Translate

sábado, 13 de outubro de 2012

Viagem ao concelho de Chaves





Localização:

  O concelho de Chaves desenvolve-se ao longo do vale do rio Tâmega, que tem posição central no território concelhio e que é delimitado pelas encostas das terras altas em seu redor, a nascente e a poente, de relevos graníticos e xistosos chegam a atingir os 1000 metros de altitude. Implantado no estremo Norte do País, na fronteira com a Espanha, confina a norte com a Galiza e do lado Português, é limitado a oriente pelos concelhos de Vinhais e Valpaços, a sul por Vila Pouca de Aguiar e a oeste por Montalegre e Boticas. Chaves é um dos seis concelhos da região do Alto Tâmega, situada no distrito de Vila Real, assumido uma posição estratégica no contexto do Nordeste Peninsular, reforçada pela confluência de importantes vias rodoviárias internacionais. O municipio de Chaves abrange uma superfície territorial de 519,32 km2, distribuida por 51 freguesias, tem como núcleos urbanos mais importantes a vila de Vidago e a cidade de Chaves, sede de concelho, que engloba 8 freguesias, das quais apenas uma totalmente urbana.

História:

    O período de dominação bárbara durou até que os mouros, povos do Norte de África, invadiram a região e venceram Rodrigo, o último monarca, no início do século VIII. Com a invasão dos árabes, tambem o islamismo invadiu o espaço ocupado pelo cristianismo o que determinou uma azeda querela religiosa e provocou a fuga das populações residentes para as montanhas noroestinas com as inevitáveis destruições. As escaramuças entre os mouros e cristãos duraram até ao século XI. A cidade  começou por ser reconquistada aos mouros no século XI por D. Afonso, rei de Leão que a reconstituiu parcialmente, porém, logo depois, no primeiro quartel do século X, voltou a cair no poder dos mouros, até que no século XI, D. Afonso III, rei de Leão, a resgatou, mandou reconstruir, povoar e cercar muralhas. Da presença islâmica remanesce, quase tão somente na cultura popular, uma grande variedade de lendas interligado castros, tesouros fabulosos e mouras encantadoras. Foi, provavelmente por volta de 1160 que Chaves foi integrada no país que já era então Portugal, com a revelante intervenção dos lendários Ruy e Garcia Lopes tão intimamente ligados á história desta terra. Pela sua situação fronteiriça, Chaves era vulnerável ao ataque dos invasores, D. Dinis, como medida de proteção mandou levantar o castelo e a fortificação muralhada que ainda hoje dominam o burgo citadino e a sua periferia, num grande raio. Em 1253 realizou-se em Chaves o casamento de D. Afonso III com a sua sobrinha D. Beatriz, filha de Afonso X, o sábio, foi o bolonhês quem concedeu á povoação o seu 1º foral, a 15 de maio de 1258, D. Manuel I outorgaria novo foral em 1514. Aquando da Guerra da Independência, D. João I montou em redor de Chaves um cerco que durou 4 meses, tendo-se-lhe rendido a praça, o senhorio da vila foi então dada a D. Nuno Álvares Pereira, que o viria a ceder a D. Afonso, seu genro, fundador da Casa de Bragança, na qual Chaves se conservou durante vários séculos. A Cidade foi cenário de diversos episódios bélicos no século XIX, nela se tendo celebrado, a 20 de setembro de 1827, a designada Convenção de Chaves, após o combate de Ruivães, pondo termo há revolta cartista de 1837, conhecida pela revolta dos marechais. Em Chaves travou-se a 8 de julho de 1912, o combate entre as forças realistas de Paiva Couceiro e as do governo republicano, chefiadas pelo Coronel Ribeiro de Carvalho, de que resultou o fim da 1.ª incursão monárquica. A 12 de março de 1929 Chaves foi elevada á categoria de cidade.





Gastronomia:

    Neste concelho podemos encontrar muitos e variadíssimos pratos tipicos desta zona mas os pratos que se destacam, nas carnes é o arroz de fumeiro, milhos, cozido á transmontana, feijoada á transmontana e o guisado de miscaros ou tortulhos ( cogumelos selvagens que se encontram em algumas terras ), nos peixes temos os peixes do rio com cebolada, salada de bacalhau, polvo cozido, sardinhas em filetes panados e a roupa velha, nas sobremesas podemos apreciar o leite creme tostado, o doce de cabaça, o doce de gila, as rabanadas, as filhós de jerimu, os sonhos de abóbora, a aletria de leite ( á moda antiga) e o arroz doce ( tambem á moda antiga). Se alguém tiver a curiosidade de como se fazer estes pratos, é só escreverem um comentário que nós daremos as receitas destes e de outros pratos de outros concelhos.