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domingo, 14 de outubro de 2012

Visita ao concelho de Vinhais

Amanhã iremos testemunhar a história, as tradições e a gastronomia do concelho de Vinhais.

Vinhais é freguesia e sede de concelho, pertence ao distrito de Bragança, Região Norte e sub-região do Alto Trás-os-Montes, a freguesia de Vinhais estende-se por uma área de 33,16 km2 distribuida pelas povoações de Vinhais, Rio de Fornos, Moas, Romariz e Ermida, é sede de um municipio com uma área de 694,68 km2, subdividido por 35 freguesias. o concelho é limitado a norte e oeste pela Espanha, a este pelo concelho de Bragança, a sul pelos concelhos de Macedo de Cavaleiros e Mirandela e a oeste pelos concelhos de Valpaços e Chaves.  

História:

   O topónimo Vinhais , no dizer de alguns historiadores deve provir de data já muito antiga e a propósito escreveu algures, o Abade de Miragaia: « Desde tempos muito remotos a produção principal desta freguesia e deste concelho era o vinho, como está dizendo o seu mone - Vinhais,- terra de vinhais e vinhedos...» Na verdade é a este saboroso e apreciado liquido tão abundante nos séculos passados, principalmente entre os rios Tua e Rabaçal, que se deve a nosso ver, a origem do vocábulo que na opinião de alguém com autoridade não é termo moderno, apesar da sua forma não lhe fixar época, depois de se ter aplicado já em substituição do primitivo ( briga ), a local por natureza forte e por certo mais fortalecido do antigo castelo de Vinhais, que ficava a bastantes quilómetros ao sul da actual vila de Vinhais, designando por certo, já antes da Nacionalidade - de modo que o topónimo poderá até ascender ao latim - » viviales», embora para sua confirmação não tenhamos provas. O mais antigo documento que conhecemos em que faz menção  do vocabulário - Vinhais - que viria depois a denominar a atual vila de Vinhais é dos meados do século XII, o que não quer dizer que não se trate de designação muito mais antiga nessa época. Trata-se pois da » Doação ao Mosteiro de São Martinho da Castanheira em terra de Sanábria, Hespanha, de uma propriedade em Vilar d'Ossos - concelho de Vinhais. Ora é sabido que a atual vila de Vinhais ainda não existia nessa altura, mas sim a freguesia de São Facundo, vulgo S. Facundo de Crespos e mesmo que existisse ainda não estava organizado o concelho de Vinhais, de modo que não podemos pensar que a expressão se refira o local subordinado a atual vila de Vinhais, mas antes pelo contrário, estamos em optar que se trata não e um topónimo, nome de lugar, mas de um corónimo, isto é, do nome dado a uma certa região, ou a um território determinado de funções administrativas, não locais, mas relativamente ao governo central, o mesmo que «terra» termo que afinal, aparece no mesmo documento a designar o que já antes se designava território - Barrondas da Serra. Os dados lançam para o século XII, as primeiras edificações do que mais tarde seria o castelo de Vinhais, transladado possivelmente do Monte de Sr.ª da Saúde, de Vale de Janeiro, por este já não servir os critérios de defesa e controlo fronteiriço. Em 1253, D. Afonso III concede carta de foral, o qual foi outorgado por D. Manuel I em 1512, aos hominibus de Vinaes, et suis terminis, estabelecendo um foro de 600 morabitinos, 500 pela renda daquela terra e 100 pela tenência do castelo. Porém 5 anos mais tarde as inquirições daquele rei mostram que não existia ainda a vila de Vinhais, a povoação mais central, por onde se inicia a inquirição do judicatus de vinaes e S. Facundo do cemitério da vila de Vinhais, parece ser posteriormente a 1258 que num cabeço sobranceiro a Crespos, irá ser erguida a nova vila de Vinhais. Nos reinados de D. Fernando e D. João I fizeram-se reconstruções na cerca da vila, prova de que era um local estratégico de defesa assim como de controlo fronteiriço.

Gastronomia:

   Vinhais apresenta uma gastronomia rica e variada, baseando-se nos produtos genuínos e naturais. O turista que dedicar algum tempo á descoberta desta bela e acolhedora Vila não poderá partir sem se deliciar com algumas das especialidades gastronómicas locais, as saborosas sopas, as deliciosas entradas, as Casulas, os Milhos ( milho moído, podendo ser confeccionado com tomate ou couve), os Cuscus (farinha de trigo e água, cozidos em banho maria), o celebre fumeiro tipico desta região e as magníficas sobremesas de castanha acompanhadas com os doces caseiros. Mas esta vila tem vários pratos típicos e entre eles sugerimos, as trutas do Tuela, os peixinhos do rio fritos, o cabrito á transmontana, os grelos cozidos com linguíça e chouriço de pão, o rodeão assado, os rojões e o figado com couve guisada. Nas sobremesas, podemos destacar a tarte de castanha, o pudim de ovos,  leite creme com pão de ló, súplicas, bolo de noz e os bolinhos das Clarissas.