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sábado, 22 de dezembro de 2012

Viagem e visita ao concelho de Gondomar

Brasão de Gondomar

Localização : 

         É sede de um município com 133,26 km² de área, subdividido em 12 freguesias. Este concelho faz fronteira a Norte com os concelhos de Maia e Valongo, a Este com Valongo, Paredes e Penafiel, a Oeste com o Porto e Vila Nova de Gaia e a Sul com o rio Douro que atravessa o concelho numa extensão de aproximadamente 30 Km, separando Gondomar dos concelhos de Santa Maria da Feira, Castelo de Paiva e uma pequena parte de Arouca. A sua formação geológica é em grande parte composta por terrenos abundantes em minérios e granito e a sua zona florestal rica em pinheiros bravos e mansos, carvalhos, sobreiros, eucaliptos e medronheiros.


História :  

       A comprovar a ancianidade do povoamento do território que hoje corresponde ao concelho de Gondomar, estão os vários vestígios de diferentes povos que passaram por este local. Supõe-se que o povo romano foi um dos que mais influenciaram a região com os seus hábitos e tradições, atribuindo-se a este povo a exploração das minas de ouro nas regiões próximas e na própria área do concelho.
Também o povo visigodo deixou aqui a sua marca. Atribui-se aliás a explicação do topónimo a este povo. Segundo a tradição, o rei visigodo Gundemario, em 610, aqui teria fundado um couto, e dado o seu nome à povoação; contudo, nunca foram encontrados vestígios que comprovassem a passagem dos cavaleiros visigodos por esta terras. Segundo alguns autores, o topónimo deriva de "Gundjia", que designa, no alto-alemão, "Batalha", e de "Meer" , sinónimo de destreza, cujo alatinamento originou a palavra "Gundemare", "Gundimarus" e mais tarde Gondomar. Uma outra interpretação para o topónimo é a de que este teria origem nas minas de ouro, outrora exploradas na região, sendo a sua raiz etimológica "Guld malm". A terra de Gondomar foi coutada em 5 de Abril de 1193 por D. Sancho I, a favor do bispo do Porto, D. Martinho Rodrigues, tendo sido erguidos 10 marcos para demarcação do território do couto. Este couto foi confirmado por D. Afonso II que "fez honra de Gondomar" a D. Soeiro Reymondo que aqui tinha um solar. Segundo as Inquirições de 1258, o couto abrangia as igrejas de Foz do Sousa, Jovim, Fânzeres, Valbom, S. Pedro da Cova, Campanhã, Baguim, S. Cosme, Lebrinho, Avintes, Melres e o Mosteiro de Rio Tinto. Em 1380, o senhorio de Gondomar pertencia a Afonso Vasques Correia, por doação de D. Fernando, doação essa que viria a ser confirmada por D. João I em 1388. Já em 1433, D. Duarte fez a doação da terra ao seu cavaleiro-mor Fernão de Sá e em 1470 passou, por doação de D. Afonso V, para a posse de Maria de Vilhena, segunda mulher de João Rodrigues de Sá, vedor da Fazenda do Porto. Mais tarde, em 1484, foi de novo doada, mas desta feita à terceira mulher do já referido João de Sá, Joana de Albuquerque. No reinado de D. Manuel, em 1515, é outorgado o foral ao Município de Gondomar. Data de 1868 a incorporação no concelho das freguesias de S. Cosme, Valbom, Rio Tinto, Fânzeres, S. Pedro da Cova, Jovim, Foz do Sousa, Covelo, Medas, Melres e Lomba. Formalmente, só em 1927 a sede do concelho - S. Cosme - foi confirmada como Vila de Gondomar, mediante pedido à presidência da República. Recentemente Valbom ascendeu à categoria de Vila, foi criada a freguesia de Baguim do Monte e Rio Tinto tornou-se cidade.

Bandeira de Gondomar

Cultura e Turismo :

            O concelho de Gondomar caracteriza-se pela interação entre a ruralidade e o urbanismo, dispondo de grandes potencialidades turísticas e naturais, em que o rio Douro desempenha um papel fundamental. Este rio é, por um lado, um importante condicionador económico e simultaneamente um espaço de lazer, onde se podem praticar vários desportos como a vela, remo e canoagem, ou simplesmente desfrutar as várias praias fluviais. O montanhismo e o campismo são práticas também bastante procuradas, uma vez que o concelho dispõe de várias infra-estruturas que facilitam e apoiam este tipo de atividades  Gondomar dispõe ainda de vários museus temáticos, um auditório e inúmeras estruturas para a prática do desporto.


Gastronomia :

      A tradição gastronómica de Gondomar está profundamente relacionada com a proximidade do rio Douro, sendo o sável e a lampreia espécies indissociáveis das ementas do concelho. Como pratos típicos, são de destacar a "lampreia à bordaleza", o "arroz de lampreia", o "sável no espeto" e a "açorda de milharas". No que diz respeito à doçaria, são de salientar os famosos "bolinhos de nozes à moda de Gondomar".




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