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domingo, 25 de novembro de 2012

Viagem e visita ao concelho de Póvoa de Varzim

Brasão de Póvoa de Varzim

Localização : 

          O concelho de Póvoa de Varzim pertence ao distrito do Porto e dista aproximadamente 31 Km da sede distrital. Com uma área de 81.94 km2 , distribuída por um total de 12 freguesias, o concelho faz fronteira com os de Esposende, Barcelos, Vila Nova de Famalicão e Vila do Conde, sendo banhado a Oeste pelo Oceano Atlântico. Este concelho encontra-se situado numa zona de terras férteis, com áreas florestais consideráveis, apesar de condicionadas pelas constantes pressões demográficas. Grande parte do território concelhio encontra-se dominado pela bacia hidrográfica do Ave e pelo sistema do rio Este. 


História : 

          O povoamento do território a que hoje corresponde o concelho de Póvoa de Varzim é bastante remoto, considerando os vestígios arqueológicos encontrados, quer na sua área quer nas suas imediações. Os exemplos mais preponderantes são a cividade de Terroso e o castro de Laundos, este último situado num morro a cerca de 200 metros de altitude, onde foram descobertos vários artefatos  Data de 953 a referência mais antiga a Póvoa de Varzim, tratando-se de um documento de venda de umas terras em "vila Comité" ao Mosteiro de Guimarães, onde é referida a "vila euracini". As características geográficas da região foram o grande impulsionador, durante a Idade Média, para o despertar do interesse económico de fidalgos, cavaleiros e eclesiásticos, entre os quais se pode destacar a estirpe de D. Lourenço Fernandes da Cunha, um dos mais proeminentes colonizadores da região. Os seus casais encontravam-se localizados na parte norte, numa área chamada, já no século XVI, Vila Velha. Alguns destes casais pertenceram à ordem Militar e usufruíam o privilégio de Honra, estando a terra registada nas Inquirições como o nome de "Varezim dos Cavaleiros" e, mais tarde "Varzim de Susão". Outra parte de Varzim, mais para o sul, era terra reguenga e os casais pagavam ao rei tanto dos frutos da terra como dos frutos do mar, pois havia no seu porto bastante movimento de pesca. Em 1308, D. Dinis passa carta foral ao reguengo de "Varzim Jusão" com o intuito que os seus habitantes aí criassem uma póvoa, se associasse em conselho de vizinhos com o seu juiz eleito e que lhe dessem anualmente, um foro colectivo de 250 libras e os direitos de portagem.  Quatro anos depois, em 1312, o mesmo monarca doa Póvoa de Varzim a seu filho bastardo, D. Afonso Sanches, que a transferiu para o património do Mosteiro de Santa Clara, que acabara de fundar em Vila do Conde. O domínio do senhorio eclesiástico, através da figura da abadessa e dos seus ministros, chegou a ser total e durou ainda cerca de 200 anos. Em 25 de Novembro de 1514, D. Manuel I passa novo foral à vila, provendo-a de mecanismos alternativos à jurisdição do mosteiro. O século XVI deu à terra uma nova estrutura administrativa, social e religiosa que permitiu vencer algumas crises que o século seguinte lhe reservaria, nomeadamente as questões territoriais com a câmara de Barcelos. Na segunda metade do século XVII começa-se a detectar a existência de uma pequena comunidade piscatória que começa a desenvolver-se e a florescer, transformando-se depois na maior praça de pescado do norte do país. Em 1875 foi criada a comarca da Póvoa de Varzim, numa altura em que contava com cerca de 11 mil habitantes, 8 mil dos quais se dedicavam à faina da pesca. Sofrendo um notável desenvolvimento, esta vila piscatória foi elevada à categoria de cidade em 16 de Junho de 1973.


Cultura e Turismo : 

            O concelho de Póvoa de Varzim tem várias atividades culturais e desportivas sendo de destacar o Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim, a Feira do Livro, a Capital Radical e o Cais do Rock. Existem inúmeras infra-estruturas culturais e desportivas no Concelho que permitem muitas atividades como o ténis, o squash, o golfe, a natação ou ainda poderá aproveitar o mar e praticar atividades como a vela, o surf, a escafandria e a pesca desportiva. O concelho de Póvoa de Varzim caracteriza-se ainda pela sua diversidade de usos e costumes, fruto das suas tradições características geográficas e económicas, sendo o traje típico do poveiro o elemento externo, onde mais facilmente se notam as particularidades de cada zona. O folclore reflete aspectos da vida quotidiana e as danças e cantares de cada região invocam os seus costumes e hábitos. 



Gastronomia : 

            Este concelho, a nível gastronómico, apresenta duas facetas distintas, caracterizando-se pelas por um lado pelas influências minhotas, e por outro, pela originalidade da classe piscatória poveira. Fortemente condicionada pelos recursos económicos, o pescador das classes modestas restringia a sua alimentação aos produtos agrícolas da região e aos produtos que ele próprio trazia do mar. Os pratos mais característicos do concelho estão portanto muito ligados às atividades piscatórias, sendo de destacar a caldeirada, a pescada à poveira, o arroz de sardinhas, as sardinhas à Rio Ave, a açorda de marisco, a lagosta suada, as buzinas estufadas e os cambitos de raia. Na doçaria destacam-se os poveiros, os barquinhos, os beijinhos, as bolachas e as rabanadas.


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