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quarta-feira, 24 de abril de 2013

Viagem e visita ao concelho de Torres Vedras

Brasão de Torres Vedras

Localização

         Torres Vedras é um concelho do distrito de Lisboa, com uma área de 405.9 km2, distribuída por 20 freguesias, Torres Vedras faz fronteira a Norte, com o concelho da Lourinhã; a Este, com o de Alenquer; a Sudeste, com Sobral de Monte Agraço; a Sul com o concelho de Mafra; e a Oeste, tem o Oceano Atlântico.
Os principais recursos hidrográficos deste concelho são os rios Sizandro e Alcabrichel. O primeiro nasce junto a Patameira de Baixo (lugar da freguesia de Dois Portos) e desagua no oceano, junto à Praia Azul, no local designado por Foz do Sizandro, recebendo como afluentes os ribeiros de Gradil ou Pedrulhos, Safarujo, Alpilhão, Cuco ou Ilhas, Lamorosa, Cheleiros ou Dois Portos. O rio Alcabrichel nasce perto de Aldeia Grande (lugar da freguesia de Maxial) e desagua no oceano em Porto Novo (lugar da freguesia de Maceira), tendo por principais afluentes o Ribeiro do Caniçal, o Ribeiro da Pedra do Sino, a Regueira da Fonte do Casal, a Regueira do Vale Grande e o Rio da Várzea.
Na área deste concelho, estão registadas três nascentes de água mineral: na freguesia de A dos Cunhados, as Águas Santas do Vimieiro; na freguesia de Matacães, as Termas dos Cucos; e na freguesia de Ventosa, as da Quinta de Charnixe. Em redor da cidade existem diversas matas, das quais se destacam o pinhal de Penafirme e a Quinta de Paio Correia.  





História

         O povoamento do território que corresponde ao actual concelho de Torres Vedras é bastante remoto, tendo sido encontrados na sua área vários vestígios de povoados primitivos. Oliveira Freire afirma que a povoação foi fundada pelos Turdulos e Galo-Celtas no ano 38 A.C., não existindo no entanto qualquer prova deste facto. Ao certo, sabe-se que a região terá sido habitada desde a pré-história, sendo alguns dos seus vestígios mais antigos os vários castros descobertos por todo o concelho, entre os quais são de assinalar: o castro da Achada, situado no Monte da Achada, onde se pode ver o vestígio de uma muralha que corria paralelamente à escarpa do monte, e datado como pertencente ao inicio da Idade do Cobre; o Cabeço do Jardo, junto à freguesia de Maxial; o castro do Penedo, localizado 60 m acima do vale do Sizandro; o castro do Socorro, situado no cimo da Serra do Socorro; e o castro do Zambujal, um dos mais complexos povoados fortificados pré-históricos, situado a cerca de três quilómetros, a Sudoeste, da cidade de Torres Vedras. Da época de ocupação romana, foram também encontrados vários vestígios: no lugar de Quinta do Juncal (freguesia de Matacães), foi encontrada uma placa funerária, datada da segunda metade do século II; em Louriceira (freguesia de Torres Novas - S. Pedro e Santiago), descobriu-se uma estrela funerária de calcário, datada da segunda metade do século I; na Quinta da Macheia (freguesia de Matacães), encontrou-se um pedestal funerário, com a seguinte inscrição: LICINIA . P . F . MAXS / VMA . M . ANTISTI / VS . M . F . GAL . FACVND / VS . H . S . S / CORNELIA . T . F - BOVTIA / QVIVS . POSITA . EST / IN PRIMA . PARTE . IMA / GO . VIVA . SE . F . C, ou seja, " Licinia Máxima, filha de Públio, e Marco Antístio Facundo, filho de Marco, da tribo Galéria, estão aqui sepultados. Cornélia Búcia, filha de Tito, cujo retrato está colocado na parte superior, mandou em sua vida fazer (este monumento)"; em Santa Cruz (freguesia de Silveira), foi achado um túmulo romano com um epitáfio numa das cabeceiras; na Quinta de S. Gião (freguesia de Torres Novas - S. Pedro e Santiago), foi descoberta uma lápide, com a inscrição IVLIA . L . F . AMOE / NA . AN . XII . H . S . E / MA . D . S . F (Júlia Amena, filha de Lúcio, de doze anos de idade, está aqui sepultada. A mãe mandou fazer à sua custa). Deste modo, torna-se claro que a região foi bastante romanizada e a população deverá ter sido, nesses tempos, relativamente densa. Serão também desta época as "turres veteres" que originaram o topónimo Torres Vedras, sendo o segundo elemento do topónimo derivado do português arcaico vedras, "velhas", também encontrado na Galiza (por exemplo, Pontevedra), e que deriva do latim veteras, com o mesmo significado.
Após 711, a Península Ibérica é conquistada pelos povos muçulmanos e a região de Torres Vedras não escapou às invasões. Apesar de os vestígios relativos à presença deste povo serem parcos, chegaram até aos nossos dias, para além de várias lendas, referências a algumas igrejas que teriam sido antigas mesquitas, bem como a referência de que terá sido esse povo a reconstruir o castelo de Torres Vedras, por volta de 920. Em 1148, D. Afonso Henriques conquistou o castelo de Torres Vedras aos árabes, mandando reconstruir as fortificações e alguns edifícios na vila. Para atrair para o local habitantes cristãos, deu-lhe carta de privilégios, que lhe serviu de foral, até que em 15 de Agosto de 1250, D. Afonso III, estando na cidade de Évora, deu foral a Torres Vedras. A 25 de Fevereiro de 1267, o mesmo monarca doa o senhorio de Torres Vedras a sua mulher, D. Beatriz; em 1277, doa o padroado das igrejas da vila e por carta de 1279, o padroado da igreja de Santa Maria de Ribaldeira, a alcaidaria de Torres Vedras e vários bens em Matacães e vale de Mendaires. Segundo consta, foi a rainha D. Beatriz a fundadora dos paços velhos da vila de Torres Vedras, os quais existiram perto do castelo, no bairro de Carcavelos, e neles também edificou a capela, mais tarde ampliada pelo bispo de Lisboa D. João Martins, filho da dita soberana. Nesses paços se aposentavam e residiam os antigos reis de Portugal, sempre que passavam na vila. Pela morte de D. Beatriz, D. Dinis doou Torres Vedras, a sua mulher, a rainha D. Isabel de Aragão e a 20 de Março de 1293, o monarca concede a carta de feira de Torres Vedras que está na origem da criação da Feira de S. Pedro.
Em 1383, com a morte de D. Fernando, inicia-se a crise de sucessão, com a tomada de várias localidades pelos castelhanos, como foi o caso de Torres Vedras. A 10 de Dezembro de 1834, o mestre de Avis inicia o cerco ao castelo de Torres Vedras. Para isso, o mestre ordena a construção de um fosso por baixo do muro, em direcção do adro da igreja de Santa Maria, onde a galeria deveria ir romper. Principiaram-se os trabalhos disfarçadamente, debaixo de uma tenda de campanha e de modo que a galeria pudesse ser caminhada por soldados marchando dois a dois. As terras provenientes da cava iam sendo retiradas apenas durante a noite e levadas para longe, de modo a não levantar suspeitas do género de ataque que se preparava. Depois de exaustivos trabalhos, chegou a galeria ao local em que devia abrir dentro da praça, onde, porém, já alguns traidores haviam dado informações. Ao irromper no adro, travou-se a luta em extrema desigualdade de condições, por isso não chegou qualquer atacante de sair da cava, para onde os defensores atiravam pedras, tábuas, portas de casa, ao que lançavam fogo. Perante a inutilidade dessa operação, o mestre de Avis decidiu adotar outro recurso: o de abrir uma outra cava que minasse os alicerces da muralha e a fizesse derrubar. Este trabalho foi igualmente levado a cabo mas a resistência inutilizou também, por traiçoeiras informações, o seu êxito. O cerco foi levantado a 15 de Fevereiro de 1385, sem contudo lograr a sua conquista. Em 1413, estava em Torres Vedras D. João I e a sua corte, reunindo-se um conselho onde se discutiu a possibilidade de uma expedição a África, para renovar a guerra contra os mouros e alargar o domínio português. Da assembleia participaram os vários concelhos e, antes da sessão, houve missa solene do Espírito Santo, celebrada na capela dos paços. A 7 de Novembro de 1423, por alvará de D. João I, Torres Vedras e Alenquer passam a pertencer ao Termo de Lisboa.
Posteriormente, D. Duarte faz doação do senhorio de Torres Vedras a sua esposa D. Leonor de Aragão que fundou aqui a notável mercearia, destinada a sete donzelas ou viúvas pobres e de bom porte, daqui naturais, com a obrigação de ouvirem diariamente, cada uma das sete, uma missa por alma da régia instituidora, celebrada na capela dos paços velhos, obrigação que depois seria mudada para a igreja do mosteiro da Graça. As mercearias foram uma das mais importantes instituições de piedade e beneficência que existiram no país, antes do aparecimento das misericórdias. Eram casas que recebiam pessoas de ambos os sexos que tivessem possuído fortuna e que se vissem reduzidas à miséria, recolhendo também antigos combatentes. A rainha legou a esta mercearia de Torres Vedras a renda anual de 77 alqueires de trigo e para cada merceeira, 240 réis, pagos pelo almoxarifado de Torres Vedras. No caso de vaga, o lugar de merceeira era preenchido pela decisão de três vogais que eram o prior do mosteiro da Graça, o juiz de fora da comarca e o provedor da mesma, sendo depois confirmada a nomeação pela Mesa da Consciência e Ordens, em nome do rei. D. João II deu depois o senhorio de Torres Vedras a sua esposa, D. Leonor e D. Manuel procedeu de modo idêntico, pois o doou sucessivamente a suas mulheres, D. Isabel e D. Maria de Castela. Com esta acabou a série régia das senhoras de Torres Vedras, iniciada pela rainha D. Urraca de Castela. A 1 de Junho de 1514, D. Manuel concedeu Foral Novo à vila, sendo que o mesmo monarca, por alvará de 26 de Julho de 1520, institui a Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras. A 15 de Setembro de 1527 foi feito o recenseamento no concelho, sendo que a essa data, em Torres Vedras viviam 3 fidalgos, 15 cavaleiros, 23 escudeiros, 31 viúvas, 257 vizinhos, e "o mais o povo".  Por carta régia de D. João III, datada de 18 de Julho de 1533, Torres Vedras foi elevada a cabeça de comarca, sendo desanexada da comarca de Alenquer. No entanto, por oposição desta, aquela decisão só teve efeito prático em 1617, já em pleno período filipino. O mesmo monarca, por alvará de 26 de Setembro de 1542, concede aos frades torrienses da ordem de Santo Agostinho a gafaria de S. Lázaro, para no local desta se construir um novo convento. A escritura desta doação terá lugar a 20 de Setembro de 1544. A 1 de Novembro de 1755, um terramoto provoca grandes estragos no concelho, sendo o seu litoral varrido por um violento maremoto. Com o terramoto, foram destruídos, entre outros edifícios, o castelo de Torres Vedras, a casa grande da Quinta do Espanhol (S. Pedro da Cadeira) e a igreja de Santa Susana, em Maxial.
Em 1807, o exército francês, comandado pelo general Charlot, ocupa Torres Vedras e no ano seguinte dá-se a batalha do Vimeiro, tendo o exército francês, comandado por Junot, estabelecido quartel-general em Torres Vedras, enquanto que os britânicos desembarcavam em Porto Novo (freguesia de Maceira). A 3 de Novembro de 1809 inicia-se a construção do sistema de fortificações que ficará conhecido por "Linhas de Torres Vedras". As bases em que assentava o projeto concebido eram as seguintes: escolher uma posição que o inimigo não pudesse tornear nem deixar à retaguarda; que tivesse comunicação fácil e segura com o mar e que barrasse todas as comunicações dirigindo-se sobre Lisboa. Por outro lado, era necessário fortificar solidamente essa posição de forma a construir uma verdadeira praça de armas onde se concentrassem, reabastecessem e repousassem durante algum tempo, as forças do exército de campanha anglo-luso. Procedeu-se então à construção de uma série de redutos destacados e obras intermédias, cuja direita se apoiava no Tejo e a esquerda no mar, por meio do forte do Junqueiro. 
A 12 de Outubro de 1810, Massena estaciona as suas tropas frente às "Linhas de Torres", onde se tinha instalado, no dia 9 grande parte do exército anglo-luso comandado por Wellington. A 14 de Novembro o exército francês inicia a sua retirada dessas posições. No entanto, não será nesta época que Torres Vedras viverá a guerra mas sim aquando das guerras entre Liberais e Absolutistas, sendo que nos dias 19 e 20 de Dezembro de 1846 foi esta localidade ocupada por tropas constitucionais, comandadas pelo Conde de Bonfim  na noite de 21 para 22 foi a vez de chegar junto a Torres Vedras as tropas comandadas pelo Marechal Saldanha. A batalha de tomada de Torres Vedras deu-se nos dias 22 e 23, terminando com a rendição do Conde de Bonfim. 

Bandeira de Torres Vedras

Cultura e Turismo : 

            Torres Vedras prima pela diversidade de oferta turística, caracterizando-se pela sua beleza e riqueza natural, bem como pelo seu património cultural e edificado. O concelho de Torres Vedras abrange cerca de vinte quilómetros de costa marítima, dispondo de praias de considerável interesse. As mais conhecidas praias são as de Santa Rita, Porto Novo, Assenta e, de modo particular Santa Cruz. Na freguesia de Maceira, situa-se a praia de Santa Rita que, segundo a tradição deve o seu nome ao facto de ter naufragado nas suas águas um navio, de cujos destroços, foi dar à costa uma imagem de Santa Rita de Cássia. Por esse facto terá sido edificada, nas arribas uma ermida dedicada a Santa Rita. A Praia de Porto Novo situa-se na foz do rio Alcabrichel, na freguesia de Maceira; antigo porto piscatório, esta praia é também conhecida por ter sido o local de desembarque das tropas britânicas que viriam a combater na batalha do Vimeiro, aquando da primeira invasão francesa. Situada no extremo Sul do concelho, junto à estrada para a Ericeira, a praia de Assenta pertence à freguesia de S. Pedro da Cadeira.
A Praia de Santa Cruz destaca-se pelo seu extenso areal e é uma das mais procuradas durante a época balnear. Situa-se na freguesia de Silveira, tendo sido originalmente uma pequena aldeia de pescadores que se foi transformando numa estância de veraneio. A praia de Santa Cruz divide-se por várias praias: do lado Sul situam-se a praia das Amoeiras, a praia do Bidé (nome derivado do facto de as rochas formarem uma espécie de piscina pequena) e a Praia Formosa (antigo porto de abrigo); segue-se a praia do Gincho, e a antiga praia de Santa Cruz (propriamente dita) e que hoje é mais conhecida como da Torre ou do Cais da Azenha; a Norte, estão as praias da Fisica, do Pisão, do Mirante e do Navio (nome atribuído pelo facto de em Fevereiro de 1929 o navio norueguês Hay aí ter encalhado); seguindo o extenso areal encontram-se ainda as praias do Alemão, do Amanhã, do Além e do Seixo que fazem a ligação ao areal de Santa Rita, junto ao Porto Novo. Na Praia de Santa Cruz, os veraneantes dispõem também de um aeródromo com voos turísticos, um fosso olímpico de tiro, piscina e um vasto calendário de animação, durante os meses do Verão. O Aeródromo Municipal foi inaugurado a 27 de Julho de 1931 e é um dos aeródromos civis mais antigos do país. O aeródromo conta com um mini heliporto, e dois hangares onde se encontram as instalações dos principais operadores do aeródromo, o Aeroclube de Torres Vedras e a empresa Aeroplano - Planeamento, Exploração e Manutenção de Aeronaves, Lda. De destacar também ao nível de recursos naturais do concelho de Torres Vedras são as grutas dos Cucos e estâncias termais de Cucos e do Vimeiro. As grutas dos Cucos constituem um dos vários elementos patrimoniais da riqueza e diversidade geológica e histórico-cultural da área natural dos Cucos, situando-se a Sudoeste de Torres Vedras e a Sul das Termas dos Cucos. Administrativamente estas cavidades pertencem à freguesia de S. Pedro e Runa, concelho de Torres Vedras. De um modo geral estas cavidades apresentam um desenvolvimento muito reduzido e, consequentemente (embora não seja regra geral), pouco interesse tem do ponto de vista estritamente Espeleológico. No entanto, sob o aspecto Arqueológico, algumas delas são extremamente importantes para o conhecimento da pré-história já que estão situadas numa zona de importantes descobertas arqueológicas. Quanto as termas e nascentes de águas minero-medicinais existentes no concelho são de destacar, como já referido, as termas dos Cucos e do Vimeiro. As termas dos Cucos, cujo alvará de licença data de 25 de Outubro de 1893, situam-se a cerca de 2 km da cidade, a 33 m de altitude, na margem direita do rio Sizandro. As características das águas e lamas dos Cucos e as técnicas terapêuticas utilizadas estão indicadas para o tratamento de: Reumatismos Inflamatórios (Artrite Reumatoide, Espondilite Aquilosante, Artrite Psoriásica e outros); Reumatismo Degenerativos (Artroses, Espondilartroses, Gonartroses, Coxartrose); Reumatismos Metabólicos (gota); Ciática; Nevralgias; e Sequelas de Traumatismos. Quando às termas do Vimeiro, situam-se na povoação de Maceira, freguesia de A-dos-Cunhados, a 2 km da freguesia do Vimeiro (concelho da Lourinhã), que lhe deu o nome, estando em funcionamento desde 1896.
No que diz respeito ao património cultural e edificado do concelho, são vários os locais de interesse. O castelo de Torres Vedras, reconstruído por D. Afonso Henriques após a conquista aos Mouros, foi sofrendo várias alterações ao longo dos séculos; encontra-se implantado num monte, sendo constituído por muralha, capela, alcáçova e cisternas. Em virtude do terramoto de 1755, apenas restam panos de muralha que assentam em muros de épocas anteriores a Idade Media; uma pequena torre cilíndrica a S.E. (que tem no interior uma sala de dois corpos e dois planos com abóbada de nervuras); no terreiro sinais do antigo paço, locais de cisternas e as ruínas do Palácio dos Alcaides, construído sobre alicerces e muros de edificações anteriores. Esse palácio era originalmente composto por dois andares que davam para um pátio anterior, sendo que dele restam apenas as paredes exteriores, a porta de entrada e alguma tijoleira. Da mesma forma, as muralhas da vila perderam-se quase por completo, restando apenas alguns vestígios na parte Leste do castelo.
Destaque também para as várias igrejas de Torres Vedras: a igreja de Santa Maria, de fundação bastante remota, sendo ainda visíveis restos do portal românico e inscrições em caracteres unciais; a Igreja de S. Pedro, reconstruída no século XVI e que conserva na fachada um portal tipo manuelino com decoração de influência renascentista, encimado pelas armas de D. João III e de D. Catarina de Áustria; a igreja de Santiago, reconstruída na transição do século XVI pare o XVII, época de que se conservam janelões e contrafortes; e a Igreja da Misericórdia em Torres Vedras, construída entre 1681 e 1752. Ainda no que diz respeito ao património concelhio, é de realçar o convento da Graça, fundado no século XVI por eremitas calçados de Santo Agostinho, o convento está hoje ocupado em parte pelo Museu Municipal. O Museu Municipal Leonel foi inaugurado a 21 de Junho de 1929, tomou, em 1999, a designação de "Museu Municipal Leonel Trindade". Foi fundado com base num conjunto de coleções representativas do valor artístico e histórico do passado de Torres Vedras, tendo começado por ser um pequeno, mas significativo, museu de Arte Antiga. Inicialmente instalado nas Salas da Irmandade dos Clérigos Pobres, anexas à Igreja de S. Pedro, foi transferido, em 1944, para o antigo edifício-sede da Santa Casa da Misericórdia, aumentando consideravelmente a área de exposição. Ao longo dos anos, foi aumentando e diversificando o seu espólio, com especial destaque para a coleção de Arqueologia, que o fez ganhar uma projeção internacional. Em 1989 foi transferido para o antigo Convento de N. S. da Graça. O seu acervo é constituído por importantes coleções de arqueologia, epigrafia, pintura antiga, arte sacra, cerâmica, faiança, porcelana, azulejaria, numismática, medalhística, etnografia, mineralogia, paleontologia, pintura contemporânea, bem como por núcleos históricos dedicados ao município e às famosas Linhas de Torres.

                                                                                                   Praia da Areia Branca 
Termas dos Cucos 


Gastronomia

         Da gastronomia tradicional de Torres Vedras, destaque para: a cachola de porco, a carne de porco frita e o arroz de matança. Como doce típico do concelho, destaque para o pastel de feijão.

                                                                                                         Pastéis de Feijão 
Pastéis de FeijãoCachola de Porco
Cachola de Porco 

Queijo Saloio
Queijo saloio