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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Viagem e visita ao concelho de Espinho

Brasão de Espinho

Localização : 

          Situado num dos pontos extremos do distrito de Aveiro, o concelho de Espinho é formado pelas freguesias de Espinho, Guetim, Paramos, Silvalde e Anta, com sede na Vila com o mesmo nome; tem como limites, a Oeste o Oceano Atlântico, a Norte o município de Vila Nova de Gaia, a Sul o de Ovar e a Este o concelho de Santa Maria da Feira. Contudo, apesar de integrado no distrito de Aveiro, a sua dependência a este é apenas administrativa, tendo maiores afinidades com o do Porto. De facto, a proximidade entre as cidades, de apenas 18 quilómetros, coloca Espinho mais sob a influência do Porto, aos níveis económico, social e cultural. Beneficiando de uma situação geográfica e geológica muito especial, este concelho orgulha-se dos seus extensos areais, que não deixam de crescer em fama e número de banhistas e veraneantes que os procuram; da riqueza em iodo e do clima agradável. A atração exercida pela praia de Espinho sobre as populações do interior (nos meses estivais) foi de primordial importância para o desenvolvimento e progresso do concelho que, em pouco tempo, se converteu num dos pontos turísticos, não só do Norte como de todo o País.


História :

     Segundo a tradição, a origem do seu nome, terá justificação numa história ocorrida em tempos já muito longínquos. Conta a lenda que uma pequena embarcação que navegava junto à costa, naufragou devido ao mau tempo; sobreviveram à tragédia dois homens, espanhois, Eugénio e Márcio Esteves que, diz a lenda, se terão salvo por terem feito a promessa a Nossa Senhora de construírem uma capelinha em sua honra se lhes possibilitasse a salvação. Entretanto, os homens detiveram a sua atenção numa prancha de madeira, na qual se puseram a salvo: dizia um que ela era feita de castanho (madeira do castanheiro), mas o outro, peremptório no seu falar galego, garantia: "No! Es Piño!". E assim terá surgido o nome "Espinho". Quando sentiram chão firme, os dois homens tomaram o facto por milagre e construíram à beira-mar uma pequena igreja, a Capela dos Galegos. A romana "vila de Spino" foi referida pela primeira vez no ano 985, no Monumento Portugália História de Alexandre Herculano e nos documentos que pertenceram ao Mosteiro de Moreira. Espinho era nessa época unicamente um vasto areal. Os primeiros pescadores que para aqui se deslocaram, tinham como principal finalidade encontrar um lugar suficientemente perto do Porto que lhes permitisse o comércio do pescado em boas condições. Encontrado o local, aí se fixaram, embora não em definitivo. Viviam em abrigos improvisados, como por exemplo os próprios barcos virados ao contrário e palheiros, que foram lentamente substituídos por casas de pedra e cal. Assim, a povoação foi-se formando, pertencendo, administrativamente, à freguesia de S. Félix da Marinha, no concelho de Vila Nova de Gaia que hoje marca o seu limite a Norte. Passou depois para a freguesia de Anta, na época pertencente ao concelho de Ovar, tendo alcançado o tão desejado desenvolvimento a partir do final do século XVIII, quando um industrial francês, Jean Pierre Mijaule,chegou ao lugar de Furadouro, na freguesia de Ovar, sede concelhia, e aí deu início à indústria da conserva do peixe. Durante o século XIX, foram-se fixando na região famílias vindas daquele que é hoje o concelho de Santa Maria da Feira, e as habitações inicialmente construídas foram sendo adquiridas por famílias ricas, as quais se pode dizer iniciaram a colónia balnear de Espinho, transformando esta região do concelho numa das mais concorridas do Norte de Portugal. O súbito aumento da população veio justificar a construção da Linha do Norte, que liga Lisboa ao Porto, pelo que Espinho rapidamente alcançou o tão desejado desenvolvimento. Cerca de 80 anos depois de construída a capela de Nossa Senhora da Ajuda (1807), já esta era pequena para toda a população, tendo-se sido inaugurada uma nova igreja, em 1883, do mesmo modo dedicada a Nossa Senhora da Ajuda que veio mais tarde a ser a Igreja Matriz. Em 1888 foi criada a freguesia de Espinho, que se separou da de Anta. Espinho foi elevado a vila em 1899 e o respectivo concelho criado em 17 de Agosto de 1899. Por Decreto de 11 de Outubro de 1926 foram-lhe anexadas as freguesias de Anta, Silvalde e Paramos (que pertenciam ao concelho de Santa Maria da Feira), e Guetim (que pertencia a Vila Nova de Gaia). Por Decreto de 14 de Abril de 1928 as freguesias de Nogueira da Regedoura e S. Paio de Oleiros, que lhe pertenciam, passaram a estar incluídas no concelho de Santa Maria da Feira. Nos anos que se seguiram, entre 1870 e 1874, em virtude de movimentos geológicos, a praia e a zona costeira sofreram a invasão das marés, mas também a Igreja Matriz teve o mesmo destino, para ser reconstruída em 1906; contudo, também esta foi destruída pelo mar 4 anos depois, devido à proximidade da costa em que foi edificada. De novo foi construída uma nova igreja, mas num local mais seguro, que foi inaugurada em 29 de Junho de 1916. É esta a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Ajuda que existe atualmente. Espinho foi elevado a cidade pelo Decreto-Lei nº 309/73 de 16 de Junho de 1973, tornando-se o dia 16 de Junho o Feriado Municipal.

Bandeira de Espinho

Cultura e Turismo :

         Espinho continua a ser das zonas mais concorridas pelos turistas do Norte de Portugal, principalmente devido ao clima, às praias, à localização próxima do Porto, e à passagem da linha que une essa cidade à de Lisboa. Foram feitas grandes obras para defesa da zona balnear, para que o mar não continue a avançar e a fazer reduzir o areal. Em Espinho a indústria do turismo desenvolveu-se ao longo de todo o século XX, constituindo uma das principais atividades  sobretudo com a criação do casino e de importantes unidades hoteleiras, que são relevantes atrações  a par da excelente praia e do campo de Golf do Oporto Golf Club (o mais antigo da Península Ibérica). Destacam-se ainda como atrativos turísticos no concelho, o parque de campismo municipal, as três piscinas públicas, duas de água salgada, sendo uma delas aquecida (Piscina Talassoterápeutica) e uma terceira, também de água quente, mas coberta. 



Gastronomia : 

           Espinho elege como pratos tradicionais a caldeirada vareira, o camarão à moda de Espinho, a açorda de marisco, a lagosta suada e o arroz de marisco.




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