Localização :
O concelho de Mangualde ocupa uma área de 220.7 Km2 , distribuída por 18 freguesias. Localizado na região centro, na província da Beira Alta, distrito de Viseu, o concelho de Mangualde faz fronteira a Norte com os concelhos de Penalva do Castelo e Viseu, a Sul com os concelhos de Gouveia, Seia e Nelas, a Este com os concelhos de Fornos de Algodres e a Oeste com o concelho de Viseu. O concelho é atravessado a Norte pelo rio Dão e a Sul pelo rio Mondego, constituindo ambos fronteiras naturais do mesmo. Além destes rios, Mangualde é ainda atravessado por uma série de ribeiras e riachos todas elas de fraco caudal, sendo de se destacar a ribeira de Frades, a ribeira do Castelo e a de Videira, na metade Oeste do concelho. A barragem de Fagilde é a maior extensão hidrográfica existente e limita a fronteira a Norte do concelho.
História :
Em virtude da sua localização, o concelho de Mangualde foi desde sempre ocupado por várias civilizações desde a pré-história, estando a primitiva presença do homem documentada, através de vários monumentos deixados pela civilização dolménica e através do espólio encontrado nos castros existentes. É o caso da Orca dos Braçais (ou do Braçal) e a Orca de Gandufe; o Complexo Rupestre da Quinta da Ponte, num afloramento granítico junto ao rio, na freguesia de Espinho. A maior parte dos vestígios arqueológicos são, no entanto, da época romana, dando-se a título de exemplo os vestígios encontrados na freguesia de Chãs de Tavares, mais precisamente no Monte do Bom Sucesso; uma habitação rural, fragmentos de cerâmica de construção e doméstica, são apenas alguns desses achados arqueológicos. Nesse mesmo monte, ainda existem vestígios de uma muralha; este local foi chamado de "Berço dos Mouros" e D. Teresa, mandou-o reconstruir, em 1114. A 10 de Março de 1994, por despacho do Secretário de Estado da Cultura, com o parecer do Conselho Consultivo do IPPAR, foi determinada a classificação do Castro do Bom Sucesso como Monumento Nacional. À ocupação romana é atribuída a edificação de uma fortaleza que mais tarde viria a ser ocupada por um mouro de nome Zurara, passando a fortaleza a chamar-se "Castelo de Zurara", dando posteriormente o nome ao antigo concelho de "Azurara da Beira". Os últimos vestígios desse castelo acabaram por ser demolidos em 1828 para dar lugar a um santuário com o nome de Nossa Senhora do Castelo. Como já foi referido, nos inícios da nacionalidade o concelho adotava o nome de Azurara da Beira, designação que manteve até ao século XVIII. Em 1102 o conde D. Henrique deu-lhe foral que foi confirmado por D. Afonso III em 1218. A 13 de Setembro de 1379, D. Fernando e D. Leonor doaram a Quinta de Santo André, nos limites de Azurara da Beira, a Diogo Afonso de Figueiredo, sogro de Álvaro Gil Cabral. Este último recebeu estas terras como recompensa da sua fidelidade a D. João I durante a crise de sucessão, em 1383. Em 1437, D. Duarte confirmou a doação da Quinta de Santo André a Fernão Cabral, pai de Pedro Álvares de Cabral e alcaide mor da vila e em 1514, D. Manuel I concedeu foral novo a Azurara da Beira. A 3 de Julho de 1986, Mangualde foi elevada a cidade e sede de concelho.
Cultura e Turismo :
O concelho de Mangualde está integrado na região de turismo Dão-Lafões, sendo vários os atrativos turísticos. Um dos locais mais conhecidos e procurados do concelho são as termas de Alcafache, situadas no vale do rio Dão e indicadas para o tratamento de reumatismos, broquites, rinites e laringites crónicas. A nível cultural, destaca-se o cineauditório do complexo paroquial, uma das principais infra-estruturas culturais do concelho.
Gastronomia :
Da gastronomia tradicional do concelho de Mangualde, podem-se destacar: o cabrito assado no forno de lenha, o queijo da serra, os presuntos, os enchidos e o pão de centeio. Na doçaria, uma especial referência para os pasteis de feijão do "patronato", o leite creme torrado e o arroz doce com canela.
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