Translate

terça-feira, 5 de março de 2013

Viagem e visita ao concelho de Castelo Branco

Brasão de Castelo Branco

Localização

         Castelo Branco abrange na sua área administrativa 25 freguesias, uma das quais é sede da vila de Alcains e a cidade de Castelo Branco, composta pela freguesia homónima, ocupando uma área de 1439.9 Km2, o concelho de Castelo Branco e é sede do distrito homónimo. Faz fronteira a Norte com o concelho do Fundão; a Sul com o de Vila Velha de Ródão e com o rio Tejo que o separa da vizinha província espanhola de Cáceres. A Este o concelho de Castelo Branco é limitado por Idanha-a-Nova e a Oeste pelos concelhos de Oleiros e Proença-a-Nova. Castelo Branco tem como principais cursos de água o rio Ponsul, a Leste, o rio Ocresa, a Oeste e o rio Tejo, a Sul, geologicamente, o concelho de Castelo Branco caracteriza-se por serras áridas constituídas por solo granítico. Relativamente à sua área florestal, esta é composta principalmente por azinheiro, sobreiro, oliveira e carvalho.


História

       É quase desconhecida a história desta região até à sua conquista aos mouros por D. Afonso Henriques. Notícias mais ou menos seguras apenas existem as que se referem à velha sede episcopal de Egitânia, destruída pelos suevos, reedificada pelos godos e novamente arrasada pelos árabes o que também deverá ter acontecido com o povoado que antecedeu Castelo Branco. Em 1165, D. Afonso Henriques faz doação da região à Ordem do Templo, confirmada por D. Sancho I em 1198. Já em 1209, Fernando Sanches doou à mesma Ordem metade das terras onde se supõe ter existido a cidade romana de Castra Leuca e que na altura adotava o topónimo de Vila Franca da Cardosa; no entanto, cinco anos mais tarde, a parte que esse doador reservara para si encontrava-se já no poder da coroa, visto que a 1 de Novembro 1214, D. Afonso II fez nova doação dela aos Templários. Supondo que as ruínas que lhes doavam eram da velha Castra Leuca, passaram a denomina-la Castelo Branco, tradução portuguesa do antigo nome. Em 1252, o mestre do templo D. Pedro Alvites, concedeu a Castelo Branco o primeiro foral. A importância que lhe deu a poderosa ordem militar e o facto de dominar uma região agrícola de larga produção, levou D. Dinis, em 1319, a mandar defende-la com muralhas, nas quais se abriam dez portas que persistiram até 1835. O mesmo monarca instituiu em Castelo Branco uma comenda da Ordem de Cristo com jurisdição em muitas outras comendas de aquém e além Tejo e a 22 de Setembro de 1495, Pedro de Sousa, visitador da Ordem de Cristo, concedeu-lhe um novo foral. D. Manuel I, após a visita que fez a Castelo Branco, concedeu-lhe Foral Novo, datado de 1 de Junho de 1510. Durante o governo do Marquês de Pombal, a vila foi elevada à categoria de cidade por alvará de 15 de Agosto de 1771, sendo nesse mesmo ano criada a sede episcopal pelo breve pontifício de Clemente XIV, datado de 17 de Junho do mesmo ano, compreendendo as comarcas de Castelo Branco e Abrantes, desmembradas da diocese de Guarda. Na diocese foi provido como primeiro bispo o dominicano D. Frei José de Jesus Maria, preceptor dos filhos do famoso ministro de D. José. No entanto, a diocese veio a ser suprimida pela bula de 30 de Setembro de 1881, executada pelo Cardeal D. António, a 4 de Setembro de 1882. A 18 de 1956, por decreto da Sagrada Congregação Consistorial, Pio XII determinou que a igreja de S. Miguel de Castelo Branco fosse elevada à mesma categoria eclesiástica e à mesma dignidade litúrgica da catedral de Portalegre e que a cidade de Castelo Branco se tornasse a residência oficial do bispo da diocese. Este conjunto diocesano tomou o nome de "Diocese de Portalegre e Castelo Branco", sendo o seu primeiro prelado D. Agostinho de Moura. Pelo decreto de 7 de Setembro de 1856 que suprimiu os concelhos de S. Vicente da Beira e Vila Velha de Ródão, foram estes anexos ao de Castelo Branco, do qual posteriormente se desanexou o de Vila Velha de Ródão, que foi restaurado em 13 de Janeiro de 1898.

Bandeira de Castelo Branco

Heráldica

Brasão: de vermelho com um castelo de prata aberto e iluminado de negro. Coroa mural de prata de cinco torres. Listel branco com os dizeres «Cidade de Castelo Branco», de negro.

Bandeira: quarteada de quatro peças de branco e quatro de negro. Cordões e borlas de prata e de negro. Haste e lança douradas.

Selo: circular, tendo ao centro a peça das armas, sem indicação dos esmaltes. Em volta, dentro de círculos concêntricos, os dizeres «Câmara Municipal de Castelo Branco».

Cultura e Turismo

           No que diz respeito a recursos turísticos, Castelo Branco é um concelho onde existem bastantes atrativos  desde belas paisagens, jardins e monumentos. O Jardim Episcopal é sem dúvida um grande ex-librís da cidade; construído no século XVIII, por iniciativa do Bispo D. João de Mendonça, este jardim é único pela sua originalidade. É composto por vários lagos, cascatas, estátuas e escadarias, sendo de se destacar a escadaria dos Reis, onde se vê estatuas de todos os monarcas portugueses; espalhadas pelos jardins encontram-se ainda outras estátuas a representar os Novíssimos do Homem, as Virtudes Cardiais e Teologais, os Signos do Zodíaco, as cinco partes do Mundo, as Estações do Ano, os Evangelistas, os Doutores da Igreja, os Apóstolos, entre outros. No concernente a unidades museológicas, o destaque vai para o Museu Francisco Tavares Proença Júnior, instalado no antigo Paço Episcopal de Castelo Branco. Este museu tem por base a coleção arqueológica de Francisco Tavares Proença Júnior, posteriormente reforçado com peças do recheio do Paço Episcopal e sucessivamente enriquecido com conjuntos de numismática, ourivesaria romana e visigótica, armaria e colchas de Castelo Branco.
                                                                                               Jardim Episcopal 
Jardim Episcopal 

Jardim Episcopal

Gastronomia

             A gastronomia do concelho de Castelo Branco é bastante variada, destacando-se: as empadas de Castelo Branco, a sopa de Matação, o cabrito assado, o laburdo, o fígado de cebolada, a perdiz no forno, o queijo de Castelo Branco (picante), o ensopado de cabrito de Tinalhas, a fressura com ervas, o ensopado de cabrito e seventre e o bucho recheado de Lardosa. Na doçaria, são tradicionais as papas de carolo, o arroz doce, as tigeladas, as broas de mel, os biscoitos de azeite, os borrachões , os minutos e a bola de Páscoa.