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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Viagem e visita ao concelho de Resende

Brasão de Resende

Localização : 

               concelho de Resende está integrado no distrito de Viseu e tem uma área de 122.7 Km2 , distribuída por quinze freguesias; Resende faz fronteira a Norte com o rio Douro que o separa dos concelhos de Baião e Mesão Frio, a Sul, com o concelho de Castro Daire, a Nascente com o concelho de Lamego e a Poente com o de CinfãesAs terras do concelho de Resende distribuem-se por vales mais ou menos profundos que resultaram da erosão prolongada de pequenos ou grandes cursos de água que atravessam o concelho. De Norte para Sul, correm para o Douro os ribeiros de Bestança, Corvo e Cabrum. O ribeiro de Bestança forma-se a curta distância do monte de S. Cristóvão, desaguando no rio Douro no lugar de Porto de Rei; o rio Corvo, nasce também perto do monte de S. Cristóvão e vai juntar-se ao Douro pouco abaixo de Mirão; já o rio Cabrum, constitui o maior ribeiro do concelho, com cerca de 20 quilómetros de extensão e no seu curso alimenta as mini-barragens de Mariares e de Freigil. No entanto, o principal curso de água do concelho é sem dúvida o rio Douro que atravessa o concelho e o limita a Norte. O concelho de Resende está situado na vertente da serra de Montemuro, sendo definido pelas suas ramificações: a serra das Meadas, uma ampla montanha que separa Resende de Lamego e a Serra da Mesquitela sobranceira à freguesia de Barrô. O ponto mais alto do concelho situa-se no Monte Ladário, a 1.218 metros de altitude.



História : 

           O povoamento do território em que se encontra o atual concelho de Resende é bastante recuado, remetendo a tempos pré-históricos. Dessa época, chegaram até aos nossos dias as mamoas, ou antas de S. Cristóvão. A presença do povo celta e dos lusitanos está documentada nos castros de Mogueira, do penedo de S. João, no morro de Cárquere e no monte das Pias, em Ovadas, bem como em topónimos como "Coroinha" e "Pardelhas". Já da época romana, os vestígios são mais abundantes; por essa altura, Resende fazia parte da província da Lusitânia cujos limites foram fixados a Norte, pelo rio Douro. Para ligar as vilas e as cidades foram construídas vias pavimentadas com grandes lages e marginadas com marcos miliários que assinalavam as distâncias em milhas. Vários autores referem as vias que passavam por terras do atual concelho de Resende, uma das quais viria de Lamego, por S. Martinho dos Mouros e outra de Lamego para Cárquere que deverá ter sido um oppidum, cidade e circunscrição romana fortificada, pois no local foram encontradas várias lápides funerárias com inscrições latinas, tijolos, instrumentos de bronze, fíbulas, sigilatas, pesos de barro, fustes, entre outros. Quando o domínio romano entrou em decadência e os povos bárbaros foram conquistando os seus domínios, ao longo do século V, as terras de Resende foram ocupadas primeiro pelos suevos e mais tarde pelos visigodos que a pouco e pouco se converteram ao cristianismo existente nas aldeias. Considera-se que a cristianização intensiva e a organização de diversas comunidades cristãs terá acontecido durante o século VI, ainda no domínio dos suevos, convertidos à fé cristã pela ação de S. Martinho de Dume. Do tempo dos visigodos ficou nestas paragens a igreja de S. Pedro de Balsemão, junto à de Lamego. Da ocupação moura chegaram até aos nossos dias topónimos bastante representativos, como "Mesquitela", "Penedos da Moura", ou "Almuzerna". Antes de estar constituída a Nacionalidade portuguesa, as terras do concelho de Resende estavam organizadas em dois julgados: o de Aregos, a Oeste e o de S. Martinho dos Mouros, a Leste. O concelho e Julgado de Aregos abrangia, nesse tempo, as freguesias de AnreadeFreigil e Ovadas das quais posteriormente se desmembraram as de MiomãesS. CiprianoPanchorra e S. Romão de Aregos; e ainda as terras de Resende e Cárquere. Por sua vez, o concelho de S. Martinho abrangia as antigas freguesias serranas de Feirão e Gosende e ainda as de Barrô e S. Martinho dos Mouros; desta última, foi mais tarde desmembrada a de Paus e a de S. João de FontouraEm inícios do século XII as terras de Resende foram desanexadas do concelho de Aregos para dar origem à Honra de Resende, criada por D. Afonso Henriques em benefício do seu aio Egas Moniz de Ribadouro. Por morte de Egas Moniz o senhorio de Resende passou para a posse de seu filho Afonso Viegas, também conhecido como Moço Viegas. Quando este faleceu, a sua filha D. Urraca Afonso ficou senhora da Honra de Resende e por morte desta última, o senhorio passou para o seu filho, Rodrigo Afonso. De Rodrigo Afonso foi herdeiro Afonso Rodrigues, a que chamavam "Rendamor" dada a sua fama de galanteador. Em meados do século XIII eram senhores da honra de Resende Martim Afonso de Resende e Geraldo Afonso de Resende, filhos de Afonso Rodrigues e de um,a freira que este raptara do convento de Arouca e com quem se havia casado. Depois de Martim Afonso, a honra passou para a sua filha D. Constança Martins de Resende e depois para seu neto, Vasco Martins de Resende que se encontrava na posse da honra em 1340. Herdou-a depois o filho deste, Gil Vasques de Resende, conselheiro de D. Afonso IV e acusado de ter sido um dos responsáveis da morte de D. Inês de Castro. Mais tarde, D. Pedro, convencido da sua inocência, escolheu-o para aio e educador do Infante D. Dinis. Por carta régia de D. Fernando datada de 14 de Janeiro de 1374, o sucessor de Gil Vasques de Resende foi João Rodrigues de Portocarreiro. Já em 1386 aparece a honra na posse de Fernão Vasques de Resende, vassalo de D. João I e companheiro de armas do Mestre de Avis na defesa da independência do reino. Por sua morte, a honra de Resende ficou em poder do seu irmão Martim Vasques de Resende e logo depois do filho deste último, Martim Vasques de Resende II, a quem D. João I deu os mais altos cargos, como o de Regedor da Justiça do rei na Comarca de Entre Douro e Minho. Com a morte da sua primeira mulher, casou com D. Maria de Castro a quem deixou por testamento todos os seus bens e privilégios. A honra de Resende saiu deste modo da descendência de Egas Moniz, pela linha dos Resende para os Castros que se mantiveram na posse da honra até à sua extinção pela legislação liberal. Em inícios do século XII as terras de Resende foram desanexadas do concelho de Aregos para dar origem à Honra de Resende, criada por D. Afonso Henriques em benefício do seu aio Egas Moniz de Ribadouro. Por morte de Egas Moniz o senhorio de Resende passou para a posse de seu filho Afonso Viegas, também conhecido como Moço Viegas. Quando este faleceu, a sua filha D. Urraca Afonso ficou senhora da Honra de Resende e por morte desta última, o senhorio passou para o seu filho, Rodrigo Afonso. De Rodrigo Afonso foi herdeiro Afonso Rodrigues, a que chamavam "Rendamor" dada a sua fama de galanteador. Em meados do século XIII eram senhores da honra de Resende Martim Afonso de Resende e Geraldo Afonso de Resende, filhos de Afonso Rodrigues e de um,a freira que este raptara do convento de Arouca e com quem se havia casado. Depois de Martim Afonso, a honra passou para a sua filha D. Constança Martins de Resende e depois para seu neto, Vasco Martins de Resende que se encontrava na posse da honra em 1340. Herdou-a depois o filho deste, Gil Vasques de Resende, conselheiro de D. Afonso IV e acusado de ter sido um dos responsáveis da morte de D. Inês de Castro. Mais tarde, D. Pedro, convencido da sua inocência, escolheu-o para aio e educador do Infante D. Dinis. Por carta régia de D. Fernando datada de 14 de Janeiro de 1374, o sucessor de Gil Vasques de Resende foi João Rodrigues de Portocarreiro. Já em 1386 aparece a honra na posse de Fernão Vasques de Resende, vassalo de D. João I e companheiro de armas do Mestre de Avis na defesa da independência do reino. Por sua morte, a honra de Resende ficou em poder do seu irmão Martim Vasques de Resende e logo depois do filho deste último, Martim Vasques de Resende II, a quem D. João I deu os mais altos cargos, como o de Regedor da Justiça do rei na Comarca de Entre Douro e Minho. Com a morte da sua primeira mulher, casou com D. Maria de Castro a quem deixou por testamento todos os seus bens e privilégios. A honra de Resende saiu deste modo da descendência de Egas Moniz, pela linha dos Resende para os Castros que se mantiveram na posse da honra até à sua extinção pela legislação liberal. Em 16 de Julho de 1513, D. Manuel I criou, por carta foral, o concelho de Resende, com sede nos limites do lugar de Vinhós, onde se situava a Câmara, a Cadeia e a Feira. O então recém criado concelho de Resende tinha aproximadamente a área geográfica da antiga honra e abrangia as freguesias de Resende e Cárquere. Inicialmente, a jurisdição do concelho de Resende pertencia exclusivamente ao rei que nomeava os tabeliães e só em 1626, por mercê e concessão do rei Filipe II, tal jurisdição passou a pertencer aos Castros, Senhores da Casa do Paço de Resende. Com a reforma liberal de 1855, por decreto de 24 de Outubro, foram extintos os concelhos de Aregos e S. Martinho e anexados ao concelho e comarca de Resende, constituindo-se assim o atual concelho.


Bandeira de Resende

Cultura e Turismo :

            Resende encontra-se inserido numa zona de grande beleza e potencial turístico, sendo este um sector ainda em desenvolvimento. Uma das principais referências do concelho são as caldas de Aregos, referenciadas desde os tempos da Idade Média e bastante procuradas pelo seu valor curativo. O atual balneário foi construído em inícios da década de 1990, aliando a funcionalidade do equipamento moderno ao conforto dos curistas.   





Gastronomia : 

             Da gastronomia tradicional do concelho de Resende são de destacar: o anho assado, prato bastante tradicional; o basolaque, espécie de aperitivo para o anho assado; os painços; as papas; o arroz de vessada; o caldo de castanhas que se comia, por tradição, no Domingo de Ramos e no primeiro dia de Maio; a bola de carne; o arroz de vinha d'alhos que se comia depois da matança do porco; os formigos; o farrapo velho, tradicional no almoço do dia de Natal; as batatas de sarabulho; a açorda de carne; a Jorna. Na doçaria, são especialidades concelhias: as falachas; as torradas do Barreiro; os rosquilhos de Aregos; os "esses"; as cavacas de Resende.






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