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quinta-feira, 23 de maio de 2013

Viagem e visita ao concelho de Loures

Brasão de Loures

Localização

           O concelho de Loures está integrado no distrito e área Metropolitana de Lisboa, situando-se na margem direita do rio Tejo, tem uma área de 167.9 km2, distribuída por 18 freguesias, seis das quais sede em vila (Bobadela, Bucelas, Camarate, Moscavide, Santa Iria de Azóia e Santo António dos Cavaleiros) e duas sede em cidade (Loures e Sacavém). A cidade homónima é sede de concelho e comarca, situando-se a cerca de 20 metros de altitude, no centro de uma extensa várzea com o mesmo nome.
Faz fronteira com os concelhos de Vila Franca de Xira e Arruda dos Vinhos, a Norte; Mafra, a Oeste; e a Sul, Sintra, Odivelas e Lisboa.




História :

          Em 10 de Outubro de 1833 travou-se nos campos de Loures um combate entre os exércitos liberais e miguelistas com a vitória dos primeiros. O concelho foi criado por Decreto Real de 26 de Julho de 1886, na sequência da extinção do concelho dos Olivais.
A 19 de Novembro de 1998, sete das então 25 freguesias do concelho, que se situavam na parte sudoeste do mesmo, desintegraram-se administrativamente, para dar origem a um novo município tendo ficado este com o nome da freguesia maior, Odivelas. Actualmente o concelho de Loures conta com 18 freguesias.
Actualmente, existe um movimento que defende mais uma divisão do concelho, centrado em torno da cidade de Sacavém, defendendo a criação do concelho de Sacavém, formado pelas dez freguesias da zona oriental do actual concelho de Loures. Não é um movimento novo, datando já desde a implantação da República, mas ganhou novo fôlego com a criação do concelho de Odivelas.
Está actualmente em discussão uma alteração de limites que colocariam toda a área do Parque das Nações dentro do Concelho de Lisboa, formando a Freguesia do Oriente. Tal alteração representaria a diminuição do território das freguesias de Moscavide e de Sacavém e Santa Maria dos Olivais (concelho de Lisboa), mas é defendida pelos habitantes e organizações do Parque das Nações, de forma a existir uma só estrutura administrativa nesse bairro (que, funcionalmente, pertence à Parque Expo).
Na história de Loures, é também de destacar o facto de aqui, a implantação da República ter precedido em um dia o resto do país: foi no dia 4 de Outubro de 1910 que os republicanos de Loures proclamaram o estabelecimento do novo regime, nos Paços do Concelho. Também tem relevância histórica para a Revolução dos Cravos, pois à época, o Quartel da Pontinha, situado na freguesia homónima, situava-se no concelho de Loures.   

Bandeira de Loures

Heráldica

        O município de Loures usa a seguinte bandeira e brasão de armas:
Um escudo de ouro, com uma fonte de negro brotando água de azul, realçada de prata. Uma bordadura de púrpura, carregada de oito ramos de três laranjas de ouro, ligados por troncos e folhados de verde. Uma coroa mural de cinco torres de prata. Um listel branco, com a legenda de negro, em maiúsculas: «LOURES». Bandeira gironada de amarelo e negro; cordões e borlas de ouro e negro.
Até 1990, data da sua elevação a cidade, o concelho de Loures usava um brasão idêntico, excepto no tocante ao número de torres da coroa mural (quatro em vez das actuais cinco); de igual forma, para reflectir o novo estatuto, a partição da bandeira passou de esquartelada para gironada.
Antes de 1956, o concelho usava por brasão aquele que havia sido o do antigo concelho dos Olivais.


Cultura e Turismo

         O património edificado e natural do concelho de Loures apresenta diversos pontos de interesse, desde os núcleos antigos, inseridos nos aglomerados urbanos e rurais; à arquitectura rural (quintas, casas de lavoura, habitações rurais; passando pela arquitectura de apoio à produção agrícola (azenhas, moinhos, lagares, adegas, instalações fabris) bem como, pela arquitectura religiosa. São vários os moinhos existentes por todo o concelho de Loures, destacando-se a esse nível o Moinho da Apelação, reconstruído recentemente e que funciona como fábrica de pão, onde os visitantes podem tomar contacto com as técnicas tradicionais do seu fabrico.
Ainda no que diz respeito a património, como já foi referido, existem no concelho vários imóveis de grande interesse. Assim, merecem especial destaque: a Quinta de Valflores, situada na freguesia de Santa Iria de Azóia, cuja construção remonta ao século XVI; a Quinta de Palhais, em Loures que pertenceu aos condes de Castelo Melhor; a Quinta das Maduras, em S. Julião do Tojal; a Quinta da Vitória, em Portela, a Quinta da Ribeirinha, situada em Camarate, que pertenceu à Colegiada de S. Lourenço da Mouraria e, por sua extinção, ao Seminário de Santarém, sendo que actualmente funciona como quinta de recreio; a Quinta da Massaroca, em S. João da Talha; a Quinta da Abelheira, junto ao Rio Trancão, na freguesia de S. Julião do Tojal que pertenceu aos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho do Mosteiro de S. Vicente de Fora de Lisboa; o Palácio e Quinta do Correio-Mor, em Loures, o Palácio de Pintéus, em Santo Antão do Tojal; o palácio barroco da Mitra, também em Santo Antão do Tojal, totalmente reformulado pelo primeiro Patriarca de Lisboa, D. Tomás de Almeida; o Castelo de Pirescoxe, Santa Iria de Azóia, actualmente em ruínas e cuja data de construção remonta ao século XV.
No que diz respeito a recursos e infra-estruturas naturais do concelho, destaque para o Parque Municipal de Cabeço de Montachique, em Fanhões, que dispõe de um circuito de manutenção, campo de ténis e um campo de futebol; as Grutas de Salemas, em Lousa; e o Pinhal da Paiã, em Pontinha. O concelho de Loures dispõe de várias unidades museológicas, sendo a principal o Museu Municipal de Loures, instalado na Quinta do Conventinho. Anteriormente, a quinta havia funcionado como convento de frades capuchos, permanecendo esse espaço na posse dos ditos monges até 1834, ano em que a abolição das ordens religiosas fez cessar a sua função de mosteiro. O imóvel transitou então para a posse de um particular, até que em 1995 foi adquirido pela Câmara Municipal de Loures. A 26 de Julho de 1998 foi inaugurado o museu. Aí se encontra instalado o Centro de Documentação Anselmo Braamcamp Freire, especializado na história do concelho de Loures e criado em 1996. Uma outra importante unidade museológica é o Museu de Cerâmica de Sacavém, inaugurado a 7 de Junho de 2000.






Gastronomia :

         Da gastronomia do concelho de Loures, são de destacar o arroz de cabidela, as favas saloias, o bacalhau à saloia e o coelho à caçador. Na doçaria, são afamados os catitas, os saloios, os arrepiados, o doce de laranja com abóbora e o pão de ló de Loures.
                                                                                                        Coelho no Tacho 
Coelho no TachoBacalhau à Saloia
Bacalhau à Saloia
Arrepiados
Arrepiados 










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