bronze de Dom Nuno Álvares Pereira a cavalo, orientada a poente sobre plinto em pedra. Estes canteiros são vegetalizados com plátanos (Platanus orientalis) na orla que comunica com o terraço, e no resto da sua área com sobreiros (Quercus suber), romãzeiras (Punica granatum), tílias (Tilia cordata), loendros (Nerium oleander) e buxo (Buxos sempervirens) entre outros. Estes canteiros são cortados por caminhos rectilíneos pavimentados uns em calçada, bordejados por placas calcárias rectangulares, outros por um conjunto dessas mesmas placas justapostas. A NE do mosteiro, defronte da zona do edifício das capelas imperfeitas, situa-se uma estrutura plana sobrelevada cerca de meio metro, forrada a deck, interrompida pela entrada para sanitários públicos subterrâneos e pela caldeira de uma árvore plantada de nível. Esta estrutura encontra-se rodeada a NE. e a E. por uma zona arrelvada com o solo modelado em montículos, onde se encontram plantadas uma palmeira-das-canárias (Fénix canariensis) e numerosos arbustos e herbáceas de variadas espécies. A N. da referida zona do edifício e a E. do eixo longitudinal do mosteiro situa-se um terreiro onde estão implantadas 12 floreiras sobrelevadas cada uma alojando um exemplar notável de plátano (Platanus orientalis), que pelo seu porte se pode afirmar serem pré-existentes no terreno aquando do arranjo paisagístico da envolvente de meados da década de 60. Junto ao muro limítrofe N. do terreiro, a E. do mosteiro, situam-se no terreiro 10 árvores de várias espécies, como plátanos (Platanus orientalis) e amoreiras (Morus alba) entre outras, de médio porte, plantadas em caldeiras de nível, com o mesmo formato das anteriores, organizadas em três filas de forma desencontrada, existindo mais duas junto ao extremo NE. do mosteiro. Ainda no terreiro, a poucos metros da fachada E., aproximadamente a meio do seu comprimento, encontra-se isolada um exemplar notável de araucária-colunar (Araucaria columnaris) e alguns metros desta, na direcção do interior do terreiro, uma oliveira (Olea europaea var. europaea) cercada por murete com gradeamento sobre o seu coroamento com uma laje de pedra ao centro sobre a qual se encontra placa em mármore. No topo N. do mosteiro, entre este e o muro manuelino que o separa de um parque de estacionamento, situam-se dois canteiros rectangulares, intervalados por caminho, que acompanham toda esta fachada do mosteiro. O canteiro junto ao mosteiro, mais estreito constitui apenas uma placa relvada delimitada por banqueta em buxo, o segundo, mais largo, é também arrelvado e tem plantados árvores e arbustos de várias espécies. Próximo da extremo NO. do mosteiro, junto a este ultimo canteiro situa-se a zona aulas práticas de uma escola de canteiros que funciona nas instalações do próprio mosteiro e junto a esta, também junto ao caminho uma bica de água. No extremo NO. o talude poente alarga-se até um caminho com 4 m. de largura, que confina com o mosteiro, assumindo assim este talude neste local uma planta quadrangular sendo o muro de sustentação de terras de 0,7 m. delimitador do pavimento em quadrícula já referido, a N. Embora o elenco florístico seja o mesmo do resto do talude, predominam claramente os pinheiros mansos (Pinus pinea), constituindo-se aqui pinhal em pequena escala. Um caminho rectilíneo pavimentado em calçada portuguesa atravessa este espaço ligando-o ao passeio envolvente O. A figura de Dom Nuno Álvares Pereira empunha uma espada na mão direita. No plinto da estátua em pedra lê-se a seguinte inscrição: "O Contestável Nuno Álvares Pereira. 1360-1431" situando-se abaixo desta inscrição um brasão com as armas da família Pereira, também em pedra. Na placa situada junto à oliveira pode ler-se "Oliveira de Portugal. Plantada em II-XI-1918. Azeite votivo para a chama da pátria". Aproximadamente no centro do terreiro E. encontram-se duas placas em pedra onde se lê numa delas "Aqui se situou a igreja de Santa Maria a Velha mandada construir por D. João I para assistência religiosa aos operários do mosteiro" e noutra "Nesta primitiva igreja da Batalha foram sepultados alguns dos mestres e oficiais das obras do mosteiro e outros moradores da vila". A NE. do mosteiro existe, separado por estrada, um ajardinamento recente, de design pós-moderno em que linhas formais rectas se entrecruzam com linhas curvas, ambas inscritas no terreno.