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domingo, 7 de outubro de 2012

Visita ao Concelho de Caminha


Localização :

             O Concelho de Caminha abrange uma área de 129,7 Km2, distribuída por vinte freguesias. O concelho é limitado a Sul pelo concelho de Viana do Castelo, a Norte pelo rio Minho, a Nascente pelos concelhos de Vila nova de Ceveira e por Ponte de Lima e a Poente pelo Oceano Atlântico.

Bandeira de Caminha

História :

           Sobre o topónimo principal do concelho, "Caminha", têm surgido várias interpretações, algumas das quais baseadas em lendas e crenças populares. Assim, a tradição popular conta que quando Jesus Cristo e S. Pedro passaram por aqui, S. Pedro perguntara: "Senhor, que nome terá esta terra?" ao que Jesus Cristo respondeu "Caminha, caminha que temos pressa...". Uma outra história remete a origem do topónimo para um fidalgo galego que deu o nome à "Terra de Caminha". Este chamava-se D. Caminio e viera com D. Afonso III de Leão, na Reconquista. Apesar destas interpretações serem bastante divulgadas, é de ter em conta que têm pouco valor cientifico, sendo o topónimo "Caminha" de difícil explicação e de origem e significado ainda desconhecidos. Supõe-se, contudo, que terá origem pré-romana, talvez com o radical dos velhos topónimos e antropónimos hispânicos "calamus". Uma outra possível interpretação é que o topónimo seja derivado do baixo latim "caminia", talvez relacionado com "caminho". Em 1258, D. Afonso III concede-lhe o título de senhorio que D. Dinis confirma e concede carta foral em 1284, reconhecendo-se assim o valor estratégico militar do porto de mar, já próspero das "Terras de Caminha". D. João I entrega o senhorio de Caminha a Fernão Mendes Coutinho em 10 de Fevereiro de 1390, concedendo à vila o privilégio de "porto franco". Esta medida foi em grande parte responsável pelo notável desenvolvimento da vida marítima e do comércio locais, permitindo também a construção da igreja matriz. A 20 de Julho de 1464, D. Afonso V faz Conde de Caminha, D. Henrique de Meneses, da casa de Vila Real, nesta se conservando a vila até 14 de Maio de 1641. Nesse ano, após a conspiração contra D. João IV, Caminha entrou na posse da Casa do Infantado, até à sua extinção em 1834. D. Manuel I, em 1 de Junho de 1512, outorga um novo foral, marcando uma etapa importante no desenvolvimento desta região.
             


Cultura e Turismo : 

                   Localizado numa zona de grande beleza paisagística, o concelho de Caminha dispõe de uma área atlântica costeira de praias excepcionais e de uma zona de montanhas bastante aprazível. Como locais de interesse turístico, são de destacar a Serra de Arga, o miradouro de Santo Antão, o Parque do Camarido e o miradouro do Calvário. A nível cultural o concelho dispõe de várias infra-estruturas e associações culturais e desportivas que promovem várias atividades, ao longo de todo o ano. 



Gastronomia : 

              Como pratos típicos do concelho de Caminha, destacam-se o ensopado de enguias e a perna de vitela no espeto, bem como o sável e a lampreia, na época própria.





                

Viagem e visita ao concelho de Monção



Localização : 

           O concelho de Monção situa-se no limite norte de Portugal, inserido-se na região do Alto Minho juntamente com mais nove municípios  estabelece fronteira com Espanha, através do Rio Minho, confinando com os concelhos de Arcos de Valdevez, Melgaço, Paredes de Coura e Valença. Para fins administrativos e estatísticos, o Concelho de Monção pertence á Região Norte de Portugal enquadrando-se na sub-região do Minho-Lima, compreendendo 33 freguesias ao longo de uma superfície territorial de cerca de 211 km2.




História :

              Monção situa-se entre dois fenómenos geográficos distintos, o extenso e fértil vale do rio Minho e as escarpadas montanhas, sendo  no sentido transversal, cortado por uma série de rios, ribeiros, riachos, que fertilizam a sua terra e permitem a ocupação a meia encosta. Se os vales são propícios para a prática de agricultura também os terrenos de alta montanha são os ideais para a prática da pastorícia  não sendo então raros os vestígios de ocupação um pouco por todo o lado. O rio Minho, desde sempre constituiu um elemento atrativo para a fixação de populações nas suas margens, podendo-se encontrar, junto dessas vários achados arqueológicos que testemunham um passado recheado de vestígios da passagem de diferentes povos por estas terras, sendo já vários os achados pré-históricos, alguns deles datados do Paleolítico encontrados nos terraços fluviais desde o rio. Assim como também já foram encontrados objetos líticos nos terraços fluviais do rio Minho, entre as freguesias de Tangil e Podame.


Gastronomia :

O concelho de Monção oferece um vasto cardápio de paladar caseiro e gostoso que compreende entre outros manjares, o arroz de lampreia do rio Minho, o sável e o salmão, geralmente servidos grelhados ou em caldeirada, o cabrito assado há moda de Monção, conhecido como a " Foda há Monção " e na doçaria, as delicias conventuais das barriguinhas de freira e os populares papudos e roscas. Consequência desta variedade e riqueza gastronómica, a autarquia monçanense em conjunto com os proprietários dos restaurantes locais e a região de turismo, levam a efeito a iniciativa " Domingos Gastronómicos " em Fevereiro, dedicado á promoção do arroz de lampreia do rio Minho e barriguinhas de freira.

Artesanato :

  O artesanato é um valioso instrumento de expressão do património cultural do concelho, sendo importante referir os bordados e as rendas, a cerâmica, a tecelagem, os trabalhos em madeira e as artes decorativas. Todos estes produtos constituem um património de valor incalculável que infelizmente corre o risco de se perder, uma vez que os artesões locais estão envelhecidos e as gerações mais novas hesitam em dar continuidade ao legado cultural herdado dos maiores.