Translate

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Viagem e visita ao concelho de Mortágua

Brasão de Mortágua

Localização

       É sede de um município com 248,59 km² de área e subdividido em 10 freguesias, o concelho de Mortágua está inserido na Região Centro, no extremo sudoeste do distrito de Viseu, sendo limitado a Norte pelos municípios de Águeda e Tondela que de novo o tocam a Nordeste, a Sul pelo de Penacova, a Este pelo de Santa Comba Dão, a Oeste pelo de Anadia e a Sudoeste pelo da Mealhada. Localizado na confluência das serras do Caramulo e Buçaco, o concelho de Mortágua ocupa um território particularmente acidentado. A região em que está inserido caracteriza-se por um clima mediterrânico, com a estação quente bem marcada e seca, estando sob a influência atlântica vinda pela depressão do Vale do Mondego.



História

           Por análise de documentos do século IX e X, a primitiva grafia do topónimo do concelho teria sido "Mortalagua", cujo significado permanece sem interpretação. Contudo, a respeito do topónimo, a tradição popular conta que o território que constituiu o atual centro do concelho estava ocupado por um lago; Com a chegada dos romanos, esse lago teria sido drenado e o sítio passou a ser conhecido como Mortágua, ou seja sítio da "Água Morta". Em inícios da nacionalidade, as terras do concelho de Mortágua encontravam-se na posse da coroa que mais tarde, reservando para si apenas uma das veigas, fez a doação do restante a instituições religiosas, a fidalgos ou a pessoas de influência local. Este foi o caso de Vasco Martins de Vila Nova que recebeu de D. Sancho I o aforamento dos direitos reais no concelho. Em 1192, Mortágua recebe o seu primeiro foral, passado por D. Dulce, esposa de D. Sancho I, mais tarde confirmado por D. Manuel I, em 1514. Ao que se sabe, após a morte de Vasco Martins, o território passou de novo para a coroa, pelo menos até ao reinado de D. Afonso III que doou a vila de Mortágua a D. Teresa Fernandes de Seabra e anos depois à bastarda Leonor Afonso. D. Afonso IV determinou que a administração da justiça nos concelhos passasse a ser exercida por um juiz de nomeação régia, em substituição dos juízes da terra. Foi por esta altura que aconteceu um episódio caricato no concelho de Mortágua, alusivo a estes juízes de fora. Conta-se que por volta de 1330, existia um fidalgo de nome D. Gil Fernandes de Carvalho que tinha na povoação de Carvalho (Penacova), o seu solar. Em Mortágua existiam várias queixas contra um criado seu a quem não era aplicada a justiça pelos juízes do concelho. Para atender a estas queixas, foi nomeado um magistrado de Coimbra que mandou prender o criado ao pelourinho de modo a ser açoitado. Quando D. Gil tomou conhecimento do facto, esperou o juiz no seu regresso a Coimbra e cortou-lhe as orelhas e o nariz. Temendo a fúria persecutória do rei, D. Gil fugiu para Castela. Em 1340 participou ao lado dos castelhanos, na Batalha do Salado, contra os muçulmanos. Considerando a sua participação nesse evento, o rei D. Afonso IV perdoou-lhe a atitude e deixou-o regressar à pátria.

Bandeira de Mortágua

Heráldica

Brasão: em campo de prata, sete faixas ondadas de azul, distanciadas igualmente. Orla de negro carregada de oito pinhas de ouro realçadas de negro. Coroa mural de prata de quatro torres.

Bandeira: esquartelada de amarelo e de azul. Haste e lança douradas.


Cultura e Turismo

          Banhado pelas águas da Albufeira de Agueira e pelas ribeiras de Mortágua e da Fraga e enquadrado pelas serras do Buçaco e do Caramulo, o concelho de Mortágua tem a oferecer belíssimas paisagens, sendo de destacar como principais pontos de interesse a barragem da Aguieira e a Praia Fluvial do Vau. 

Praia Fluvial do Vau

Gastronomia

         Bastante rico em termos de tradições gastronómicas, dos pratos típicos do concelho de Mortágua destacam-se a famosa chanfana. Na doçaria, destacam-se o bolo doce, as filhós de abóbora menina, o bolo rei, os sonhos e a broa de milho.

Filhós de Abóbora Menina
Chanfana 




Nenhum comentário:

Postar um comentário