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quarta-feira, 3 de abril de 2013

Viagem e visita ao concelho de Constância

Brasão de Constância

Localização  : 

          O concelho de Constância é composto por três freguesias, ocupando uma área de 80 km2, estando integrado no distrito de Santarém, na sub-região do Médio Tejo, é limitado a Norte e a Este pelo concelho de Abrantes; a Sul, pelo concelho de Chamusca e a Oeste, pelo de Vila Nova da Barquinha. Os principais elementos hidrográficos deste concelho são o rio Zêzere e o rio Tejo, confluindo aquele neste último, mesmo junto à vila, em termos turísticos, o concelho pertence à Região de Turismo do Ribatejo.



História

        O topónimo principal do concelho "Constância" refere perseverança ou a qualidade do que é notável, constante ou firme. Sabe-se que por Decreto-Lei de 7 de Dezembro de 1836 foi atribuído, por D. Maria II, o nome de Constância à "vila de Punhete" pela "constância" com que os seus moradores apoiaram a causa liberal, embora estes já tivessem antes exprimido o desejo de mudar o antigo topónimo, que era um derivado do latim vulgar "pugnum".
Constância encontra-se na confluência do rio Zêzere com o rio Tejo, numa pequena colina; é uma povoação de origem remota, provavelmente da época romana, que sempre viveu dos rios. Esteve certamente sob o domínio árabe, sendo conquistada por Gonçalo Mendes, em 1150; dois anos depois, reconstruiu-se o seu castelo por ordem expressa do mestre da Ordem dos Templários, D. Gualdim Pais. No século XIV as atividades económicas continuavam relacionadas com o rio; não apenas com a pesca, secagem do peixe, venda do pescado e de sal, mas sobretudo com o transporte de mercadorias por via fluvial, ligando o interior do país a Lisboa, o que aliás foi uma decisão de D. Pedro I, que determinava que no local fosse embarcado todo o material com destino à capital. Já no século XVI, o supracitado castelo aparece na posse dos Sande, senhores de Punhete. 
Na povoação esteve D. Sebastião, que se refugiava da peste que assolava Lisboa; o monarca, por Foral Novíssimo criou a vila de Constância e depois o concelho homónimo. Pelo local também passou D. Maria II que, como já foi referido anteriormente, lhe mudou o antigo nome de Punhete para Constância como agradecimento do apoio que recebera da povoação em 1833. Com a evolução dos tempos, os barcos foram substituídos pelos comboios, o que veio alterar profundamente a organização sócio-económica da povoação de Constância. 
Constância é uma vila antiga e cheia de histórias, uma das quais que assegura ter aqui permanecido Luís de Camões durante algum tempo, apontando uma casa situada à beira-Tejo, como sendo aquela onde o grande poeta terá residido. Assim, diz a tradição que o local serviu de refúgio a poetas e reis, acolheu grandes figuras das letras do nosso país, de Camões a Vasco de Lima Couto e Alexandre O`Neill.

Bandeira de Constância

Heráldica

Brasão: de azul, com uma oliveira de ouro, sustida, arrancada e frutada do mesmo, acompanhada de duas romãs de ouro, sustidas e folhadas do mesmo e abertas de vermelho. No contrachefe, três faixas, duas de prata e uma de azul apontando ao pé do escudo. A faixa azul carregada de três peixes, de prata. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com os dizeres: «Notável vila de Constância», de negro.

Bandeira: esquartelada de amarelo e de vermelho. Cordões e borlas de ouro e de vermelho. Haste e lança douradas.

Selo: circular, tendo ao centro as peças das armas, sem indicação dos esmaltes. Em volta, dentro de círculos concêntricos, os dizeres: «Câmara Municipal de Constância».


Cultura e Turismo

           O concelho de Constância, situado na confluência dos rios Tejo e Zêzere define-se pela sua beleza paisagística e pelo seu património edificado. De facto, é diverso o seu património cultural edificado: a Igreja Matriz, a capela de Santana e o cruzeiro; a Igreja da Misericórdia; a Casa da Torre, onde se encontra uma torre com um relógio, sendo esta torre o que resta de uma antiga capela de invocação a S. Pedro que aí existiu; a Casa do Tejo, cuja edificação remonta ao século XVIII; o Palácio da Chamusca, assim chamado por ter alojado a rainha D. Maria II, numa visita que fez ao Ribatejo, e que atualmente funciona como unidade de Turismo de Habitação; a Casa Memória de Camões onde, segundo a tradição, terá vivido Luís de Camões; o pelourinho de Constância; o Mosteiro de Nossa Senhora da Boa Esperança, situado na freguesia de Montalvo; e a igreja de Santa Margarida, em Santa Margarida da Coutada. Um outro local de grande interesse é o jardim-horto camoniano; neste jardim encontram-se 52 espécies de plantas mencionadas por Camões na sua obra, para além disso, neste local encontram-se também o jardim de Macau, o Planetário de Ptolomeu num auditório ao ar livre, um painel de azulejos com o percurso de Camões de Lisboa ao Oriente e a maior esfera armilar existente em Portugal. Uma referência também para o Parque Ambiental de Santa Margarida.
Entre as unidades museológicas existentes no concelho, o destaque vai para o Museu dos Rios e das Artes Marítimas, inaugurado em 1998 e cujo principal objectivo é preservar, estudar e divulgar a memória da época em que nesta região se vivia essencialmente em função das atividades fluviais, particularmente do transporte, da pesca e da construção naval. Destaque ainda para a Casa-Museu Vasco de Lima Couto que guarda objetos pessoais e originais do poeta/ator Vasco de Lima Couto e uma rica coleção de arte.

Jardim-Horto Camoniano 


Gastronomia

        Da gastronomia do concelho de Constância são tradicionais as migas carvoeiras, a caldeirada, o bife na pedra e sopa de peixe. Na doçaria, o destaque vai para os queijinhos do céu e para as tigeladas.

                                                                                             Queijinhos do Céu
Migas Carvoeiras


Tijeladas

            

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