Translate

domingo, 26 de maio de 2013

Viagem e visita ao concelho de Oeiras

Brasão de Oeiras

Localização

           O concelho de Oeiras está situado no distrito de Lisboa, na margem direita do estuário do Tejo que tem a sua foz na área da vila, constitui o segundo mais pequeno concelho do distrito de Lisboa, abrangendo uma área de 45.8 km2, distribuída por dez freguesias, oito das quais com sede em vila (Algés, Carnaxide, Caxias, Linda-a-Velha, Oeiras, Paço de Arcos, Porto Salvo e Queijas), faz fronteira com os concelhos de Cascais, a Poente; Sintra e Amadora, a Norte; e Lisboa, a Nascente; tendo como limite Sul, o rio Tejo.
O território do concelhio é constituído por um conjunto de unidades ou elementos paisagísticos particulares que o caracterizam, nomeadamente a Serra de Carnaxide e os Altos da Mama Sul, Montijo, Barronhos e Confeiteiras, na parte Este do Concelho, os vales das cinco principais ribeiras que o atravessam no sentido Norte/Sul, e toda a orla costeira/ribeirinha.


História

          Dada a sua localização geográfica privilegiada, é natural que o território que compõe o actual concelho de Oeiras tenha sido ocupado desde épocas bastante remotas. Um dos exemplos mais significativos do seu primitivo povoamento é o Castro Eneolítico de Leceia, localizado na freguesia de Barcarena, constituído por estruturas habitacionais e defensivas típicas de um antigo povoado calcolítico pré-companiforme. Da época de dominação romana, existem no concelho poucos vestígios, sendo no entanto de assinalar que o topónimo principal do concelho terá, muito provavelmente, origens nessa época, derivando do latim vulgar aurarias que significa "minas de ouro". Da época muçulmana, restam também importantes vestígios toponímicos, como é o caso de Alcássimas, Algés, Alpendroado, Almocovada, entre outros. As primeiras referências escritas relativas a Oeiras remontam ao século XIV, constando no Diploma da Chancelaria do Rei D. Dinis. No século XVI são construídos o Mosteiro de Frades Arrábidos (em Cruz Quebrada) e o Convento de S. José de Ribamar em Algés, sendo que ainda nesse século deu-se inicio do desenvolvimento das actividades industriais e comerciais , com a construção de oficinas para a manipulação da pólvora, em Barcarena; bem como o desenvolvimento da actividade agrícola, principalmente a cultura da vinha e mais tarde dos cereais. No século seguinte, foram construídos alguns fortes, como é o caso do Forte de S. Julião da Barra, o Forte das Maias, o Forte do Catalazete, o Forte da Giribita, o Forte de S. Bruno, o Forte da Conceição de Algés e o Forte de S. José de Ribamar.
Em 1759, a povoação foi elevada a vila e a condado, cabendo o título a Sebastião José de Carvalho e melo, depois primeiro Marquês de Pombal. A partir dessa data, a história do concelho de Oeiras ficou ligada a essa figura da História de Portugal que criou em Oeiras uma feira agrícola e industrial, em 1770, que foi a primeira da Europa. Data também dessa época, a construção de vários edifícios públicos, moradias e quintas. O século XIX e inícios do século XX, foram marcados pela criação de infra-estruturas de transporte e o desenvolvimento de unidades fabris, como a Fábrica de Papel e a Fundição de Oeiras. A época seguinte, foi marcada pela centralização das actividades económicas na cidade de Lisboa e paralelamente, oeiras foi-se definindo principalmente como centro habitacional.
O concelho de Oeiras foi extinto a 26 de Outubro de 1895 e anexado ao concelho de Cascais, com a excepção da freguesia de Barbacena que foi anexada ao concelho de Sintra. Foi restaurado em 1898, com todas as suas freguesias à excepção de Carcavelos que permaneceu integrada no concelho de Cascais.

Bandeira de Oeiras

Heráldica

Brasão: de negro, com um cisne de prata bicado e sancado de ouro, com uma estrela de oito raios do mesmo metal no peito, sobre azul e encerrado numa quaderna de crescentes de prata, acantonada em chefe de dois cachos de uvas de púrpura, folhados e sustidos de ouro. Em contra-chefe cinco faixas ondadas, três de prata, uma de azul e outra de verde. Coroa mural de prata com quatro torres. Listel de branco com os dizeres: «Vila de Oeiras», de negro.

Bandeira: esquartelada de branco e de púrpura. Cordões e borlas de prata e de púrpura. Haste e lança douradas.

Selo: circular, tendo ao centro as peças das armas, sem indicação dos esmaltes. Em volta, dentro de círculos concêntricos, os dizeres: «Câmara Municipal de Oeiras».


Cultura e Turismo

         Do património edificado do concelho de Oeiras destaque para: o Povoado Pré-Histórico de Leceia; a Capela de Santo Amaro de Oeiras, edifício reconstruído e remodelado no sec XVIII; o Convento da Cartuxa, pequeno claustro mandado construir pelo Cardeal D. Luís de Sousa; a igreja de S. Pedro de Barcarena, cuja construção remonta ao século XIII, a Igreja de S. Romão, o forte de S. Julião da Barra que ao longo dos tempos foi várias vezes ampliado, alterado e adaptado a vários usos e que actualmente é a residência oficial do Ministro da Defesa; a Torre do Bugio que actualmente funciona como farol; o forte de S. Bruno, onde se encontram as instalações do Corpo de Voluntários de Salvadores Náuticos; o forte de Catalazete, que outrora foi uma colónia de férias à Mocidade Portuguesa e actualmente funciona como Pousada da Juventude; o forte do Areeiro; o forte de Caxias, cedido em 1935 ao ministério da justiça para albergar presos de outras cadeias, actualmente aloja o Hospital-Prisão João de Deus.
A visitar no concelho de Oeiras, são também as suas unidades museológicas. O Museu do Automóvel Antigo está sediado em Paço de Arcos, tendo sido criado através de um protocolo entre a Câmara Municipal de Oeiras e o Clube Português de Automóveis Antigos, encontrando-se aberto ao público desde 14 de Junho de 1990. A Fábrica da Pólvora é uma das unidades fabris mais antigas do concelho, cujas origens remontam ao século XV, quando D. Manuel instalou junto à ribeira de Barcarena engenhos de pilões para o fabrico de pólvora. Em 1988, a fábrica foi encerrada, sendo que em 1994, a Câmara Municipal de Oeiras tomou a iniciativa de adquirir à INDEP o complexo fabril. O complexo da Fábrica da Pólvora, abrange actualmente vários espaços, entre os quais: o Museu da Pólvora Negra, aberto ao público desde 1998. Especial realce ainda, para o aquário Vasco da Gama, inaugurado a 20 de Maio de 1898, com a presença da família real portuguesa e de figuras ilustres da época. Construído no âmbito da Celebração do 4º Centenário da Descoberta do Caminho Marítimo para a Índia, findas estas, a sua administração foi entregue Marinha de Guerra Portuguesa, onde permanece até hoje como organismo cultural.



Gastronomia :

             Da gastronomia tradicional, destaca-se no concelho de Oeiras as migas, açordas, favadas, feijoadas e o coelho à caçador. Na doçaria, destaque para o toucinho do céu e para os tabefes.

                                                                                                             Queijadas de Oeiras
Queijada de OeirasPalitos do Marquês
Palitos do Marquês